Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Dulce: Mas chega desse assunto, e a cachaça?

Christian: Já tomou pinga? 

Dulce: Cachaça pura?

Christian: Isso.

Dulce: Já e quase morri (rindo) é muito forte.

Christian: É forte mesmo. (rindo) 

Dulce: Pessoal do campo que é chegado numa cachaça pura né?

Christian: E como gostam, eu não curto muito, mas meu pai adora. Gosto de fazer caipirinha.

Dulce: Sua caipirinha é boa? 

Christian: Caipirinha é comigo mesmo.

Dulce: Bem que podia fazer pra gente né?

Christian: Faço sim, vamos lá em casa?

Dulce: Demorou! (sorriu)

 Eles levantaram animados, foram caminhando em direção a casa dele.

 Christian: Não repara em Dul, minha casa é bem simples.

Dulce: Não ligo pra essas coisas Chris.

 Eles chegaram na casa dele, que por sinal era bem arrumada e aconchegante, claro que não tinha coisas luxuosas como a mansão em que morava na fazenda, mas era bem bonita. 

 Christian: Fica a vontade Dul.

Dulce: Sua casa é uma gracinha.

Christian: Na verdade é da fazenda né.

Dulce: Mas as coisas que estão dentro são de vocês. (rindo)

Christian: É. (sorriu)

Dulce: E seus pais?

Christian: Foram na casa do seu Pedro e da esposa dele jantar lá.

Dulce: Quem são esses?

Christian: São amigos deles de uma outra fazenda, se conhecem desde pequenos.

Dulce: Ah sim. 

 Foram pra cozinha e lá Dulce se sentou enquanto ele pegava as coisas pra preparar a caipirinha.

 Dulce: Quer ajuda?

Christian: Não precisa Dul, valeu! (sorriu)

 Minutos depois a caipirinha já estava pronta, Christian fez um copo pra ele e outro pra ela. 

 Christian: Experimenta!

 Dulce deu um gole, estava deliciosa.

 Dulce: Nossa, ta uma delicia Chris, sabe mesmo fazer hein. (sorriu)

Christian: Não disse?

Dulce: Convencido. 

 Eles riram.

 Christian: E ai, já fez as pazes com Any?

Dulce: Ainda não, fui falar com ela, mas tinha ido pra casa de Poncho.

Christian: Mas quando ela voltar vão conversar né?

Dulce: Sim, vou me desculpar com ela.

Christian: Mas afinal, porque brigaram?

 Dulce pensou um pouco e achou melhor falar a verdade pra ele, que foi sobre Fernando, assim ele poderia ficar de olho no peão pra ela, já que trabalhavam juntos.

 Dulce: Chris vou te falar uma coisa, mas tem que prometer que não vai falar pra Any que te contei e nem pra ninguém, ela me mata.

 Ela deu um gole na caipirinha aguardando a resposta dele.

 Christian: Mas o que é Dul? (deu um gole na caipirinha)

Dulce: Antes me promete que não vai falar pra ninguém, por favor, to confiando em você em!

Christian: Tudo bem, não falo nada, mas o que é?

Dulce: Sabe o Fernando? O peão.

Christian: Sim, sei.

 Ele deu mais um gole em sua caipirinha olhando pra ela curioso. Dulce contou de como ele tem se aproximado de Anahi, ele ficou pasmo.

 Christian: O que? Não acredito que ele teve essa audácia.

Dulce: Pois teve, ta cheio de gracinha pra cima da Any.

Christian: Mas isso não vai ficar assim, vou falar pra madrinha isso.

Dulce: Não Chris, não faz isso. Se não a Any vai saber que te contei e não vai me perdoar.

Christian: Mas Dul, ele é muito abusado. (nervoso)

Dulce: Eu sei! Acha que to gostando disso? Falei pra ela contar pra mãe dela, mas ela não quer. Ela disse que não quer levar preocupações a mãe dela, e que prefere resolver sozinha como sempre resolveu suas coisas.

Christian: A Any é bem assim mesmo. Ela não gosta de levar tudo pra mãe dela, sempre resolve sozinha e sempre conseguiu resolver suas coisas sozinha mesmo. Só falava com a madrinha se não consegue resolver.

Dulce: Eu concordo que ela goste de resolver sozinha, que sempre teve maturidade pra resolver suas coisas sem ter que sair correndo pra mãe dela. Mas esse cara merece ser mandando embora daqui, me irrita ele aqui nessa folga toda.

 Eles deram outro gole em suas caipirinhas.

 Christian: Bom, mas pelo chega pra lá que a Any deu nele no ocorrido da piscina que você  me contou, acho que ele não vai mais se atrever. Ela assustou ele.

Dulce: Mas mesmo assim Chris queria te pedir uma coisa.

Christian: Claro!

Dulce: Pra você ficar de olho nele, já que trabalha com ele é mais fácil ficar de olho nele do que eu. Presta a atenção nele, vê se ele não banca o engraçadinho de novo com ela.

Christian: Claro Dul, depois do que me contou vou ficar em cima dele. E outra coisa, amanhã mesmo vou dar um susto nele.

Dulce: Como assim?

Christian: Vou chamar ele num canto e por ele no lugar dele. Quem ele pensa que é pra ficar com essas ousadias com Any? Antes de tudo ela é minha amiga e não vou permitir que um peão metido se engrace assim com ela, amanhã ele vai ver.

Dulce sorriu, adorando.

 Dulce: Você é dos meus, assim que se faz Chris, da um susto nele pra ele ficar esperto.

Christian: Ai quero ver ele se meter ao engraçadinho de novo com ela.

Dulce: Valeu Chris, que bom que posso contar com você (sorriu) assim fico mais tranquila.

Christian: Mas relaxa Dul, ele é só um peão folgado, mas pelo que a Any disse a ele, acho que já entendeu o seu lugar. Só que também vou falar com ele.

 Eles continuaram conversando, tomaram mais dois copos de caipirinha e já estavam meio tontos, era 21:15 hrs.

 Dulce: Bom Chris, vou indo pra casa, papai deve ter me procurado feito louco pra jantar. (rindo) A hora passou rápido.

Christian: É mesmo, nem avisamos que você veio pra cá.

Dulce: Ah relaxa, tem nada demais. Valeu pela caipirinha viu, e obrigado por poder contar com você com o lance do Fernando com a Any.

Christian: Não precisa agradecer, qualquer um que se meter a besta com a Any tem que se ver comigo.

 Eles riram e foram caminhando pra sala. Nesse momento os pais de Christian chegaram.

 Antônia: Boa noite Dulce! 

Carlos: Boa noite dona Dulce!

Dulce: Boa noite Tonha, e seu Carlos, para com esse negócio de Dona Dulce, me sinto uma velha. 

 Todos riram. Antônia e Carlos se aproximaram deles.

 Carlos: Desculpa Dona Dul .. 

 Dulce olhou pra ele.

 Carlos: Ta certo, Dulce.

Dulce: Assim ta melhor, melhor que isso só me chamando de Dul. (sorriu) 

Carlos: Ta certo. (sorriu)

Antônia: E você meu filho, jantou?

Christian: Ainda não mamãe.

Antônia: Não deu nada pra Dul comer meu filho? Não ofereceu janta a ela?

Dulce: Não se preocupe Tonha, eu to sem fome e a gente comeu uns petiscos.

Christian: E eu também tava sem fome mamãe, a gente tava tomando caipirinha, ai acompanhamos com uns petiscos.

Antônia: Tem certeza que não quer comer mais nada Dulce?

Dulce: Não Tonha (sorriu) obrigada!

Antônia: Se quiser posso fazer algo.

Christian: Mamãe, ela não quer. (riu) 

Dulce: Não se preocupe Tonha, to sem fome mesmo. Agora eu tenho que ir pra casa, boa noite Tonha. (deu um beijo no rosto dela) 

Antônia: Boa noite filha durma bem.

Dulce: A senhora também. (sorriu) Boa noite seu Carlos. (apertou a mão dele)

Carlos: Boa noite filha. (sorriu)

 Ela saiu e Christian a acompanhou até lá fora, foram andando em direção a casa dela.

Dulce: Gosto tanto dos seus pais, sua mãe é uma fofa. 

Christian: É, meu velhos são demais mesmo. 

Dulce: Ela é tão preocupada, cuidadosa, perguntou mil vezes se eu não queria comer nada. (rindo)

Christian: Por ela teria feito algo pra você.

Dulce: Você tem sorte, tem pais maravilhosos e bem perto de você, se preocupam com você, tem uma mãe que ta sempre cuidando de você, super carinhosa.

 Ela suspirou triste se lembrando da sua mãe.

 Christian: Mas aposto que tem pais maravilhosos também Dul, eu sei que não se dá muito bem com o Daniel, mas tenho certeza que te ama muito e faria tudo por você.

Dulce: Ele só se importa com esse casamento dele com sua nova mulher. E minha mãe? Desde que se separou do papai se enfiou no trabalho, dia e noite, pra poder esquecer os problemas e nisso acabou esquecendo de mim também.

Christian: Como assim?

Dulce: Pra esquecer os problemas da separação com o papai ela mergulhou no trabalho, e nisso passou a trabalhar praticamente 24 horas por dia, dai não sobrava tempo pra nada, muito menos pra mim. Eu vejo sua mãe sempre tão carinhosa com você, e fico me olhando, não tenho nada disso mais. Desde que meus pais se separaram tudo mudou.

 Eles chegaram no jardim da casa e se sentaram na grama. Christian agora ia entendendo um pouco o porque dela não conseguir aceitar o casamento do pai com Marichelo, não que ela estivesse agindo certo, mas entendia que ela tinha motivos.