Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Horas mais tarde, ao amanhecer, Anahí estava contemplando como seu marido dormia.

Sim, efetivamente o tinha jogado muito de menos. Admirou sua masculinidade, seu atrativo... Ainda não podia acreditar que fosse seu marido. Beijou-o brandamente em um ombro e esfregou a bochecha contra a delicada pele de seu peito com sensual prazer.

Fizeram amor durante horas, insaciavelmente. O corpo lhe doía, mas Anahí sorriu. Claúdia era história. Alfonso a tinha convencido. Talvez não a amava, mas parecia feliz vivendo em sua companhia. Além disso, tinha parecido tão preocupado por sua tardança em voltar do aeroporto...

Deveria ter dormido de novo.

Ao despertar, encontrou-se ao Miguel encolhido ao seu lado, completamente vestido, mas também completamente adormecido. Alfonso contemplava a mãe e filho dos pés da cama.

—O ouvi chorar e fui vê-lo. Sarah já lhe tinha dado o café da manhã, assim que o trouxe aqui. Estive jogando com ele durante um momento e logo me levei isso a quarto de banho enquanto me dava uma ducha. Juro-te que não voltarei a fazê-lo.

—O que aconteceu?

—Primeiro, atirou de uma toalha e se tampou inteiro. Logo abriu uma gaveta e se apertou os dedos. Por último, quando apareci para ver o que fazia porque estava muito calado, estava tratando de comer uma caixa de lenços que devia ter tirado da gaveta... Deu-me um susto de morte. Imagina que, em vez dos lenços, tivesse sido algo mais perigoso?

—Mas não foi assim —o tranqüilizou Anahí. —É que está em uma idade em que terá que vigiá-lo muito.

—Terei mais cuidado no futuro, minha cara...

Cinco dias mais tarde, uma hora depois de que Alfonso se partiu a seu escritório, Anahí recebeu uma chamada de uma das agências de emprego a que tinha chamado. Uma empresa de seguros estava esperando-a para fazer uma entrevista como recepcionista.

A entrevista se fixou para aquele mesmo dia a meio-dia. Entretanto, às onze, quando Anahí se dispunha a partir embelezada com um elegante traje negro, Alfonso apareceu pela porta.

—Gosta de ir às carreiras? —sugeriu-lhe.

—Agora mesmo não posso, porque tenho uma entrevista.

—Punha a outra hora.

—Não posso.

—Claro que pode. Ainda não aprendeste a te comportar como uma Herrera. Com a única exceção de Miguel, espero que esteja completamente disponível para mim quando eu estiver livre.

—Então, por que me disse que tinha que tomar as rédeas de minha vida e levar minha vida quando você está de viagem?

—Nem sempre ponho em prática o que prego. Além disso, talvez não te tenha dado conta, senhora Herrera, de que não estou de viagem. O que é o que se preocupa? Do que se trata? De uma entrevista no salão de beleza?

—Não lhe ia dizer isso mas é para uma entrevista de trabalho. Como verá, não é algo que eu possa mudar de última hora.

—Uma entrevista de trabalho? Se for uma brincadeira, não me faz nenhuma graça.

—E por que ia ser uma brincadeira? —replicou Anahí.

—Não quero que trabalhe. Por que tem que procurar um emprego? E Miguel?