Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Anahí notou que, de repente, tinha começado a notar quão dominante poderia ser a personalidade de Alfonso. Dava ordens de uma forma inata, algo que certamente tinha formado parte fundamental de sua infância.

De repente, uma vozinha no interior da cabeça lhe recordou a possibilidade de que se tornou a ficar grávida. Adorava a seu filho, mas nas circunstâncias nas que estava não poderia com um segundo filho.

Não obstante, supunha que Alfonso não a abandonaria como tinha feito Jeff. Já lhe tinha deixado muito claro minutos antes que ele não trataria à mãe de seu filho do modo em que seu ex noivo tinha tratado a ela.

Entretanto, havia tanta tensão entre eles... Sabia que já não se sentia depravado quando estava junto a ela e tudo era conseqüência de uma noite de paixão. Tinha quebrado tudo. Desde aquele momento, não tinha podido olhar a Alfonso nos olhos.

A noite anterior, tinha soluçado e lhe tinha suplicado que lhe fizesse amor.

Não podia esquecer aquele detalhe. Tinha estado fora de controle, embora sabia que aquilo era algo que gostava à maioria dos homens.

Depois de deitar a seu filho voltou de novo para o salão. Sentia-se como uma gata sobre um telhado quente. E quando entrou, Alfonso se voltou imediatamente para olhá-la.

—Quando disse que íamos nos casar, não estava inventando nenhuma história, cara.

Anahí não entendeu o que lhe queria dizer.

—Então... o que era?

—A verdade do que vamos fazer. Não posso dizer que me sinta muito adulado de que tenha acreditado que eu mentiria sobre um ponto tão importante —acrescentou ele, em um tom frio que fez que o assombro de Anahí fosse ainda maior. —Nos casaremos assim que possa tirar a licença.

Ela sentiu como se os joelhos lhe fossem dobrar. Continuando, olhou-o nos olhos pela primeira vez aquele dia. Tinha os olhos muito abertos, sem entender o que era o que estava passando.

—Está-me tirando o sarro?

—Talvez, tenha-te deixado grávida. Ontem à noite me aproveitei de ti —sussurrou Alfonso. —Foi muito vulnerável e deveria ter guardado as distâncias. Levei-te a minha cama porque queria...

—Isso não importa! E não te aproveitou de mim! —protestou Anahí, acreditando saber o que ele estava a ponto de lhe dizer.

—Sexo. Só queria sexo. O que sentia era algo tão primitivo como isso —confessou ele.

Aquela afirmação destroçou Anahí. Tinha tratado de interrompê-lo porque tinha acreditado que ia dizer que era ela, pessoalmente, o que tinha querido, mas não se tratou disso. A verdade era muito mais dolorosa.

Quando um homem dizia que só procurava sexo, era como dizer a uma mulher que só tinha sido o corpo que tinha encontrado mais à mão.

Sentia-se muito ferida por aquelas palavras e desejou que Alfonso o tivesse pensado duas vezes antes de dizer o que sentia.

—Eu desejava a ti... só a ti —confessou ela, desabando-se no sofá mais próximo.  Muito tarde, compreendeu que aquelas palavras só faziam que sua vergonha fosse ainda maior.

—Eu sei —disse ele, deixando que aquelas palavras a atravessassem como cruéis facas, —mas devo ser sincero contigo, cara..

—Não me chame assim... seja o que for, se que significa. Utiliza essa palavra como se tivesse algum significado, mas não é assim... Se for isso o que pensa, por que começaste a falar sobre te casar comigo?

—Eu te gosto, Anahí, Também gosto de Miguel. Acredito que poderia terminar sentindo carinho por ti.

Anahí quis morrer naquele mesmo instante. Carinho? A dor que Alfonso lhe estava ocasionando com aquelas palavras era muito superior ao que Jeff lhe tinha infligido. Depois de ouvir tudo aquilo, sentia-se mais patética.

—Até faz relativamente pouco tempo, eu estava comprometido com outra mulher.

Aquela afirmação supôs outra bofetada no rosto de Anahí.