Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Poncho: Bom, na verdade a Any me disse hoje, mas não foi por mal. 

Ucker: Eu sei, não tem problema não. Essa noite eu só quero beber e beber pra esquecer um pouco isso, e ficar com meus melhores amigos. Então to fazendo de tudo pra não me abater mais, por fora eu to rindo, mas por dentro to arrasado, mas eu quero fazer esse esforço hoje por vocês, que tem feito de tudo pra me manter firme e me animar.

Poncho: Vai dar tudo certo, vamos ter fé.

Ucker: Obrigado Poncho!

 Poncho levou a mão ao ombro dele apertando firme, em sinal de força e carinho, e Ucker levou a mão ao braço dele apertando agradecendo. 

 Minutos depois já voltavam ao apartamento, chegaram com as cervejas e Christian já estava lá. As pizzas também chegaram, se serviram, começaram a comer e beber e conversando, sobre diversos assuntos e contando pra Sindy algumas historias divertidas que eles já passaram juntos, ela ria bastante e se divertia muito. Ucker as vezes ficava meio distante, o desanimo batia forte, mas ele tentava a todo custo não transparecer, o pessoal percebia isso, mas logo um soltava uma piadinha pra fazer ele rir e ocupar a cabeça dele, embora isso não arrancava sua aflição, ninguém queria mais tocar no assunto aquela noite pra não deixar ele pior do que já estava.

 E assim passou a noite. Já era quase duas da manhã, Anahi, Dulce, Poncho e Sindy foram para o apartamento de Anahi e poncho, dormirem lá. Manuela e Christian ficaram para dormir no das meninas e Ucker.

 Angelique estava na cozinha sentada na mesa mexendo na latinha de cerveja na mão, olhando pra ela com o pensamento longe e meio desanimada, na verdade tava pensando em Maite e Christian juntos no quarto. Por mais que ela soubesse que nunca rolou nada de sexo entre os dois e que Christian não se movia para isso, não tinha como não sentir ciumes, porque ele a beijava e a tocava de alguma forma, e isso doía nela. E o que mais a deixava para baixo é que Maite disse que ia terminar com Christian, mas parece que ela deixou isso um pouco de lado. Enquanto estava longe em seus pensamentos Maite entrou na cozinha.

 Maite: Cachaceira!

 Angelique despertou, a olhando.

 Angelique: Que susto Mai.

 Maite sorriu.

 Maite: Desculpa, não queria assustar minha gatinha.

 Ela se sentou em cima da mesa, assim ficando de frente pra Angelique. Como ela estava usando um shortinho meio curto suas coxas ficaram mais visíveis ainda, Angelique as olhou rapidamente e deu um gole na cerveja disfarçando e procurando não olhar.

 Angelique: Quer? (oferecendo a latinha de cerveja)

Maite: Quero.

 Maite pegou a latinha dando um gole longo.

 Angelique: E o Chris?

Maite: Ta tomando banho. O que ta fazendo aqui na cozinha sozinha?

Angelique: Porque não tenho ninguém ao meu lado pra estar no quarto comigo.

 Olhando fixo pra Maite, que ficou meio sem graça, sem saber o que dizer, não esperava essa resposta tão direta dela.

 Angelique: Até Poncho apareceu com a namorada. (sorriu forçada)

 Maite continuou sem saber o que falar, e como ela não disse nada Angelique se levantou.

 Angelique: Boa noite, Mai!

 Ela deu um beijo na bochecha dela, um pouco chateada, quando deu um passo Maite segurou o braço dela.

 Maite: Espera.

 Angelique parou e ficou a olhando esperando ela falar.

 Maite: Sua cerveja.

 Entregando a latinha a ela. Angelique quis pegar aquela latinha e meter na cabeça dela de tanta raiva, a chamou pra isso? Depois do que havia acabado de falar? Ela pegou a latinha e ia saindo quando Maite falou novamente.

 Maite: Eu vou terminar com ele.

 Angelique parou na porta ainda de costas e se virou. 

 Angelique: Isso você já me falou.

 Angelique estava com ciúmes por Christian ter ficado para dormir, e como já tinha bebido um pouco, ficou mais fácil de falar as verdades.

 Maite: Angel porque ta me tratando assim?

Angelique: Assim como?

 Maite desceu da mesa, ficando de frente pra ela.

 Maite: Fria. De uma hora pra outra mudou comigo, antes tava tudo bem, ai cheguei aqui e você ta assim.

 Angelque respirou fundo.

 Angelique: Por nada Mai, é impressão sua, agora vou dormir ta?

 Maite novamente segurou o braço dela, mas dessa vez a puxou fazendo o corpo dela encostar no seu. 

 Maite: Não fica assim comigo.

 Angelique engoliu seco de sentir os lábios dela tão próximos aos seus, e seus corpos juntos.

 Angelique: Porque você faz isso comigo Mai?

Maite: O que?

Angelique: Vou ter que falar com todas as letras pra você entender? Pra enxergar?

Maite: Você ta falando sobre nós?

 Angelique olhou nos olhos dela.

 Angelique: To apaixonada por você Mai, e faz tempo já. Não suporto ver você com o Chris, nos braços dele. Quando eu desejo ter você nos meus braços, sendo minha e só minha.

 Maite ficou paralisada ouvindo e olhando nos olhos dela também, a emoção era visível entre as duas, seus olhos falavam por si só, era amor que tinha ali, só faltava Maite perder o medo.

 Angelique: Pronto falei! Era isso.

 Angelique afastou seu corpo do dela e saiu da cozinha deixando Maite do mesmo jeito, em pé, pensando no que havia acabado de ouvir. Seu coração estava disparado e não conseguia conter o sorriso bobo nos lábios, ela já imaginava o que Angelique estivesse sentindo por ela, mas ouvir ela falando, a olhando nos olhos e assumindo totalmente, a deixou emocionada. 

 Angelique entrou em seu quarto e fechou a porta, se escorou nela virando a latinha de cerveja toda, depois ficou pensando no que tinha acabado de fazer, e temia se arrepender disso. Não é porque Maite ia terminar com Christian que ia namorar com ela, ficar com certeza, mas namorar ela não sabia, e é o que ela mais queria, poder namorar Maite pra ela ser só dela.

 No quarto de Ucker ele a Manuela conversavam sentados na cama.

 Ucker: Manu posso te fazer uma pergunta?

Manuela: Claro!

Ucker: Você não sente medo?

Manuela: De que?

Ucker: Eu posso ta com aids, sei lá, não é estranho pra você? Não se sente incomodada em me beijar, me abraçar.

 Manuela sorriu.

 Manuela: Ucker, ta querendo perguntar se não tenho medo de pegar?

Ucker: Não, até porque ninguém pega aids assim, mas sei lá, algumas tem receio em conviver com uma pessoa que tem aids, parece que vai pegar a doença só de respirar o mesmo ar.

Manuela: Você acabou de dizer que aids não se pega assim, porque eu teria medo? Olha pra mim, pareço ter algum receio?

Ucker: Não, claro que não. É que sei lá, desculpa, foi uma pergunta idiota.

Manuela: Não, não foi não. Antes mesmo de saber se tem a doença você já ta se preocupando com esse tipo de coisa, Ucker, só pessoas ignorante agem dessa forma, aids não se pega assim e além do mais você nem sabe se ta mesmo com aids.

Ele ficou calado mexendo nos dedos em sua mão, Manuela percebeu que ele queria perguntar mais alguma coisa, ou dizer algo e não sabia como.

 Manuela: Sinto que quer perguntar ou falar mais alguma coisa, fala.

Ucker: E se .. (ele fez uma pausa) se eu tiver mesmo com aids.

Manuela: O que tem?

Ucker: Vai querer namorar um cara assim?

Manuela: Ucker presta a atenção no que eu vou falar.

 Ela levou a mão ao rosto dele fazendo carinho.

 Manuela: Se eu fosse uma menininha já teria caído fora, mas você ta com uma mulher do seu lado. Eu gosto de você, você tem me conquistado cada dia mais, e eu não sei como estou me envolvendo assim tão fácil por você, tão rápido também. O Ucker que eu to conhecendo é um cara que ta me cativando, e to com vontade de poder te conhecer cada vez mais, e fazer dar certo o que estamos iniciando, então não vai ser uma doença que vai impedir isso. Eu sei que é uma doença horrível pelo fato de não ter cura, e que não é fácil ter que conviver com ela, mas se você estiver mesmo com aids, hoje em dia a medicina ta super avançada e se pode viver e ter uma vida normal, a camisinha ta ai pra isso, pra se cuidar. Então não fica pensando essas besteiras não, eu to com você pelo que você é.

 Ele sorriu e a abraçou apertado. Tinha tanto medo de que ela se afastasse dele, não conteve algumas lágrimas e a olhou novamente segurando as mãos dela. Ele se sentiu sortudo, ela realmente era bem mulher, e uma mulher e tanto.

Ucker: Não quero ficar sem você Manu, pela primeira vez eu me apaixonei de verdade por uma mulher, pela primeira vez eu quero e desejo só uma, pela primeira vez eu me sinto feliz de verdade com uma mulher, não quero perder a oportunidade de ser feliz e de fazer você feliz também.

 Ele levou uma mão ao rosto dela o segurando, e acariciando. A olhando nos olhos dela, vendo eles cheios de lágrimas assim como os seus.

 Ucker: Eu quero muito viver isso com você e ser aquele homem que você busca e merece.

 Ela segurou o rosto dele com as duas mãos fazendo carinho com os polegares.

 Manuela: E não vou a lugar algum. (sorriu)

 Eles aproximaram seus lábios e se beijaram, um beijo lento, cheio de carinho, cuidado e amor. Depois de se beijarem por um bom tempo se separaram.

 Manuela: Vem, vamos dormir, vou ficar abraçadinha a você.

 Eles se deitaram e dormiram abraçadinhos, Ucker demorou pra pegar no sono e dormiu bem depois que ela, pois a preocupação e aflição dominavam sua mente.

 No quarto de Maite ela e Christian conversavam, ela contou a ele sobre Ucker, pois assim como Poncho, ele já estava suspeitando da verdade. Ficou tão pasmo e preocupado quanto todos.

 Christian: Meu Deus, tomara que dê tudo certo, ele não pode ta com aids Mai. Ele vai sofrer demais.

Maite: E já ta viu, da pena de ver a carinha dele por ai, pelos cantos da casa.

Christian: Mas vamos ter fé, ele tem a possibilidade de não estar com a doença.

Maite: É tudo que mais quero, que tudo corra bem.

Eles conversaram mais um pouco e como sempre foram dormir, Christian alegando estar cansado e Maite já nem se importava mais, pelo contrário, achava ótimo e no dia seguinte decidiu que terminaria com ele, não fazia mais sentido esse namoro e Angelique era um dos maiores motivos. E até pegar no sono ficou pensando nela e em tudo o que ela disse pra ela aquela noite, não podia evitar os sorrisos bobos, adormeceu pensando nela.

 No apartamento de Anahi e Poncho, eles haviam chegado e cada casal foi para seus quartos. Anahi e Dulce se beijavam escoradas na porta, no caso Anahi, porque mal entraram e Dulce agarrou ela.

 Dulce: Será que vamos ouvir barulhos essa noite? (sorrindo maliciosa)

 Anahi riu.

 Anahi: Pervertida.

Dulce: Bem que a gente podia fazer uma disputa.

Anahi: Ta louca? 

 Dulce gargalhou da cara que ela fez.

 Dulce: To brincando boba. O que a gente faz entre quatro paredes é coisa só nossa.

 Enquanto falava Dulce apertava o bumbum dela o acariciando.

 Anahi: Gente, mas é muito safada, da onde sai tanta safadeza em?

Dulce: De você.

Anahi: De mim? Você é muito mais safada do que eu.

Dulce: Não é isso, digo que vem de você, porque você me deixa louca, incontrolável, me faz te querer a todo momento, é gostosa demais, um baita tesão, ai eu fico assim.

 Anahi: Mega tarada.

 Elas riram.