Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

—Temo que Anahí e eu não nos separamos sendo muito bons amigos —disse Jeff, com um sorriso pouco sincero, enquanto estendia a mão a Alfonso. —Chamo Jeff. Sou o pai do Miguel.

—Alfonso Herrera.

Anahí ficou atônita de que Alfonso estreitasse a mão daquele homem. Pareceu-lhe uma traição, dado que ela nem sequer podia suportar ter o Jeff dentro da casa. Só lhe trazia más lembranças.

—Vi a um advogado, para ver em que posição me encontro —se apressou Jeff a explicar. —Vou pedir poder fazer visitas a meu filho e inclusive vou solicitar a custódia conjunta.

—É obvio. Tem direito a isso —disse Alfonso, enquanto Anahí sentia que a alma lhe caía aos pés.

—Mas Alfonso...

—Entretanto —prosseguiu seu marido, —essas visitas terão que estar fiscalizadas.

—Fiscalizadas? Por que? —perguntou Jeff.

—Porque maltratou Anahí.

—Aquilo foi um acidente! —protestou Jeff.

—Meus advogados já têm uma declaração da mulher com a que você vivia naquela época —lhe disse Alfonso, com uma completa frieza. —Está pronta para atestar que viu que não só a atacou mas também a ameaçou com maior violência se mencionasse no futuro que você era o pai.

Aquela vez, foi a seu marido a quem Anahí olhou atônita.

—Tem uma declaração da Liza? —perguntou Jeff, incrédulo.

—É obvio, isso não impede que possa solicitar que lhe deixem visitar o Miguel e tudo o que queira, mas acredito que é justo te dizer que espero adotar o menino e que farei tudo o que estiver em minha mão para conseguir sua custódia.

—Eu me alegro de que vás adotar o menino! Eu só tinha vindo para ter uma conversação amigável com vocês —disse Jeff, furioso pela frustração que sentia naquele momento.

—De acordo, mas tudo o que se organize com respeito ao menino terá que realizar-se através da via judicial —concluiu Alfonso.

—Já tive o bastante! —exclamou Jeff, antes de sair correndo pela porta.

—É o pai de Miguel ainda, assim se quer conhecer seu filho eu não lhe impedirei —disse Alfonso, com um suave tom de voz.

—Esquece-o! —gritou Jeff do vestíbulo. —Por mim pode ficar com esse mucoso!

Quando a visita se partiu. Anahí se sentiu envergonhada do modo em que seu antigo noivo tinha mostrado sua verdadeira natureza.

—Por que repetia constantemente que podia ver o Miguel?

—Não permitirei que esse tipo utilize o seu filho para te ameaçar ou como moeda de mudança em um intento de enriquecerse por nossa nova situação, mas tinha que me assegurar que não tinha nenhum desejo no pequeno.

—O que disse sobre a namorada de Jeff naquela época era um blefe?

—Não. Meus advogados têm uma declaração dela. Pareceu-me que era necessário ter provas de como te tinha tratado Jeff para lhes proteger ao Miguel e a ti. 

—Tem rompido Liza com ele?

—Sim. Suponho que o surpreendeu tonteando com uma de seus amigas e esteve encantada de falar em teu favor. Bom, agora tenho que partir... Já vou um pouco atrasado. E você parece esgotada. Deveria te deitar um momento, cara.

—Obrigada por te ocupar do Jeff. —disse Anahí.

—Teria gostado de fazê-lo com os punhos —lhe assegurou Alfonso, —mas isso poderia haver-se voltado contra mim na hora de adotar ao Miguel. E esse tipo não merece esse risco.

Depois de que Alfonso partiu, Anahí se tinha sentado ao lado do berço de seu filho. Alfonso se tinha desfeito facilmente de Jeff e lhe estava muito agradecida por isso, mas não podia deixar de pensar que não tinha tido tanto êxito na hora de aplacar os temores que sua esposa sentia pelo futuro.

Estava casada com um homem que acreditava firmemente que o sexo curava todos os males. Por que? Depois de tudo, Anahí lhe tinha permitido que lhe fizesse amor. Uma mulher furiosa não o teria permitido.

Por que não se negou? O que tinha averiguado sobre Claúdia a tinha enchido de pânico, mas estava apaixonada por Alfonso. Queria-o tanto...

Decidiu que, quando Alfonso retornasse a casa, voltaria a abordar o tema de um modo mais tranqüilo e diplomático.

De um modo ou outro, ele ia falar sobre Claúdia, tanto se quisesse como se não.