Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Sabia que nem sequer tinha que jogar mão aos sentimentos que tinha por ele para tomar aquela decisão. Não tinha nada que oferecer ao Miguel, mas com ele teria uma vida cheia de oportunidades.

Se se casasse com Alfonso a seu filho não faltaria nada. Teria um lar, amor, segurança e um homem disposto a ser seu pai. Alfonso gostava dos meninos. De fato, tinha que reconhecer que se topou com a sorte o dia em que caiu diante da limusine de Alfonso.

—Quando começou a pensar em tudo isso? —perguntou ela, tratando de mostrar-se tão lógica e tranqüila como ele.

—Dez minutos depois de que te partisse de meu dormitório ontem à noite —admitiu Alfonso. —Nunca me hei sentido tão culpado em toda minha vida.

—Obrigada —sussurrou ela, com voz trêmula. Pela primeira vez, teve que esforçar-se para evitar que as lágrimas lhe derramassem.

—Eu cuidarei de ti e de seu filho. Você me necessita e eu gosto de me sentir necessitado. De fato, estou acostumado a me sentir necessitado.

—Poderia te apaixonar loucamente de outra mulher... 

—Deve estar brincando —disse Alfonso, com um tom de gélida repulsão.

Estava muito seguro de si mesmo, crédulo de que sabia tudo o que teria que saber. Recordou a ansiedade constante que havia sentido quando lutava por sobreviver e se sentiu reconfortada pela esmagadora segurança que ele demonstrava.

Como podia estar tão seguro de que ela não ia recusar aquela oferta? Anahí sentia algo muito especial por ele e era incapaz de ocultá-lo, para não mencionar também que não tinha nem casa nem dinheiro. Ele era muito bonito e rico, uma bom partido para alguém como ela. Seu coração lhe dizia que devia recusar de plano aquela oferta.

Acaso não estava mal deixar que cometesse um engano tão garrafal? Ele não a amava, quase não a conhecia e, com o tempo, talvez chegaria a desprezá-la pelos enganos que ela faria irremediavelmente ao tratar de adaptar-se a seu mundo. Entretanto, Alfonso tinha razão em que podia aprender.

Uma parte dela, da que não estava muito orgulhosa, queria desesperadamente aceitar aquela oportunidade.

—Não deveria aceitar o que me oferece.

—Mas o fará —disse Alfonso, tomando a pelas mãos para que se levantasse.

O repentino sorriso que lhe dedicou fez que algo em seu interior despertasse cheio de excitação. O aroma tão agradável, tão familiar que ele desprendia lhe recordou seus desejos passados. O simples feito de que estava a poucos centímetros dela a fazia tremer.

Alfonso a beijou brevemente, do modo em que era um professor. Então a soltou, apesar de que Anahí se havia sentido disposta a agarrar-se a ele.

—Seremos muito convencionais e esperaremos a nossa noite de núpcias —decretou Alfonso, com voz firme.

Então, pela primeira vez, Anahí se deu conta de que podia ansiar suas carícias como se fosse viciada nele e, ao mesmo, tempo, querer rebelar-se.