Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Dulce: Gente, elas tavam se pegando Ucker.

Ucker: E a gente atrapalhou tudo.

 Eles gargalharam baixinho para elas não ouvirem, a cara delas duas assustadas foi muito engraçada e eles não podiam deixar de rir.

 Dulce: Devem ta querendo matar a gente.

Ucker: Com certeza. (rindo)

 Eles se sentaram no sofá.

Dulce: Não sei porque essas duas não ficam juntas logo.

Ucker: Pela Angel isso já teria acontecido.

Dulce: Não sei porque a Mai ta com o Chris, os dois parecem mais amigos do que namorados, e ta na cara que ela é super afim da Angel.

Ucker: Ela tem é medo Dul.

Dulce: Como assim?

Ucker: De se envolver com uma amiga novamente, de sofrer de novo.

Dulce: Ah sim, pelo namoro comigo.

Ucker: Isso.

Dulce: Não queria ter feito ela sofrer.

 Dulce o olhou se lamentando.

 Ucker: Mas a culpa não foi sua, essas coisas não se controlam. Tanto que ela mesma tomou a decisão de terminar com você porque viu que não tava sendo justo pra nem uma das duas.

Dulce: Mas uma hora ou outra ela vai ter que encarar o que sente pela Angel, aliás o que finge não ver que sente.

 Ucker começou a rir.

 Dulce: O que?

Ucker: Lembrei da cara das duas quando a gente chegou, só elas mesmo pra me fazer rir.

 Dulce começou a rir com ele.

 No quarto de Maite ela ainda estava de toalha e deitada na cama pensando no que acabou de acontecer entre ela e Angelique, depois de rir de si mesma por Dulce e Ucker terem chegado e percebido tudo. Pensou em Christian, não era certo fazer aquilo com ele, o trair, mas nunca conseguia resistir a Angelique, e as coisas que sentia quando estava com ela, não só em questão do sexo, mas quando estava em sua companhia, as conversas, os carinhos, a cumplicidade, não se imaginava sem isso. 

 Então pensou no que todos estavam dizendo, que ela e Christian pareciam mais dois amigos que namorados e isso ela já tinha percebido também, e que não gostava dele o suficiente para namorar, pois se não conseguia ser fiel, sempre acabava ficando com Angelique mesmo sabendo que não é certo. Ela tinha um carinho enorme por ele e não era justo o que estava fazendo com ele, e não é só por Angelique que iria terminar com ele, mas o namoro dela e de Christian já nem parece mais um namoro. Sempre foi sincera com seus sentimentos e com as pessoas, não poderia perder isso. 

 Se levantou e foi vestir sua roupa. E tinha outra questão, quem será é a pessoa por quem Angelique é apaixonada? Será que é mesmo ela? Depois do que aconteceu na sala entre elas duas, a tal pessoa só poderia ser ela mesma. Mas isso a enchia de medo também, queria ficar com Angelique e terminando com Christian poderia fazer isso sem culpa, mas ter algo mais sério com ela, ou seja um namoro, era algo que ela não sabia se queria, não por ter duvidas, mas medo de se machucar de novo, de estragar a amizade. E se depois não desse certo e a amizade continuasse, não queria sofrer de novo ver a pessoa que gosta tão próxima e ficando com outras, como aconteceu quando terminou com Dulce. E mais ainda, não queria fazer Angelique sofrer, então tinha que pensar bem no que ia fazer.

 Angelique tinha ido ao banheiro e lavou seu rosto e olhava pela janela do seu quarto, pensando em Maite, até quando iria suportar aquilo, de tê-la tão perto e não poder fazer nada, de ficar vendo a garota que gosta com outra pessoa. Mas assim como Maite a ideia de gostar da melhor amiga a assustava também, temia que um dia a amizade mudasse por causa disso e isso ela não suportaria jamais.

 Dez minutinhos depois voltou pra sala, Ucker estava mexendo no menu do DVD do filme enquanto Dulce e Maite faziam a pipoca na cozinha.

 Angelique: E a Dul?

Ucker: Ta na cozinha com a Mai fazendo a pipoca.

 Angelique se sentou do lado dele que acabou de mexer no DVD colocando o controle remoto no sofá do seu lado.

 Angelique: Ah sim. E você, ta bem?

Ucker: To do mesmo jeito. Mas as vezes me distraio e esqueço um pouco a aflição.

Angelique: Vai dar tudo certo, que bom que ta se distraindo um pouco.

Ucker: Ainda mais com as amigas que eu tenho. (rindo)

Angelique: Porque ta rindo assim?

Ucker: Do acontecido a pouco, fala a verdade Angel, eu e a Dul percebemos que você e a Mai tavam se pegando.

Angelique: Deu nem pra disfarçar né? (rindo)

Ucker: Não tinha como não perceber, tava muito na cara.

Angelique: E tinham que chegar bem naquela hora né?

 Ela deu um tapa no ombro dele.

 Ucker: Mas a gente ia adivinhar? (rindo)

Angelique: Pior que é verdade.

 Na cozinha Dulce e Maite esperavam a pipoca ficar pronta.

 Dulce: E ai sua safadinha, tava se pegando com a Angel né?

Maite: Tava. (rindo) Ai Dul, não posso ficar traindo o Chris, mas eu perco todo o juízo com a Angel.

Dulce: Sabe o que isso significa né?

Maite: Como assim?

Dulce: Mai, você gosta da Angel, e nem vem falar que é só coisa física, atração, que é muito mais que isso. Eu vejo a forma que olha pra ela, o jeito que trata ela, os carinhos, a atenção, é muito mais que uma coisa física.

Maite: Mas Dul eu não posso.

Dulce: Porque? É pelo Chris? Termina com ele, Mai você ta se enganando e enganando a ele, e além do mais esse namoro de vocês nem parece namoro.

Maite: Não é isso, mas eu tenho medo, Angel é uma das minhas melhores amigas, se envolver com amiga é sempre perigoso.

Dulce: Eu sei Mai, mas eu acho que pra vocês não tem mais volta. De um jeito ou de outro sempre acabam juntas, acho que ta na hora de encarar isso.

O microondas apitou, a pipoca estava pronta. 

 Dulce: Pensa nisso!

 Elas pegaram a pipoca o refrigerante e foram pra sala. Dulce se sentou com Ucker e Maite com Angelique no outro sofá. As duas no início estavam meio sem jeito uma com a outra, mas não demorou nada e já estavam rindo do filme e comentando uma com a outra, rapidinho voltaram ao clima normal, não tinha como ser diferente, a sintonia entre elas era muito grande, sem contar com a vontade de estarem sempre próximas.

 As horas se passaram, Dulce foi embora, passou na auto escola e pegou Anahi e foram pra fazenda. Assim que chegaram subiram, no corredor em frente aos seus quartos conversavam.

 Anahi: Obrigada pela carona! (sorrindo)

Dulce: Não foi nada.

Anahi: Vou tomar um banho agora.

Dulce: E eu vou ligar pra mamãe, ela me ligou bem na hora que tava indo te pegar na auto escola.

Anahi: E porque não atendeu?

Dulce: Tava pilotando né mocinha?

Anahi: Ah ta.

 Elas riram.

 Anahi: Bom, vou tomar meu banho.

 Ela abriu a porta do quarto e antes de entrar Dulce a chamou.

 Dulce: Ei, ta esquecendo de nada não?

 Anahi sorriu a puxando para dentro do quarto e deu um selinho nela.

 Dulce: Só isso?

Anahi: Só e não vamos abusar porque não sei se mamãe ta aqui em casa agora.

 Dulce ia entrar e agarrar ela, mas bem na hora seu celular tocou a interrompendo. Ela olhou e era sua mãe.

 Dulce: Mamãe vou atender antes que ela ranque os cabelos lá.

 Elas riram. Dulce jogou um beijo pra Anahi e foi para o seu quarto, assim que entrou atendeu o celular.

 Dulce: Oi mamãe!

Blanca: Minha filha, tudo bem?

Dulce: Tudo e por ai como ta?

 Dulce se deitou na cama.

 Blanca: Ta ótimo estou na fase final do treinamento.

Dulce: Nossa, como passou rápido.

Blanca: Graças a Deus minha filha, to com muita saudade de você, já tem dois meses e uma semana que vim pra cá, mais três semanas e tudo se acaba.

Dulce: Nossa, nem acredito que os três meses estão passando rápido como eu queria. Se bem que agora até que não ta muito chato aqui.

Blanca: Porque? 

Dulce: Eu e a Any estamos nos dando super bem (sorriu boba), mas só isso também, porque não suporto a mãe dela e nem ver ela com o papai.

 Blanca: Dulce minha filha, achei que talvez pudesse ter mudado um pouco de opinião.

Dulce: Nunca mamãe! Vamos falar de outra coisa se não vamos acabar brigando. Então daqui três semanas a senhora ta de volta.

Blanca: Isso minha filha, e vou ser a diretora da filial da empresa dai.

Dulce: Escolheu a daqui só pra eu reaproximar do papai né? Pra morar perto dele de novo.

Blanca: Não foi só por isso filha, uma coisa levou a outra e é importante que tenha uma reaproximação do seu pai, isso é pro seu bem.

Dulce: Ele que veio embora pra cá, ele que saiu de Floripa, porque nós temos que vir atrás dele?

Blanca: Minha filha faço as coisas somente pro seu bem. Não é bom viver afastada do seu pai, e não digo apenas fisicamente, mas emocionalmente e além do mais, estavam abrindo essa filial ai e foi uma ótima oportunidade pra mim.

Dulce: Mamãe, o fato de eu estar aqui e ter convivido com ele de novo não muda nada. Assim que a senhora voltar vou ir morar com a senhora, e só vou vir aqui na fazenda por causa da Any.

Blanca: Nossa, estão mesmo se dando bem. Antes não podia nem ouvir o nome dela.

 Dulce viu que talvez possa ter dado muito na cara.

 Dulce: Mas não só ela, o Chris, os pais dele que são ótimas pessoas, e só, minha relação com o papai não mudou e nem vai mudar em nada, se ele escolheu essa mulher, que fique com ela.

 Elas continuaram conversando por mais uma meia hora, apesar de se falarem quase todos os dias, o assunto sempre rendia. Depois disso Dulce foi ao quarto de Anahi, a mesma abriu.

 Anahi: E ai, como ta sua mãe?

Dulce: Ta bem, ta toda animada pra voltar.

 Anahi deu espaço e Dulce entrou, andaram até a cama e se sentaram.

 Anahi: Eu imagino, ela deve ta louca de saudade de você e você dela né?

Dulce: Bastante, não vejo a hora de abraçar ela. (sorriu)

Anahi: Fico muito feliz por você. (sorriu mais)

Dulce: Eu fiquei muito brava por ela não ter me levado e ter me obrigado a ficar aqui com o papai, mas apesar disso e de toda a ausência dela em casa comigo, mamãe é tudo pra mim, e até entendo que ela tenha se afogado no trabalho depois da separação pra esquecer dos problemas, e assim esquecendo um pouco de mim também, mas apesar de tudo ela é minha base e não vejo a hora de ver ela.

Anahi: E ela volta quando?

Dulce: Daqui três semanas.

Anahi: Nossa, como passou rápido.

Dulce: Demais!

Anahi: Bom, não era tudo o que você queria? Vai ta livre do mato. (rindo)

Dulce: É, mas eu não contava com uma coisa.

Anahi: O que?

Dulce: Que ia me aproximar tanto de você, que a gente ia acabar assim.

 Ela sorriu sem graça.

 Dulce: Você é o único motivo bom de estar aqui, o que me faz feliz estar aqui.

 Ela falava olhando nos olhos de Anahi, que ao ouvir não sabia muito o que dizer.