Fanfic: Chris e Ucker

– O que você ta fazendo aqui? Você deveria ta no hospital.

– Você quer que eu fique bom ou não?

– Claro que quero, só achei estranho, quando você recebeu alta?

– Há uma meia hora atrás.

– Você é louco? Deveria ter ido pra casa descansar.

– Eu precisava conversar com você. Posso entrar?

– Claro meus pais estão trabalhando. E não podia esperar?

– Eu to esperando por isso desde que te vi pela primeira vez.

– Chris você acabou de sair do hospital, agente vai ter muito tempo pra conversar e se acertar prometo.

– Não existe agente Ucker.

– O que?

– Não existe agente. Eu e você sabemos muito bem que só podemos ser amigos.

– Mas agente tava tentando.

– Tentando Ucker, não tava fazendo dar certo.

– Você não me ama mais?

– Amo, amo muito, mas não posso te forçar a fazer uma coisa que não é pra você fazer.

– Como assim?

– Ficar com garotos não é pra você Ucker. Você não consegue ficar comigo, eu percebo quando agente se beija que você não se sente bem.

– E que eu ainda num to acostumado.

– E nunca vai se acostumar Ucker. Não é pra você. Eu te amo e justamente por isso num posso ver você triste, ainda mais se for do meu lado.

– E o meu amor?

– Você não me ama mais do que um amigo. Não sei o que aconteceu com você pra achar que me amava. Talvez você saiba e possa me contar.

Ucker fica em silencio alguns segundos.

– Quando eu morava em outra cidade eu me apaixonei por um colega de escola. Um dia eu falei pra ele, igual você me disse. Ele riu de mim, tentou se aproveitar da situação. Queria me forçar a fazer sexo com ele. Então eu bati nele forte, muitas vezes. Então os pais dele foram ate a minha casa ameaçaram me processar. Meus pais fizeram um acordo pagaram um dinheiro e nos mudamos de cidade. Eu jurei então nunca mais tentar, fiquei com muito medo de me descontrolar e machucar alguém de novo. Quando descobri que o Poncho era bi, eu não liguei, ele era muito meu amigo e eu nunca me senti atraído por ele. E logo depois conheci a Dulce, tava tudo certo até você...

– Até eu dizer que te amava.

– Não.

– Não?

– Não, na verdade até você tentar me beijar e dizer que me amava foi apenas o começo. Eu conseguiria viver com isso. Lembrei de tudo que eu passei, agora você estava no lugar que eu estive um dia. Mas tava tão feliz com a Dulce que logo iria passar. Mas você começou a namorar o Poncho.

– Então você se lembrou de como queria que isso acontecesse naquela época, não é isso?

– Foi. E tudo passou na minha cabeça de novo. Ate que eu resolvi fazer dar certo, porque eu teria alguém que me amasse e então poderia dar certo.

– Mas não dá.

Ucker e Chris começam a chorar.

– Não. E eu percebi isso logo.

– E porque continuou tentando?

– Eu já tinha tirado você do meu melhor amigo, tinha feito você largar a sua felicidade pra acreditar no seu amor. Eu não podia falar ah Chris eu me enganei num gosto de você.

– E ate quando você iria ficar assim?

– Não sei, pensei em tantas formas de terminar com você, mas era tudo pra um futuro, não muito distante mas num futuro. Ia doer muito em mim também, mas no fim você seria livre pra ser feliz. Só não achei que você iria perceber tão rápido

– Esquece o Carlos aquele idiota já era, foi expulso e a família dele vai mandar ele pra bem longe de você.

– Pelo menos isso, tomara que ele consiga entender e aceitar o que ele é.

– E agora? O que agente vai fazer?

– Ser amigos. É só isso que nos podemos ser. Nossos caminhos se cruzam Ucker mas não seguem juntos.

Chris anda até a porta.

– Você devia ir atrás da Dulce ela te fazia feliz.

– Eu vou.

– É bom ou então eu trago ela aqui.

Chis para em frente a porta, volta e dá um abraço em Ucker.

– Você foi o sonho mais lindo que eu já tive, mas sonhos acabam.

– Chris...

– Espero que você seja feliz com a Dulce, e que nós sejamos amigos.

– Chris...

– Te vejo na escola Ucker.

– Onde você vai agora?

– Pergunta pra May, eu disse pra ela antes de sair.

Alguns minutos depois de sair da casa de Ucker, Chris encontra com May e seus pais.

– Pai?

- O que você ta fazendo aqui Chris, você devia ter ido pra casa logo que recebeu alta, veio fazer o que na rua?

– Eu precisava conversar com o Ucker pai.

– Sabia, só podia ser isso mesmo, Chris vocês vão ter muito tempo pra namorar é melhor você ficar 100% bem antes num acha?

– Eu e ele num vamos mais ficar juntos.

- O que?

- Ele te destratou filho?

– Não pai, ao contrario ele foi muito legal, muito mesmo, mas agente só pode ser amigos.

– Mas eu pensei que era o que você mais queria.

– E era, eu queria que desse certo, mas nunca vai dar.

- Tudo bem vocês dois podem terminar essa conversa lá em casa vamos.

– Eu ainda tenho que ir em um lugar pai.

- Não Chris você ta fraco filho tem que descansar.

– Pai eu fiquei muito tempo no hospital já.

– Seu pai ta certo Chris é melhor você ir pra casa.

– Mas...

– Mas nada Chris vamos logo antes que eu vá ae e te leve na base do braço.

– Você precisa arrumar um namorado, pra ontem.

- Onde você ia?

– Resolver outras coisas pai.

- Achei que você confiava em mim agora.

– Confio, mas prefiro não falar, num sei se vai dar certo ou não. O senhor me entende né?

- Claro.

Assim que chega Chris vai para seu quarto seguido de May, mas ela é interrompida pelo pai do garoto.

- May posso falar com você?

– Claro.

- Você tem idéia de onde o Chris iria naquela hora?

– May vem logo!!

– Já vou!! Eu acho que sim, mas como ele agente nunca sabe né.

- E onde você acha que ele ia?

– Eu não posso falar, desculpa mas se ele num falou eu também num posso contar.

- No fundo eu sabia que você ia me responder isso. Brigado.

May vai ate o quarto de Chris.

- Agora eu preciso descobrir onde mora o tal Poncho.

– Porque você demorou?

– Tava conversando com seu pai.

– O que?

– Ele perguntou se eu sabia pra onde você ia na hora que agente te achou.

– Você não contou? Contou?

– Eu não sei pra onde você ia.

– Ta bom então.

– E o que é aquela estória de arrumar um namorado? Ta me chamando de mal-amada?

– Foi brincadeira amor.

– É bom mesmo.