Fanfics Brasil - Capítulo 4 Amor e ódio

Fanfic: Amor e ódio | Tema: Fátima Bernardes e William Bonner


Capítulo: Capítulo 4

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                O dia amanheceu nublado. Fátima abriu os olhos com dificuldade. Nem se mexeu, apenas olhou ao redor. A cabeça explodia, pesando uma tonelada. Não era só lá fora que estava nublado. Dentro daquele quarto, o tempo estava fechado também. Principalmente dentro do coração de Fátima. Ela esfregou o rosto, ainda zonza. Olhou para o lado e o travesseiro de William estava embolado ao lado dela. O lado da cama em que ele dormia, dolorosamente vazio. Fátima fechou os olhos e subitamente, se lembrou perfeitamente da noite anterior. A gripe, naquele momento, perdeu totalmente o impacto sobre o corpo dela. O que estava realmente destruindo-a era a constatação de que havia sido traída. Por ele. O homem de sua vida, a pessoa na qual ela confiava absurdamente. Desde quando? Quem era a dona daquela maldita calcinha? Ele estava apaixonado? Teria sido a primeira, em 16 anos de casados? Doía muito pensar nisso. Era insuportavelmente sofrido imaginá-lo com outra. Não fazia sentido algum, porém. Ele não deu absolutamente nenhum sinal. Não estava frio e distante. Afinal, era assim que ficava o comportamento dos homens quando mantinham uma relação extraconjugal? Ela não sabia afirmar. Nunca antes havia passado por nada parecido. E continuava quase sem acreditar que aquilo havia acontecido.


                Com muito esforço, Fátima levantou-se da cama. Arrastou-se para o banheiro, tentando não olhar os vários porta-retratos que incluíam William em diferentes pontos do quarto. Atravessou o closet, entrou pelo banheiro e parou em frente o espelho. Se assustou com o reflexo do rosto pálido e inchado de tanto chorar. Deslizou os dedos por entre os cabelos, jogando-os pra trás. Olhou para a bancada da pia e viu a escova de dentes de William e seu gel pós barba. Desviou o olhar e decidiu tomar um banho quente. A toalha de banho dele estava ali, pendurada ao lado da dela. No cesto de roupas sujas, meias e a calça que ele usou na noite anterior a briga. Procurou não pensar naquela noite. Tinham saído pra jantar e fizeram amor antes de dormir, sem ao menos imaginarem que tantas coisas aconteceriam no dia seguinte. Fátima sentiu um ligeiro nojo de si mesma por não conseguir tirar de sua mente a imagem dele transando com outra mulher dentro do próprio carro. Dissipava esse pensamento com todas as forças e conseguia, mas acabava lembrando-se dele novamente. Se enxugou e vestiu-se, sem muita animação. Tratou de prender o cabelo em um rabo de cavalo. Coloriu de leve os lábios, dando rápidas batidinhas com o batom na boca. Reuniu toda a força que pôde e foi acordar os filhos. Encará-los seria uma tarefa a parte. Não sabia o que dizer, não estava certa nem se estava pronta pra dizer algo a eles. Entrou nos quartos e encontrou os três se levantando lentamente. Tinham gincana na escola em pleno sábado e estavam animados. Levaria os três até o colégio e seguiria pra resolver algumas coisas. Seria uma manhã um pouco mais longa do que ela presumia.


                Fátima sentou-se na mesa do café, em silêncio. As crianças, ainda sonolentas, sentaram logo ao lado, mas por sorte, não deram pela falta do pai. Fátima agradeceu mentalmente. A cozinheira veio com um bule de leite quente da cozinha.


                - Bom dia! – ela disse, simpaticamente. Fátima respondeu com um sorriso descrente, mas educado. – Dona Fátima, o seu William pulou da cama cedo, hein? Antes mesmo de eu chegar! – ela comentou aleatoriamente. Fátima sentiu seu coração parar por um segundo, mas não respondeu. Concordou com a cabeça e tossiu, pra desviar a atenção de todos. Todos permaneceram em silêncio até o fim do café.


                Dentro do carro, Fátima tirou da caixinha os óculos escuros, os mesmos que havia esquecido no porta-luvas do carro de William. Foi por causa deles que ela entrou naquele carro tarde da noite. Foi assim que encontrou a maldita calcinha. Por causa daqueles óculos, sua vida deu um giro absurdo em menos de 12 horas. Ela se olhou no retrovisor. Visualizou o próprio rosto e o dos três filhos, sentados no banco de trás. Foi interrompida por uma voz infantil.


                - Mamãe, você ainda está doente? – Laura questionou.


Fátima concordou com a cabeça.


                - Estou, filha. A mamãe ainda não melhorou totalmente.


                - Hum... – ela respondeu.


Fátima costumava puxar assunto com eles nos percursos que faziam diariamente de carro. Mas naquele dia, estava completamente perdida. Não sabia o que dizer, dirigia quase anestesiada. Mas uma pergunta de Vinicius congelou seu coração e suas reações.


                - Onde o papai foi? Ele saiu cedo?


Ela fechou os olhos, parada no semáforo. Maquinou mil respostas em sua mente. Através do retrovisor, fitou o rosto daquelas três crianças, cada um em seu mundinho, sem ao menos imaginar o turbilhão que estava a vida dos pais. Sentiu uma pena esmagadora dos filhos. Sentiu um pesar imenso de mentir pra eles. Eram inocentes, não mereciam saber a verdade. Mas não mereciam ser enganados, ela nunca faria isso com eles. Engoliu seco e disse, em tom baixo.


                - Olha só... A mamãe precisa dizer uma coisa pra vocês e eu gostaria muito que entendessem. É uma coisa normal, não é nada de mais e tudo ficará bem pra vocês, tá bom? – eles concordaram, com os olhinhos curiosos e atentos, o que cortou o coração de Fátima. Mas ela segurou o choro e se manteve firme. – É... o papai e a mamãe estão um pouco chateados um com o outro. A gente, as vezes fica magoado com alguma atitude das outras pessoas, sabem? Isso é normal, não é? – eles concordaram com a cabeça, quietos. – Então... Mas quando a gente é adulto e casado, a gente tenta conversar e quando ainda continuamos chateados, a gente prefere ficar sozinho no nosso canto. A mamãe quis ficar um pouco sozinha, descansando um pouco. O papai também quis descansar e ficar mais tranqüilo... Então, por conta disso, ele foi dormir no apartamento.


                - No apartamento da Lagoa? – Laura interrompeu.


                - Sim. No apartamento da Lagoa. – Fátima disse, calmamente.


                - Ele está lá sozinho?


                - Sim, filha. Mas ele está bem. A mamãe quer deixar bem claro pra vocês que está tudo bem, vocês vão continuar vendo o papai normalmente enquanto estivermos passando por essa... fase. – ela passou os dedos pela testa.


                - Ele vai ficar lá por quanto tempo, mamãe? – Beatriz questionou, traquilamente.


Fátima engoliu seco.


                - Eu não sei, Bê. Nós ainda não resolvemos. Não quero que se preocupem, tá? Prometam para a mamãe que não vão se preocupar com isso. É uma coisa... normal, entendem? Isso... acontece. – ela respirou fundo, sentindo o soluço subir pela garganta.


Os três concordaram.


                - Eu acho normal, mamãe. Eu sempre fico magoada com alguma das minhas colegas, mas depois a gente faz as pazes. – diz Laura, com uma inocência que despedaçou o coração de Fátima. Ela concordou com a cabeça, sorrindo para a filha. Olhou para os três, tentando interpretar suas reações pelo retrovisor. Aparentavam naturalidade. Olhavam através do vidro e conversavam entre si outros assuntos, concentrados e empolgados pelo dia letivo de gincana da escola. Fátima respirou aliviada. Estacionou o carro, beijou os três e aguardou que eles descessem.


                - Mamãe, você vem nos assistir na hora da gincana? – o olhinho curioso se apoiou no vidro do motorista, olhando pra Fátima.


Ela sorriu e acariciou os cabelos de Laura.


                - Claro que sim, amor. A mamãe vem!


As duas sorriram e Fátima observou-os entrar portão adentro, devidamente uniformizados. Olhar pra eles naquele momento fez com que ela sentisse seu peito apertado. Lembrou-se do quanto ela e William tinham planos de vê-los crescendo, saudáveis, felizes e bem-resolvidos. Lembrou-se de como desejaram tê-los. Das tantas noites que passaram em claro, sonhando com seus rostinhos e suas personalidades. Era doloroso demais sempre que precisavam se ausentar de algum momento importante da vidinha deles por compromissos profissionais. Mas ela e William sempre reforçaram a eles a importância e o valor do trabalho e tinham certeza de que, com isso, eles sempre teriam orgulho dos pais. Fátima simplesmente não teve forças e nem coragem para contar sobre a traição. Tinham apenas nove anos, não conseguiriam compreender com maturidade um fato como esse. Ela respirou fundo, as lágrimas pulando pra fora dos olhos. Conseguiu contê-las e catou o celular, em um rompante, ainda estacionada. Digitou rapidamente uma mensagem para o celular de William.


 


 


 


Gincana no colégio as 16hrs.


 


 


                Ela jogou o celular no banco do passageiro e arrancou com o carro, concentrada no trânsito. Durante o percurso, viu que o telefone emitiu um alerta de “mensagem recebida”. Parou no semáforo e leu, rapidamente, não se contendo de ansiedade pra saber qual foi a resposta dele.


 


 


 


Eu estou me lembrando. Saudade de você... Precisamos conversar.


 


 


 


                Furiosa, magoada e despedaçada por dentro, ela jogou o celular no banco novamente, sem respondê-lo. “Ele está tentando me amolecer, mas não vai conseguir.”, pensou consigo mesma. Dirigiu para os outros compromissos, tentando desviar seus pensamentos dele. Pelo menos por algumas horas.


 


 


 


***


 


 


                O grande ginásio do colégio estava ligeiramente cheio. Havia arquibancadas dos dois lados da quadra, onde as pessoas circulavam, tomando seus lugares. Algumas crianças uniformizadas iam até lá, falavam com os pais e retornavam para junto de suas turmas. No centro do ginásio, uma enorme quadra com obstáculos montados para uma gincana infantil. O clima era de animação, o local estava barulhento com várias pessoas falando ao mesmo tempo e crianças gritando e sorrindo.


                Fátima estava sentada no meio de uma das arquibancadas. Com o queixo apoiado na palma da mão, ela observava em silêncio a movimentação de todos ao seu redor. Os filhos estavam sentados no canto esquerdo da quadra, com coletes coloridos e cercados pelos colegas de sala e pela professora, aguardando o início da gincana. Acenaram para ela, dando “tchau” várias vezes e ela retribuiu cada um deles. Tentava expulsar aquele desânimo e a expressão abatida, desesperadamente, mas era difícil. A gripe dificultava mais ainda suas insistentes tentativas de parecer bem. Se sentia completamente perdida, sem saber o que pensar ou como agir naquela circunstância. O fantasma da traição não abandonava-a, nem por um segundo. Fátima correu os olhos pela arquibancada oposta, do lado de lá da quadra, que não era muito longe de onde ela estava. Ela acenou pra algumas mães de coleguinhas dos filhos e permaneceu sentada. Sentiu seu coração disparando quando, pela entrada por entre a escadaria da arquibancada, surgiu William. De óculos escuros, ele usava um jeans antigo, uma camiseta cinza e os mesmos sapatos que usava na noite anterior. Fátima não conseguia ver como estava sua expressão, mas observou-o subindo a arquibancada, a procura de um lugar pra se sentar. Ela ficou ali, imóvel olhando pra ele, enquanto ele se deslocava escadaria acima. Finalmente, ele se sentou no canto, um pouco isolado da multidão de pessoas. Apoiou os dois cotovelos nas coxas e olhou no relógio. Pendurou os óculos escuros no colarinho da camiseta pólo e girou o olhar pelo ginásio todo. Viu os filhos de longe, acenou e mandou beijos para eles, sorrindo com o canto da boca. Fátima não tirava os olhos dele, apesar de torcer para que ele não a visse, mas foi em vão. No minuto seguinte, os olhares dos dois se cruzaram. Fátima tentou virar a cara, desviando o olhar, mas não conseguiu. Se sentiu presa a ele, como um ímã. As lágrimas brotaram nos olhos de Fátima imediatamente. Ela agradeceu por ele estar suficientemente longe para perceber. Da mesma forma que ela desejava vê-lo mais de perto, pra olhar em seus olhos e assim saber como ele estava, ela também desejava que ele sumisse dali, de sua frente. A sensação de que aquilo era um pesadelo continuava rondando-a. Aquilo não podia estar acontecendo. Não com ela. Não com eles. Um estrondo na caixa de som, sendo configurada pra começar a tocar músicas interrompeu aquela comunicação visual, mesmo de longe, entre Fátima e William. Se distraíram com o coordenador da escola dando início a apresentação de algumas alunas como abertura da gincana. Vez ou outra, Fátima olhava disfarçadamente pra William e notava que ele não tirava os olhos dela. “Que babaquice, parecemos dois adolescentes!”, ela pensou. Assistiu os filhos competirem, com a cabeça a mil. Viu que William estava inquieto, se remexia e olhava no relógio o tempo todo. Como ele teria passado a noite? Sentiu a falta dela? Teria passado a noite acompanhado? Fátima sentiu um arrepio na espinha e um embrulho no estômago só de pensar. Refletiu sobre um milhão de coisas, enquanto ouvia os gritos ao redor dela no ginásio. Praticamente, não viu as horas passarem. Quando se deu conta, acontecia o encerramento da gincana. Ela tratou de se levantar e caminhar até a saída antes da multidão de pessoas fazerem o mesmo. Daria a volta e encontraria os filhos na saída do ginásio. Mas foi interrompida quando, em meio o tumulto, ouviu uma voz fina muito familiar.


                - Mamãe! – Fátima olhou pra trás e era Beatriz. Ela desceu, até se encostar na grade pra falar com a filha.


                - Parabéns pela competição, amor! Cadê a Laura e o Vinicius? – ela questionou, docemente.


                - Estão ali com o papai! – ela apontou. Fátima ergueu a cabeça e viu William beijando os filhos, no canto da arquibancada oposta. Naturalmente, sorriu pra Beatriz e esperou o que ela concluísse o que gostaria de falar. – Precisamos devolver os coletes do time na nossa sala, a professora está pedindo!


                - Tudo bem, a mamãe espera vocês naquele portão atrás da cantina, pode ser?


                - Pode.


                - Então tá! Avise seus irmãos. – ela deu um beijinho carinhoso na bochecha suada da filha e observou-a por alguns segundos correr em direção ao restante da turma. Virou as costas e desceu, saindo do ginásio.


O clima no jardim da escola estava ligeiramente frio. Fátima se sentiu melhor com aquele vento batendo em seu rosto. Ela usava uma blusa preta sem mangas e um jeans escuro justo. Calçava uma sapatilha confortável e adequada para uma tarde acompanhando os filhos em atividades escolares. A gripe ainda estava forte, mas seus sintomas foram minimizados diante do turbilhão que estava a vida de Fátima naquele momento. Ainda abatida, ela colocou os óculos escuros no rosto e, no íntimo, torceu para que não fosse abordada por nenhum conhecido. Caminhou em passos largos até a cantina e deu a volta por trás dela, acessando um portão de saída que estava muito vazio pois era distante do estacionamento principal da escola. Ela virou-se de frente pra rua, cruzou os braços, olhou no relógio e se encostou no corrimão da rampa do portão. Distraída, notou apenas cinco ou seis pessoas passando por aquele mesmo portão, na maioria delas, crianças que aguardavam o carro dos pais na calçada. Fátima ouviu passos atrás de si e sentiu alguém se aproximar. Não parecia ser u desconhecido. Repentinamente, sem nenhuma explicação, ela soube de quem se tratava sem precisar olhar. Mas se virou, de supetão. Era ele.


Fátima engoliu seco ao ver William parado em sua frente, também de óculos escuros, com o semblante sério e levemente pálido. Ele levantou a mão e tirou os óculos. O olhar dele pra ela fez Fátima arrepiar-se por inteira. Ele estava visivelmente abalado, seus olhos denunciavam-no. William deu mais dois passos em direção a ela, se aproximando perigosamente. O cheiro dele veio com tudo, invadindo seu olfato e desestabilizando Fátima. Não era o perfume que ele costumava usar no dia a dia. Ela sabia perfeitamente discernir. Aquele era o perfume que compraram na última viagem para os Estado Unidos, ele acabou deixando-o no apartamento da Lagoa, para quando fosse necessário. Antes que ela terminasse de pensar nisso, foi interrompida pela voz dele, um pouco rouca.


                - Oi.


Ela fechou os olhos por baixo dos óculos escuros, contendo desesperadamente a nuvem de lágrimas que a invadiu naquele momento.  



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Autor(a): bonemerlove

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 67



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  • Uma_fã Postado em 16/12/2016 - 20:50:43

    Adorei seu estilo de escrever,q pena q não finalizou,mas se ainda tiver acesso,finaliza,pfv. Parabéns

  • neucj Postado em 14/03/2016 - 20:55:37

    Quero o último cap da fic....

  • babi15 Postado em 03/02/2016 - 20:21:30

    Esperando deitada o ultimo cap de uma das melhores fic do casal. Ja li outras fics dessa autora e ela escreve mto bem .Parabens

  • neucj Postado em 21/01/2016 - 11:07:48

    Desistiu de postar o último cap???

  • puff Postado em 06/07/2015 - 09:13:36

    Nao vai mais postar?

  • Julie_ Postado em 11/06/2015 - 15:01:05

    Leitora nova *---* Cnt

  • jurb Postado em 09/06/2015 - 18:57:39

    Lindo DEMAIS esse capítulo! Sem palavras...

  • puff Postado em 09/06/2015 - 17:39:15

    Meu deus que lindooo ameiii pena q esta no fim, vc escreve muito bem

  • bia_jaco Postado em 09/06/2015 - 17:35:00

    Ehhhhhhhh capítulo lindo!!Bom demais ver eles juntos de novo <3 amei amei

  • bia_jaco Postado em 28/05/2015 - 17:36:58

    Coisa lindaaaaaaaaa!!!Amei o capítulo,tão perfeito esses dois *___*


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