Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Então, enquanto estava contra a parede, saíram duas mulheres do salão, imersas em uma animada conversação.

—Bom, o único que posso dizer é que se essa menina foi capaz de roubar o noivo de Claúdia, há esperança para todas nós.

—Ouviste o sotaque que tem? Quase morri da risada quando a ouvi falar! Fala como uma paleta...

—Me pareceu que Alfonso fazia gestos do envergonhado que se sentia. Ele é tão refinado. Além disso, resulta evidente que ela não deve ter nenhum parente apresentável porque eu conheço todas as pessoas que vieram a esse casamento.

—Pobre Claúdia... Imagine a agonia de ser tão formosa e ver-se substituída por uma criatura com esse cabelo, como uma boneca de trapo. O que te pareceu o vestido?

—Se estiver tão magra, deveria ocultá-lo um pouco, não presumir disso.

—Tinha pinta de ser muito barato. Seguro que o comprou em um saldo. Via-se de longe que Alfonso não o tinha pago.

Com as costas pega à parede, Anahí esperou até que as mulheres tiveram desaparecido. Então, começou a andar sem rumo. Só queria esconder-se.

Alfonso estava recebendo mensagens de amor no telefone celular, todo mundo estava rindo dela...

De repente, o vestido se enganchou no salto do sapato e, ao inclinar-se para soltálo, deu-se conta de que estava no bar do hotel e de que todos os pressente não deixavam de observá-la. Ao ver que o penteadeira estava na direção oposta, dirigiu-se para ele tão rápido como pôde. 

—Digo-te que é verdade... —exclamou a voz em grito um homem com acento muito refinado. —Te aposto o que queira a que tenho razão. A esposa de Alfonso está grávida. Esteve tonteando com ela as costas de Claúdia e então... surpresa! A vida perfeita de Alfonso se converteu em fumaça!

—Se for isso o que acredita, por que veio a nosso casamento? Supõe-se que os convidados devem desejar o melhor aos recém casados, —espetou Anahí, sem poder evitar, —as pessoas como você são muito desagradáveis para lhes desejar nada de bom a ninguém! 

O homem se deu a volta. Ao ver a noiva, ruborizou-se.

—Oh...! Sinto muito!

Anahí o recordava vagamente da longa procissão de convidados aos que se viu obrigada a saudar. Então, sem dizer nada mais, dirigiu-se ao penteadeira. Perguntou-se se poderia emparedar-se em um dos cubículos e ficar ali para sempre sem que ninguém a descobrisse.

Estudou cuidadosamente seu cabelo de "boneca de trapo" e seu vestido "barato", que lhe tinha parecido precioso. Então, não pôde conter as lágrimas durante mais tempo. Do seu ponto de vista, o vestido havia custado bastante dinheiro, mas aquela quantidade provavelmente não era nada para aquelas pessoas tão ricas.

Entretanto, o que mais a preocupava eram as mensagens que tinha visto no celular de Alfonso.

Uma mulher chamada Claúdia.