Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

A noite passou e no dia seguinte, 10:25 da manhã Dulce acordou com a luz do sol entrando no quarto e batendo em seu rosto, logo que abriu os olhos fechou novamente se virando de barriga para baixo e colocando o travesseiro na cabeça. Logo se lembrou da onde estava e com quem, tirou o travesseiro de cima da cabeça e olhou do seu lado na cama vendo que Anahi não estava mais lá, olhou em volta e viu que se encontrava sozinha, mas logo ouviu o barulho do chuveiro, olhou pra porta do banheiro que estava fechada constatando que com certeza ela estava tomando banho.

Dulce: É, um banho cairia muito bem nesse calor do caramba!

Estava na cama com uma enorme preguiça, se espreguiçou e tratou de levantar logo antes que ela saísse do banheiro. Tomou coragem e se levantou, pegou o vestido e vestiu, andou até o espelho bocejando de sono ainda e deu uma arrumada no cabelo. Voltou pra cama calçando as sandálias. Enquanto dentro do banheiro Anahi havia acabado o banho, saiu do box, se secou e depois se enrolou na toalha. Ao ir pegar suas roupas para vestir se lembrou que havia esquecido de pegar sua calcinha.

Anahi: Merda, como esqueço disso?

Devagar destrancou a porta esperando que Dulce ainda estivesse dormindo, ao abrir a porta viu ela sentada na cama calçando as sandálias. Não teve jeito, teve que sair, afinal não ia ficar dentro do banheiro até ela sair, até porque com certeza ela iria querer usá-lo. Saiu então indo direto pro guarda-roupa, Dulce ficou a olhando de toalha, os cabelos molhados, as pernas a mostra por causa da toalha e imaginou o que teria ali por baixo, quando se pegou pensando nisso balançou a cabeça e evitou olhá-la. Evitou os pensamentos, mas o cheiro pós-banho de Anahi não tinha como evitar, era delicioso.

Dulce: Vocês não costumam dar bom dia aqui no mato?

Anahi: Ta ai ainda é? (mexendo em uma gaveta)

Dulce: Não, sou uma visão, to lá em baixo.

Anahi: Não cansa de ser irritante não? (a olhou)

Dulce: Com pessoas chatas costumo ser sempre assim.

Dulce foi em direção ao banheiro e Anahi a chamou.

Anahi: Ei, vou trocar de roupa primeiro e depois você usa.

Dulce: Troca de roupa aqui.

Anahi: Claro que não!

Dulce: Enquanto uso o banheiro é o tempo de se vestir. Não se preocupe, não vou espiar você. (rindo)

Anahi: Claro que não. Por algum a caso teria motivos pra ficar me espiando trocar de roupa?

Dulce: Obvio que não, pra que iria fazer isso? E se você sabe que não tenho motivos pra isso porque essa frescura toda?

Anahi: Só quero me trocar a vontade, pode ser?

Dulce: Pode, mas aqui porque eu vou no banheiro agora.

Ela saiu pro banheiro e Anahi foia trás, mas só deu de cara com a porta. Bufou e se sentou na cama esperando ela sair do banheiro. Certo tempo depois Dulce saiu do banheiro e a olhou ainda de toalha.

Anahi: Será que agora posso usar o meu banheiro? (se levantou)

Dulce: A vontade. Até porque já to saindo fora, e já passei tempo demais aqui com você.

Anahi: Já vai tarde!

Anahi entrou no banheiro e fechou a porta sem dar ela chance de resposta.

Dulce ficou olhando pra porta e falou alto pra ela ouvir.

Dulce: Insuportável!

Anahi não disse nada, então ela saiu do quarto, olhou pelo corredor não vendo ninguém e logo desceu, foi pensando se Maite, Angelique e Ucker já tinham acordado, ao chegar lá em baixo estavam tomando café junto com Daniel, Marichelo e Rodrigo, menos Ucker e Christian que ainda não haviam descido. Ela se aproximou da mesa.

Daniel: Bom dia Dulce! (sério)

Ela o olhou séria também. Todos deram bom dia também.

Dulce: Bom dia! 

Marichelo: Bom dia Dulce, sente-se por favor, tome café com a gente, dormiu bem? (sorrindo)

Dulce a olhou com a mesma seriedade, pensava porque aquela simpatia toda? Pra ela era puro fingimento pra parecer amável na frente dos outros e principalmente do seu pai. Pra Dulce ela queria se fazer de boazinha.

Dulce: Não obrigado! To sem fome alguma, e ai meninas, vamos?

Olhando pra Maite e Angelique.

Maite: Calma Dul, senta ai, o café ta uma delicia.

Angelique: É, e o Ucker ainda nem desceu.

Dulce: Tudo bem então, aproveitem o café de vocês que eu vou esperar lá no carro. 

Ela saiu sendo chamada por seu pai, ele ficou irritado, Dulce sempre com esse jeito.

Daniel: Eu vou fazer ela voltar pra essa mesa agora!

Maite: Calma dindo! Deixa que eu vou lá falar com ela. (se levantou)

Daniel: Não Mai, toma seu café a vontade, Dulce tem que me ouvir.

Maite: Por favor dindo, olha a Dulce ta custando a aceitar isso tudo, se o senhor for lá só vai gerar discussão. Vamos fazer assim, eu vou lá, converso com ela e sei que ela não vai querer voltar pra cá, a conheço. Mas falo com ela um pouco, vou fazer companhia a ela até o Ucker descer e a gente vai embora, mais tarde o senhor vai lá e conversa com ela, mas com calma.

Marichelo: Eu acho que sua afilhada ta certo meu amor, vão acabar discutindo. Deixa pra ir mais tarde lá e vocês conversam com mais calma.

Daniel: Tudo bem! Mais tarde eu falo com ela.

Nesse momento Anahi descia as escadas e logo chegou até eles.

Anahi: Bom dia pra todos! (sorriu)

Todos responderam.

Maite: Bom eu vou lá! 

Ela olhou pra Anahi ao passar por ela e sorriu saindo. Anahi se sentou do lado de Rodrigo dando um selinho nele.

Daniel: Não sei mais o que faço com essa menina!

Marichelo: Calma Daniel.

Anahi: A Dulce? (se servindo com suco)

Daniel: Ela mesma.

Marichelo: A proposito, como foi com ela Any? Se entenderam um pouco?

Anahi: Bom, posso dizer que sobrevivemos.

Angelique prendeu o riso, achando graça.

Marichelo: Anahi! (chamando sua atenção).

Anahi: O que?

Marichelo: Como o que? Respeite o Daniel.

Anahi: Ai desculpa Daniel, não falo por maldade. Mas só que todo mundo aqui sabe que ela não foi nem um pouco com a minha cara, temos que ser realistas.

Daniel: A Any ta certa Mari, se conheço minha filha deve ter a provocado não é mesmo?

Anahi: Não esquenta com isso Daniel, ta tudo tranquilo.

Daniel: Já vi que vou ter muita dor de cabeça viu. Mas quero agradecer a vocês ela paciência.

Lá fora Maite chegou no carro e Dulce estava sentada no banco do carona ouvindo musica no som do carro.

Maite: E ai? Como foi dormir com sua irmãzinha? (rindo)

Abriu a porta se setando.

Dulce: Engraçadinha, aquela garota não é minha irmã e nunca vai ser.

Maite: Dulce, porque você não faz um esforço? Ela é gente boa, você que não quer dar o braço a torcer, deixa de ser orgulhosa.

Dulce: Maite, escuta uma coisa, eu odeio essa gente, essa família, não vou nunca me aproximar deles ok? Meu pai ontem me encheu de sermão por causa delas, aliás, é a unica coisa que ele sabe fazer.

Maite: É, já vi que não tem jeito, pelo menos por enquanto. Mas Dul, manera com seu pai, tenta não responder a ele.

Dulce: Ai Mai por favor! já não basta meu pai me enchendo o saco?!

Maite: Ta bom, ta bom, não ta mais aqui quem falou. Só quero seu bem Dul.

Dulce: Meu bem é ficar na boa com você minha morena, deixa esse assunto pra lá vai, por favor.

Maite sorriu derretida, sempre que Dulce a chamava de `minha morena` ficava assim, principalmente pelo `minha`.

Dulce: Mas diz ai, ta querendo pegar o priminho caipira da patricinha caipira é? (rindo)

Maite: Ai Dul, não fala assim, tadinho nem é caipira nada, só porque mora aqui?

Dulce: Pra te falar a verdade eu fui com a cara dele sabe, apesar de ser da família dessa dai.

Maite: Ele é um fofo, mas nem rolou nada ta.

Dulce: Porque você não quis, ele só faltou babar em você. 

Maite: A Angel também disse isso.

Dulce: Cara, por falar nela, caramba, vocês bem que podiam fazer menos barulho né? Tão loucas? Cara, todo mundo deve ter ouvido.

Maite arregalou os olhos a olhando, ficou até sem ar.

Maite: Como assim barulho? Do que você ta falando?

Dulce: Como do que? Aqueles gemidos. (prendendo o riso)

Maite: Ai Jesus, você ouviu? Todos ouviram? Não pode!

Ela levou as mãos na boca, estava com muita vergonha agora. Dulce caiu na gargalhada e ela a olhou desconfiada.

Maite: Ta fazendo hora com a minha cara né?

Dulce: To (gargalhando) to brincando Mai.

Maite: Sua filha da mãe, palhaça! (dando tapinhas nela e Dulce se defendendo e rindo muito)

Dulce: Tinha que ver a sua cara Mai. (ainda rindo)

Maite: Porra Dul, me mata caramba!

Ela se sentou direito no banco e passou a mãos nos cabelos.

Dulce: Então quer dizer que se pegaram né? Duas safadas! 

Maite: Olha só, não quero saber de papo com você ok? Quase me matou do coração, nunca mais ia pisar nessa fazenda. Você e Angel são duas palhaças, acho que querem me matar do coração um dia, só pode.

Dulce continuou brincando com ela enquanto isso dentro da casa, Ucker, Poncho e Christian já haviam descido e tomavam café, se juntaram aos outros e ficaram conversando animados, certo tempo depois Ucker e Angelique se despediram de todos, Maite também menos Dulce que continuou no carro. Depois então todos foram embora.

Na parte da noite Daniel foi ao apartamento de Maite conversar com Dulce, tendo como final outra discussão e ele foi embora dizendo que no outro dia aguardava ela lá na fazenda, com todas as suas coisas, Maite ficou de levá-la já que ele não teria tempo durante o dia. Porém ela não foi, passou a semana toda enrolando seu pai e nem pisou o pé na fazenda, Marichelo conversou com Daniel para deixá-la um pouco quieta e dar um tempo a ela, que na semana seguinte ele fosse buscá-la, até porque seria o início das aulas. Assim aconteceu, ela só foi no domingo e praticamente arrastada pelo pai, chegou na fazenda quase a noite, ficou arrumando suas coisas no quarto, que por sinal era muito bonito, era bem parecido com o de Anahi, e ela gostou, era confortável, espaçoso e bonito, ela pensava que pelo menos isso de bom naquele lugar. Depois desceu pra jantar mas não conversou com ninguém, embora puxassem assunto, menos Anahi. Horas depois todos foram dormir porque no outro dia era dia da faculdade, e dia de trabalho, todos acordariam muito cedo.

Dulce já estava deitada e colocava o despertador para despertar, as 06:00 horas, era o fim do mundo pra ela acordar tão cedo, mas não tinha outro jeito, a faculdade começava as 08:00 horas, as 07:00 horas tinha que sair de casa no máximo pelo menos, então até tomar banho e se arrumar tinha que acordar bem cedo. 

Ela estava em um sono maravilhoso quando foi despertada pelo barulho insuportável do despertador, abriu os olhos com dificuldade e colocou a mão nele, sua vontade era de jogá-lo na parede e bem longe, mas precisaria dele no outro dia, todos os dias aliás. Com muito esforço o desligou e se virou na cama ficando de barriga pra cima, ouviu o galo cantar.

Dulce: Era só o que faltava, além do despertador esse galo cantando ai.

Se espreguiçou e rolou um pouco na cama até que se levantou e foi se arrastando pro banheiro pra tomar banho. Depois de fazer sua higiene matinal, tomar banho e se arrumar ela desceu pra tomar café, todos estavam na mesa, Anahi, seu Pai, Marichelo e também Poncho e Rodrigo. Ela pensou se Poncho e Rodrigo não tinham casa, já começavam o dia plantados lá. Ela se sentou do lado de Poncho, na sua frente estava Anahi, Rodrigo e seu pai, Marichelo estava sentado na ponta da mesa. Na verdade ela parecia que estava mais dormindo do que acordada.

Dulce: Bom dia! (sonolenta)

Todos deram bom dia.

Marichelo: Dormiu bem Dulce? (puxando assunto)

Dulce: Uhum.

Daniel: Dulce, por favor, responda direito minha filha. (falando calmo)

Anahi: Liga não Daniel, eu acho que é porque ela ta dormindo ainda! (rindo)

Poncho e Rodrigo riram de leve, mas logo seguraram.

Dulce: Olha Anahi, eu to com tanto sono que nem .. (bocejou) vou te responder.

Daniel: Tem que se acostumar minha filha, daqui em diante será assim.

Rodrigo: Bom amor, quer que eu te leve na faculdade hoje?

Anahi: Não precisa amor, vou com o Poncho como todos os dias, não quero te dar trabalho amor, não vou te desviar do seu caminho e nem quero que se atrase. (sorriu)