Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Embora se tinha esforçado muito por esconder a insegurança que sentia em algumas ocasiões, não podia evitar sentir medo de que tudo aquilo lhe arrebatasse. Se tivesse estado grávida, talvez se haveria sentido mais segura, embora se envergonhou em seguida daqueles pensamentos.

Anahí observou a Alfonso enquanto este saboreava o bolo.

—Está delicioso. Como se chama? 

—É o bolo de maçã típico do Somerset. 

—É uma cozinheira estupenda. 

—Comecei a aprender quando tinha quatro anos. A habilidade para preparar doces é um motivo de orgulho nas comunidades rurais —lhe explicou Anahí, sentada sobre a cama, —embora se quiser que te diga a verdade, tenho que te dizer que minha mãe me estava preparando para o filho do vizinho. Parecia-lhe que Robert era maravilhoso, mas eu não era da mesma opinião.

—Ele gostava de você?

—Bom, acredito que gostava de tudo o que fosse de gênero feminino. Estava saindo com uma de minhas amigas quando eu me parti de casa, mas os pais de Robert não aprovavam a relação porque ela era uma garota de cidade.

Naquele momento, o telefone que tinham ao lado da cama começou a soar.

Alfonso respondeu imediatamente. Escutou-o atentamente enquanto falava em italiano e durante aqueles minutos o olhou cheia de amor. Tinham casados exatamente vinte e um dias e já não podia imaginá-la vida sem Alfonso.

Nem sequer podia entender como podia ter vivido vinte anos no planeta sem sua companhia. Para ela, Alfonso era perfeito. Resultava entretido, preparado, carinhoso... Mimava-a até deixá-la louca. Sempre lhe estava comprando um montões de coisas que nem sequer necessitava.

Além disso, introduzia-a a novas atividades, com o que, de um ou outro modo, quase todos os dias tinham algo de especial. Além disso, Miguel o adorava. Havia também certas coisas que tinham mudado nela.

O menu de um restaurante já não a aterrorizava. Como jantavam quase todas as noites fora, familiarizou-se com a terminologia pouco a pouco. Além disso, tinha conseguido furar as orelhas. Ninguém era perfeito, assim sabia que tinha algumas falta, embora lhe custava as reconhecer.

Por isso, quando despertava todas as manhãs nos braços de Alfonso, parecia-lhe que tinha ganho a loteria. Todas suas inseguranças se evaporaram. Nenhum homem a tinha tratado tão bem como ele em toda sua vida.

Além disso, era um homem muito ativo sexualmente e a fazia sentir-se como se fosse irresistível, por isso não era de surpreender que Anahí se sentisse profundamente feliz e mais apaixonada que nunca. O que lhe importava que ele não a amasse? Já haveria tempo para isso.

Apesar de tudo, mostrava-se muito romântico com ela, sempre estava atento para lhe dar um presente e parecia profundamente interessado por sua vida passada.

Além disso, naquelas três semanas não tinham tido nenhuma só discussão. Naquele compartimento não incluía o momento em que a tinha tirado da cama antes de que amanhecesse para ir pescar e logo lhe havia dito que devia acostumar-se a estar sozinha, Quando ela se decidiu a fazê-lo, não lhe tinha gostado absolutamente.

—Você vem comigo —lhe tinha ordenado. Muito tempo depois, quando Anahí tinha estado mais que aborrecida de estar naquele estúpido navio, tinha-lhe perguntado por que era tão importante que ela o acompanhasse. —Eu gosto de te ter a meu lado.

Só então lhe tinha ocorrido que um homem que se passava vinte e quatro horas ao dia em sua companhia e que ainda lhe parecia pouco, estava-lhe dedicando um bonito elogio.