Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

—Quando falou com seus pais pela última vez? 

—Uma semana depois de que Miguel nascesse, mas lhes tenho escrito em várias ocasiões para lhes dizer que estava bem.

—Mas isso era mentira!

Anahí decidiu não prestar atenção àquele comentário.

—Nunca lhes dava nenhuma direção, porque não queria que sentissem que tinham que implicar-se em minha vida. Eu já tinha tomado minha decisão.

—E foi a correta —sussurrou Alfonso, tomando-a meigamente pela mão.

—Até recentemente, não me pareceu isso. De fato, acreditava ser a mãe mais inútil que tinha existido. 

—Teve muito má sorte.

Anahí olhou os formosos olhos de Alfonso. Quase sem que se desse conta, encontrou-se entre seus braços e em seguida, ele começou a lhe devorar os lábios com apaixonado apetite. O coração dela começou a pulsar a toda velocidade, surpreendida por aquela demonstração de afeto. 

—Acredito que deveríamos frear a paixão, querida. Poderia estar grávida.

—Não acredito —respondeu Anahí.  Aquela manhã tinha tido uma forte dor de cabeça, o que normalmente ia associado com a iminência de seu período.

—Por que?

—Simplesmente sei...

—Mas não soube de Miguel, não é verdade?

—Acredito que não queria saber.

—Espero que esse não seja o caso com meu filho...

—Como pode pensar isso? Entretanto, acredito que seria muito melhor para todos que não estivesse grávida tão logo... As pessoas começarão a levantar falatórios se tivermos um filho com menos de nove meses da data do casamento. —Comentou Anahí. Ao ouvir aquelas palavras, Alfonso fez um gesto de completa indiferença. —Talvez não te importe, mas eu não fui muito feliz quando estava grávida do Miguel. Se tiver outro filho, eu gostaria que fosse diferente. Eu gostaria de me sentir orgulhosa de estar grávida e não sentir que o resto das pessoas me julgam nas minhas costas.

—Entendo que queira que seja diferente, mas o que tiver que ser, será.

Anahí não pôde evitar pensar se Alfonso queria realmente que ela tivesse concebido um filho dele. Estava quase segura de que não era assim, mas não pôde evitar pensar que talvez se casou com ela por acreditá-la nesse estado.

Aquela mesma tarde, baixou-lhe o período. Estava deitando ao Miguel quando disse a Alfonso que não ia haver nenhum bebê.

—É muito cedo para ti, meu tesouro —disse ele, depois de lhe dedicar um tenro sorriso. —Deveríamos esperar até que Miguel seja um pouco maior.

—Sim.

Apesar de tudo, Anahí não pôde evitar sentir-se um pouco decepcionada. Sentia que um filho seria algo que Alfonso receberia com muito alvoroço. De todos os modos, Anahí sentia que o mundo no que vivia não era real.