Fanfic: Chris e Ucker

Ele resolve ir para o centro da cidade, está com fome mas está sem dinheiro nenhum, pra piorar ele encontra com Ucker e sua namorada.

- Oi.

- Oi.

- Tem treino hoje?

- Não porque?

- Porque você ta de mochila. Vai viajar?

- Não, vou, vou fazer um trabalho na casa da May.

- Ah sim.

- E não era pra você ta na escola agora?

- Eu não estava muito bem de manhã e ele ficou comigo.

- Ah você esta melhor agora?

- To sim obrigada.

- Bom eu vou lá comprar um lanche, ta afim de um Chris?

- Claro.

Chris não queria aceitar, mas sabia que essa poderia ser sua única refeição durante esse dia.
- Ótimo senta com agente.

- Não, to com um pouco de pressa.

- Tudo bem então, quer o que, um dogão?

- Pode ser.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Claro.

- Você não quer ficar por minha causa né?

- Não imagina é que eu to com pressa mesmo. Porque seria por sua causa?

- Pelo que aconteceu com você e o Ucker no campeonato.

- Ele que te contou?

- Foi. Não precisa ter vergonha ou se irritar, eu entendo o que sente, afinal sinto o mesmo. E também não vou ser cara de pau pedindo pra sermos amigos, é humilhação demais. Mas caso você queira agente pode conversar qualquer dia.

Agora eu sei porque ele ama tanto ela, ela é perfeita. Agora para Chris, Ucker estava distante num lugar quase impossível de se alcançar. Depois que Ucker trouxe o lanche eles conversaram mais um pouco e Chris se despediu. Duas horas depois ele já havia atravessado a cidade, até tinha parado uns instantes na frente da casa de May, pensou em chamá-la, uma amiga para desabafar seria bom, mas o orgulho falou mais alto. De repente uma chuva começa a cair ao contrario da maioria das pessoas ele não corre debaixo de uma arvore ou casa para se proteger da chuva. Encosta em um muro abre os braços e deixa as gotas do céu caírem sobre sua cabeça, há muito tempo ele faz isso ajuda a pensar. Agora ele lembrava de tudo que tinha feito ate aquele momento, se arrependeu e depois mudou de idéia. Sobre tudo: ter transado com Carlos, se apaixonado por Ucker, tentado beija-lo, contar a verdade pra seus pais, não contar para May. Estava pensando em todas essas coisas quando foi interrompido por alguém que chamava seu nome, pra sua surpresa quando ele se vira vê Poncho.

- O que você ta fazendo aqui?

- Isso é o que eu pergunto, aqui é a minha casa.

- É que começou a chover e eu resolvi..

- Para pra tomar um pouco de chuva né?

- É como você sabe?

- Porque eu faço isso também. Por isso saí pra fora.

- Legal, então eu vou embora.

- Não, fica mais um pouco.

- Pra que?

- Sei lá pra gente tomar chuva juntos, eu juro que fico quieto por favor fica.

Por que ele é tão legal comigo, agente nem se conhece direito, bom é melhor eu ficar aqui pelo menos ate achar algum lugar pra ir depois. Depois de algum tempo em silencio Chris decide puxar assunto com Poncho.

- Vai pode perguntar.

- Perguntar o que?

- Sobre o que aconteceu entre o Ucker e eu.

- Não faz diferença pra mim.

O tom e Poncho foi um pouco grosseiro bem diferente do tom que usou quando praticamente implorou pra Chris ficar. Chris achou estranho ele não se importava mesmo ou já estava cheio do seu mau humor. Resolveu então ser mais educado e tentar dar atenção para o garoto.

- Você foi na escola hoje?

- Fui acabei de chegar.

- Aposto que só dá eu no comentário geral.

- Você se importa?

- Na verdade não, agora não ligo se todo mundo souber.

- Seus pais já sabem.

- Já.

- Pelo seu tom não foi do jeito que você gostaria.

- Não. Quem te disse?

– O Ucker, mas pode ficar tranqüilo não foi por ele que todo mundo soube.

- Como você pode ter certeza?

- Por que eu conheço muito bem ele, com certeza só contou pra mim e para
a namorada.

- A namorada dele também disse isso. Vocês contam tudo um pro outro?

- Não. Todos tem segredos que não revelam nem pra seus melhores amigos.

- É mas se guardar muito pode perder o segredo e o amigo. Falo isso por experiência própria.

- Fala isso pelo que aconteceu lá com vocês?

- Também, queria que o Ucker soubesse do meu sentimento de outro jeito. Seria mais fácil se ele tivesse notado como olho pra ele.

- As pessoas que nós amamos nunca percebem nossos olhares, gestos ou qualquer outra coisa que fazemos por eles.

- É verdade.

– É mesmo, olha você por exemplo.

– É o Ucker nunca percebeu nada.

– Não to falando do Ucker.

Chris ficou sem saber de quem Poncho falava, mas antes de perguntar a mãe de Poncho apareceu chamando o filho para dentro, a chuva começava a virar tempestade.

- Entra comigo.

- Não, tenho que fazer um trabalho na casa da May.

– Acho que ela esqueceu então porque foi para casa de uma amiga e só volta amanhã.

- Como você sabe?

– Por que liguei para ela atrás de você. Então você vem comigo?