Fanfic: Lírios em Lágrimas

Não sofríamos só a pressão das pessoas que eram contra esse tipo de amor, tínhamos também a imprensa, os boatos e as fofocas. Isso mesmo, eu me tornei diretora de um grande jornal da cidade, e claro, todos sabiam que nós estávamos juntas. Quase nos tornamos “Celebridades” locais, isso era bom para o trabalho e o reconhecimento, mais péssimo para o nosso relacionamento. Resumindo, nós nunca estávamos em paz.

Apesar de tudo sempre seguíamos juntas e acima de qualquer fofoca, até que surgiu o boato de que ela estava me traindo. Eu confesso que fiquei possessa de ciúmes, mais confiei nela, e apesar dos boatos me tirarem do sério todos os dias, eu respirava fundo e seguia. Até que em uma certa semana, eu precisei viajar para outro estado devido a uma reunião do jornal, eu estava com saudades dela, liguei mais ela não me atendeu, então resolvi trabalhar e quando abri o meu e-mail, vi uma foto dela beijando outra garota, a raiva tomou conta de mim, eu fiquei cega de ciúmes. Meu ciúme era tão grande, e a raiva que tomou conta de mim era tão forte, que eu não me dei conta de que tudo aquilo era armação.

Tentei ligar para ela por diversas vezes, até que por fim ela me atendeu, não dei tempo para ela falar, brigamos feio por telefone mesmo, e quando voltei da minha viajem, terminei tudo com ela. Any tentou falar comigo várias vezes, mesmo depois de tê-la magoado tanto. Eu evitei ao máximo de me encontrar com ela, e quando por algum motivo isso acontecia eu a ignorava completamente, por mais que isso doesse em mim também.

Bom, até que chegou uma noite que eu resolvi sair para beber. Minhas irmãs tentaram me impedir de cometer uma loucura, mais minha raiva era tanta, que eu estava determinada a curtir minha noite. E esse foi o meu Grande erro.
Cheguei em uma pequena boate, estava bebendo como nunca havia bebido, conheci uma garota e já que estava curtindo a noite, fiquei com ela, nós ficamos a noite toda, ela era linda, mais meu objetivo não era me apaixonar e sim tirar Anahí da minha cabeça. Assim da festa acompanhada da tal garota e fui para a minha casa. Assim que cheguei, eis que tenho uma surpresa, lá estava ela esperando por mim.E essa foi a última vez que falei com ela.

-- Dulce eu ... Ela parecia feliz até ver a garota ao meu lado segurando em minha mão. – Quem é ela Dul?

-- O que faz aqui Anahí? Eu havia bebido sim, mais ver ela ali, meu coração pulou, eu a amava, mais eu jamais perdoaria uma traição, então contive minha vontade de correr e abraça-la, de beija-la, de gritar o quanto eu a amava.

-- Dulce manda ela ir embora, precisamos conversar.

-- Não sei se notou, mais temos algo mais interessante para fazer, não é Dulce? A garota tinha que abrir a boca e se intrometer.

-- Eu não te quero aqui Any. Achei que tivesse percebido isso.

-- Dulce por favor me deixa contar o que aconteceu, você não me deu a chance de me explicar, não me dei uma oportunidade para falar. Dulce eu te amo, você acha mesmo que eu seria capaz de fazer aquilo. Dulce eu te amo eu morreria por você, o que eu tenho que fazer para te provar isso?

-- NÃO ! Tudo o que eu precisava saber eu já sei, você me traiu. Eu soltei a garota que estava do meu lado e caminhei até ficar frente a frente com ela. – Você me traiu Anahí e isso não vai mudar, não quero saber o que você tem a me dizer.

-- Dulce, para. Você está enganada, isso tudo foi uma armação. Ela começou a chorar, eu senti minhas mãos tremerem, eu quis retirar tudo o que eu havia dito, mais meu orgulho era grande demais.

-- Suma daqui Anahí. Some, eu não quero te ver nunca mais.

-- Vo..Você só está bêbada e com raiva, por favor, se eu voltar amanhã, tudo, tudo vai ser diferente e você vai me deixar falar como sempre fazia.  Ela chorava e soluçava bem na minha frente, aquilo estava me matando, mais ela me traiu, e a dor que eu senti com certeza foi maior do que a dela.

-- Não Any. Eu não quero que volte amanhã, eu não quero que tente explicar o óbvio.

-- Não é o obvio Dulce. O seu obvio é só aquilo que você quer enxergar, mais não é nada disso. Me deixa explicar.

-- Você é surda? Eu te quero longe de mim, quero que vá embora.

-- Eu posso não voltar Dulce. Ela chorava e tremia.

-- ótimo! É tudo o que eu quero, que NÃO VOLTE. Você me traiu, eu te amava com todas as minhas forças Anahí e você fez o que, você me traiu. Eu te odeio, eu te odeio Anahí. Gritei com toda minha força, quando eu gritei vi os olhos dela assustados, eu nunca havia gritado com ela, ela chorava cada vez mais e aquilo me preocupava. Mais não me movi.

-- Eu te amo Dulce.

-- Some da minha vida Anahí.

Foi a última coisa que eu disse antes de vê-la andando o mais depressa possível chorando. Fiquei olhando até que ela sumisse da minha vista, mais cada passo que ela dava se distanciando de mim, eu dava dois tentando chegar até ela. Por qual motivo eu não sei, depois de tudo que eu disse, ela saiu chorando e eu tive a capacidade de ir atrás dela. Comecei a correr indo em direção a ela, mais eu deixei ela se afastar de mais e a perdi de vista.  Comecei a me arrepender de cada palavra que eu havia dito.