Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

—Bom, pode estar seguro de que a partir de agora, penso convertê-lo em costume. Parece-me que tenho mais possibilidades de conhecer respostas sinceras se pergunto a outras pessoas em vez de a ti —replicou Anahí. —Ainda me lembro do que me disse quando me pediu que me casasse contigo. Disse-me que tinha estado comprometido até muito pouco tempo antes, o que neste caso parece indicar um período de menos de um mês.

—Deixa. Vou me dar uma ducha antes de que esta ridícula discussão se complique mais.

Anahí viu como se tirava o resto da roupa e se dirigia ao quarto de banho, vestido só com seu bóxer.

—Poderia perguntar ao Ezio —o ameaçou ela, entre dentes, embora sabia que, dado que estavam casados, aquilo não era algo que devesse investigar a costas de Alfonso.

—Cortei minha relação com o Claúdia só uma hora antes de que caísse diante de minha limusine.

Anahí piscou. Parecia-lhe impossível entender o que ele acabava de dizer, e, entretanto, não estava em nenhuma língua estrangeira. A realidade que Alfonso acabava de lhe revelar com aquelas palavras era muito pior do que se imaginou.

Naquele momento. Alfonso se deu a volta e lançou maldições em sua língua materna. Quando demorou de aproximar-se dela, Anahí se afastou instintivamente.

—Não vejo que o tempo exato seja de uma importância vital neste caso.

De repente, Anahí começou a rir de um modo histérico e se sentou na cama, por medo de cair. Uma hora. Só tinha passado uma hora desde que tinha deixado a Claúdia e tinha conhecido a ela.

Quarenta e oito horas depois, deitou-se com Anahí. Acaso esperava que ela aceitasse que aquele tempo tão reduzido não tinha nada de relevante?

—É impossível que soubesse o que estava fazendo... Uma hora.

Entretanto, não parecia o tipo de homem que se deixasse levar por aventuras de uma noite. Havia homens assim, mas Alfonso não era um deles. Alfonso tinha consciência. O pior de tudo era que resultaria impossível fazê-lo falar de seus sentimentos.

Preferiria a tortura sobre uma churrasqueira antes de admitir que, depois de romper com sua noiva, havia-se sentido transtornado e afetado.

—Eu sempre sei perfeitamente o que faço —afirmou Alfonso, como se aquilo fosse uma máxima pela que se deixou guiar toda sua vida. Entretanto, Anahí não se sentia nada convencida.

—O que foi o que fez? —perguntou-lhe, com voz trêmula. — Decidiu ir te dar uma volta por aí e te casar com a primeira mulher que encontrasse?

—Embora não acredite nisso, esse pensamento me passou pela cabeça —afirmou ele, com toda sinceridade. Naquele momento, Anahí deixou de respirar e se voltou para olhá-lo, completamente horrorizada. —Te asseguro que em seguida o separei de minha mente. Asseguro-te que não sou nenhum lunático!

—Mas foi exatamente o que tem feito. Casou-te com a primeira mulher que conheceu... Deus Santo! Eu poderia ter sido qualquer mulher!

—Não seja ridícula! Acaso acha que eu me teria casado com qualquer uma? —replicou ele, visivelmente molesto com aquela sugestão.

—Talvez teria sido capaz, de fazê-lo se tivesse estado o suficientemente zangado. Me diga uma coisa, deixou-te Claúdia?

—Per amor de Dio... Poderia voltar a consegui-la agora mesmo se quisesse com só um estalar os dedos, mas isso não significa que queira fazê-lo!

—Eu gostaria que me dissesse agora por que rompeu com ela— afirmou Anahí depois de um profundo silêncio.

—Queríamos coisas diferentes.

—Que classe de coisas diferentes?