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No hotel

Pov ucker

Eu olhei a Dulce correndo desesperada, lembrava da época que éramos apenas adolescentes, o jeito que ela fugia e se escondia de mim e de todos, Dulce costumava ter medo das pessoas principalmente dos homens, na época eu não entendia o porque a enteada do meu pai era tão esquisita, ate descobrir que ela vivia num inferno demorou muito para eu perdoar meu próprio pai

xx- ucker - a Ninel se aproximou me chamando

U - oi mãe... como você esta

 N - bem meu amor, eu vi você falando com uma moça que era ela

 U - você não vai acreditar quem era- ela me olhava curiosa - parece muita loucura mas era ela mãe, era a dulce - a Ninel quase desmaiou e eu a segurei

 N - minha filha - ela tremia, muito nervosa acho que ela pensou que nunca mais iria ver a filha, hoje meu relacionamento com a ninel é ótima, ela é como uma mãe pra mim, a quatro anos atrás ela ficou muito doente, ela teve um câncer no útero, e chegou a ficar entre a vida e a morte, isso me fez me aproximar mais ainda dela. Ate parecia que a doença dela era por culpa, depois que ela perdeu a guarda da Dulce para o pai dela, a ninel não foi a mesma logo ela engravidou da minha irmã a Bianca ela mudou muito fez de tudo pra ter a guarda dá dulce de volta mais o seu Fernando o pai da dulce sumiu com ela, e quando a ninel ficou doente ela pensava que iria morrer a única coisa que ela queria é ver a filha pela ultima vez, pra pedir perdão.

Eu a coloquei sentada em um sofá ali perto, e a Bianca se aproximou correndo

B - mamãe o que ouve - ela a olhava preocupada a Bianca tem doze anos, é uma linda garota, e muito forte, ela tem cabelos pretos cumpridos um rosto angelical e olhos castanhos é minha paixão minha menininha eu amo muito minha irmã, ela alisava a mão da ninel preocupada - o que você tem mamãe?

N - nada meu amor so me senti um pouco fraca - ate eu me preocupava com ela que já esta curada mais depois de tudo que passamos, eu me preocupava ate se ela espirrava

U - é melhor você levar ela para o quarto eu vou procurar o nosso pai - eu sai atrás dela enquanto ela levava a ninel para o quarto

P - vou te levar para casa

D - por favor eu não quero ir pra lá - eu não conseguia me acalmar ainda chorava copiosamente            ­  

P - pra onde você quer ir - eu passei o endereço de um lugar que me traria um pouco de paz, a gente seguia para essa lugar, eu olhava para a janela do carro um pouco mais calma - quem era aquele homem e porque ele te deixou assim tão mal - resolvi contar para o poncho quem era o Ucker nem sabia porque eu iria contar mais não estava pensando direito

D - o nome dele é Christopher uckemann ele é filho do marido da minha mãe, nunca pensei que veria ele de novo, quando eu morava com a ninel, ele sempre passava as férias e alguns feriado lá, eu fugia dele o tempo todo  - ele me interrompeu curioso

P - porque você fugia dele

D - eu tinha medo, dele e de qualquer homem que se aproximava de mim. eu tinha tanto medo que tiveram que me mandar par um escola que só tinha meninas, o ucker tentava ser meu amigo mas eu o afastava, mais depois a gente virou amigos e eu contei pra ele um segredo que eu escondia de todos, e ele nunca mais me olhou, não voltou mais nas férias e nem nos feriados e nunca mais vi ele ate hoje - eu olhava pra rua com um olhar perdido vi que estávamos chegando

P - o que você quer aqui nesse bairro - ele falava com receio do bairro muito pobre, acho que o poncho estava com medo de ser roubado 

D - é aqui - o motorista parou o carro e eu sai correndo para a porta da casa da Ana e gritei - nana - ela apareceu na porta sorrindo a Ana é uma senhora de um sessenta anos, morena com cabelos enrolados, é a única família que eu tenho, ela é meu porto seguro, sai correndo e abracei ela com força e voltei a chorar

A - o que ouve filha, aconteceu alguma coisa

D - eu vi ela... - gritei meio desesperada  

A - quem meu amor

D - minha mãe - ela me levou para dentro e me sentei no sofá ainda em choque, eu me deitei com a cabeça no colo dela que fazia carinho tentando me acalmar, assim como ela fazia antes, a Ana era empregada da casa do Pedro, eu ficava com ela o tempo todo era a única pessoa que falava comigo na casa, minha mãe fingia que eu era invisível o Pedro naquela época ainda não se interessava em me ver, e ela era tudo o que eu tinha, quando as visitas do Pedro começaram eu não falava com ninguém passava dias sem dizer uma palavra, ela fazia de tudo pra me fazer falar com ela, Ana já sabia que eu tinha problemas graves, depois de muita insistência dela eu contei o que estava acontecendo, e ela ficou revoltada e enfrentou minha mãe que a mandou embora, ainda a ameaçou se ela contasse para alguém sofreria as consequências. Ana não teve outra escolha a não ser ir embora, mais ela tentou achar meu pai, mas não conseguiu e no meio do meu desespero ele me roubou de casa, tudo pra me proteger, mais infelizmente a ninel e o Pedro me acharam quase que ela foi presa, quando eu fui morar com meu pai nunca mais a vi. Mais quando voltei para o México, eu fui procurar ela ate hoje venho sempre aqui, depois de tantos anos eu ainda considero a Ana minha família a única que eu tenho   

A - você a viu

D - sim... - a dor de ver minha mãe novamente mesmo que de longe me fazia morrer por dentro

A - ela te viu filha - eu apenas balancei a cabeça negando - minha filha já esta na hora de esquecer o passado

D - como se fosse fácil, nana eu nunca vou perdoar ela... nunca eu não tenho mãe