Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Poncho pelo caminho comprou um buque de rosas vermelhas para a namorada, ao abrir a porta do apartamento entrou sorridente, a fechou e andou para a mesa onde ela estava, com o buque atrás das costas.

Poncho: Oi princesa! (sorrindo) Trouxe uma coisa pra você.

Ele tirou o buque detrás das costas a mostrando. Ela não sorriu em nem um momento e se levantou.

Sindy: Sabe o que você faz com essas rosas?

Poncho a estranhou, notando finalmente seu semblante sério.

Poncho: O que aconteceu meu amor?

Sindy: Não me chama de meu amor, deixa de ser cínico. (nervosa)

Poncho ficou a olhando sem entender absolutamente nada.

Poncho: Sindy, o que foi?

Sindy: O que foi? O que foi? Olha isso aqui Poncho!

Ela virou o notebook para ele nervosa mostrando as fotos, uma por uma, estava tremula de raiva. Ele ao ver as fotos sentiu o corpo gelar, o ar faltar, provavelmente perdendo até a cor.

Poncho: Er .. Sindy, não é o que parece.

Ele deixou o buque em cima da mesa.

Sindy: Essa frase é tão clichê Poncho, não acha? Todo mundo diz isso.

Poncho: Eu sei, mas to falando a verdade, não é nada do que você ta pensando. Eu posso explicar.

Ele a olhava e falava nervoso, gaguejando e seu coração estava a mil.

Sindy: Eu não to pensando Poncho, eu to vendo! Vai querer mentir na minha cara?

Poncho: Mas eu não to mentindo, deixa eu te explicar.

Ela andou para o outro lado da sala, não aguentou e começou a chorar, como ele podia ter feito aquilo? A enganado e agora ainda assim, queria continuar mentindo pra ela, mesmo diante daquilo tudo.

Sindy: Eu achava que você era diferente, mas não presta!

Ela começou a chorar mais, ele se aproximou tentando tocar nela, mas ela se afastou.

Sindy: Não toca em mim! 

Ela limpou as lágrimas, ainda bastante nervosa.

Poncho: Sindy, por favor meu amor.

Sindy: Não me chama de amor. Você e a Any tem um caso, você me engana, porque me fez de idiota em? Porque Poncho? Porque? Tava divertido fazer hora com a cara da idiota aqui? Tava? (gritando)

Poncho: Para de gritar eu deixa eu falar, me deixa explicar.

Sindy: Eu não quero saber de nada, já vi os bastante que você não presta, seu cínico, idiota!

Poncho então ficou um pouco nervoso também, ele detestava que gritassem com ele e ela não estava o dando uma chance de se explicar.

Poncho: Para de gritar e me deixa falar Sindy! (falou alto como ela)

Na mesma hora ela calou a boca e ficou o olhando meio assustada.

Sindy: O que foi? Vai me bater agora?

Poncho: Não! Olha essas fotos aqui, você olhou direito?

Sindy: Claro!

Poncho: Eu e Any já fomos namorados, mas isso faz um tempinho já, a gente tinha 15 e 16 anos, era namoro de criança. 

Sindy: Não vem com essa conversa Poncho.

Poncho: Não é conversa, é a verdade.

Sindy: Não acredito em você, porque nunca me disse antes? Em? Se tivessem mesmo namorado tinha me contado

Agora ambos abaixaram o tom, e ela sempre limpando as lágrimas que escorriam dos seus olhos.

Poncho: Porque eu tive medo, todas as garotas que namorei ou tive algo detestavam a Any, porque tinham ciúmes, e algumas nem precisavam saber que a gente já tinha namorado pra ter ciúmes.

Sindy: Acontece que eu não sou as outras.

Poncho: Justamente! Não é as outras, é diferente de todas, e por isso me apaixonei de verdade e tinha medo de perder isso. Por isso não te contei.

Sindy: Não adianta, não acredito em você.

Poncho: Sindy será que você não ta vendo eu e a Any nessas fotos? São fotos antigas, da época que éramos mais novos. Olha pra mim, olha pra ela nessas fotos, e olha a gente hoje. Não mudamos muita coisa, mas da pra ver que essas fotos são de uma outra época.

Sindy pensou um pouco no que ele disse, fazia sentido, mas na hora do susto e da raiva, não da pra raciocinar muito.

Sindy: E quem me garante que não rola algo entre vocês desde essa época?

Poncho: Sindy, se eu e Any tivéssemos algo, íamos estar juntos. Não namorando outras pessoas.

Sindy: Não sei mais o que pensar Poncho. Foi um choque pra mim ver essas fotos.

Poncho: Se quiser te levo lá em casa, pergunta pros meus pais, pros meus amigos, pra todo mundo. Foi um namoro de criança, Any é como irmã pra mim.

Sindy se sentou e Poncho sentou do seu lado.

Poncho: Desculpa por não ter contado antes, mas como eu disse eu tive medo.

Sindy: Teria evitado muita coisa se tivesse contado antes.

Poncho: Então acredita em mim?

Sindy: Não sei o que pensar.

Poncho: Sindy, eu te amo! Eu não ia fazer você vir até aqui por diversão. Se eu quisesse apenas me divertir com uma garota, pra isso tem várias aqui, seria bem mais fácil não acha?

Ele segurou a mão dela, mas ela puxou.

Sindy: Olha Poncho, eu to muito confusa e chocada com isso tudo. Quero um tempo pra digerir, tentar entender, quero ficar sozinha. Vou pra algum hotel.

Poncho: Não. Você fica aqui, não tem porque ir pra um hotel.

Sindy: Mas eu quero ficar só.

Poncho: Sindy, por favor, vamos resolver isso.

Sindy: Poncho eu to de cabeça quente, e nada do que você falar vai melhorar. Eu só preciso pensar um pouco.

Ele viu que realmente talvez seria melhor dar um tempo pra ela.

Poncho: Tudo bem. Eu vou pra casa e deixo você aqui pra pensar melhor, se acalmar.

Sindy: Obrigada!

Ela se levantou e foi andando em direção ao quarto e ao passar pela mesa disse algo.

Sindy: E leva esse notebook junto, por favor.

Ela foi para o quarto e ele ficou olhando ela ir, se levantou passando as mãos nos cabelos. Estava com medo do que ela iria decidir e foi para sua casa, na fazenda. 

No apartamento, Maite e Angelique estavam na sala ansiosas pra saber sobre o resultado de Ucker. 

Maite: Será que já pegaram?

Angelique: Não sei. Acha que devemos ligar?

Maite: Vamos esperar mais um pouco.

Ambas ficaram sentadas pensativas, no que será que ia dar esse exame. Quando Ucker e Dulce chegaram, Maite e Angelique se levantaram com pressa olhando para os dois, procurando em seus semblantes alguma resposta adiantada do que teria dado o exame, e seus rostos estavam tensos, o que faziam suas esperanças ficarem menores.

Maite: Que cara é essa de vocês? O que deu?

Angelique: Fala gente, deu o que?

Ucker: O exame ..

Ele e Dulce se aproximaram mais delas.

Maite: O que gente?

Ucker: Não abri ainda.

Ele mostrou o envelope branco na mão.

Ucker: Não tive coragem.

Dulce: Ele achou melhor abrir aqui mesmo.

Maite e Angelique respiraram aliviadas, pelo menos não tinham noticias ruins, ainda. Teriam mais um tempo de esperança.

Angelique: E que horas vai abrir?

Ucker: Agora! Abre Dul, não vou conseguir.

Ela respirou fundo e pegou o envelope da mão dele, estava nervosa e tremula, ia dar a melhor ou a pior noticia da vida dele. Maite e Angelique também estavam nervosas e também com medo do que iam ouvir. Ucker já andava de um lado pro outro, nervoso, com o coração disparado, sua mão suava e passava as mãos nos cabelos respirando fundo várias vezes, procurando se acalmar. Estava tão tenso e nervoso que não sabia se ficava parado ou se movendo. Ele se sentou com a palma das mãos uma na outra, na altura do nariz.

 Ucker: Vai Dul, lê pra mim.

Ele fechou os olhos, era como se ouvisse seu coração bater de tão forte, sua respiração estava pesada. Maite e Angelique sentaram no outro sofá e Dulce do lado de Ucker, buscava coragem pra abrir aquele envelope. E enquanto isso Anahi, Poncho, Christian e Manuela já tinham ligado várias vezes. Dulce ficou encarando o envelope e o abriu devagar e muito nervosa.

Dulce: Ta, vamos lá. É agora a hora da verdade.

Ela engoliu seco e cada vez mais tremula. Ela colocou a mão no papel dentro do envelope e ficou o segurando, depois de minutos tomando coragem o puxou. Se levantou, precisava se mover pra ver se acalmava. Parou e olhou Ucker, ainda estava do mesmo jeito de olhos fechados. Ela olhou Maite e Angelique que a encorajou para ler de uma vez. Ela abriu o papel e seus olhos nervosos foi para o resultado do exame.

Ela ficou com os olhos fixos no resultado.

Maite: E ai Dul?

Angel: Fala.

Dulce: Ucker ..

Ucker: O que deu?

Ele apertou os olhos.

Dulce: Deu ..

As meninas olharam apreensivas para ela e Ucker nem respirava mais esperando a resposta. Dulce estava séria e as meninas temendo que isso seria.

Dulce: Deu .. negativo! Negativo!

Ela levantou sorrindo e as meninas deram um pulo do sofá dando um grito de felicidade. Ucker abriu os olhos sorrindo, será que tinha ouvido certo? Dulce colocou a mão no ombro dele o balançando.

Dulce: Negativo Ucker negativo. Você não ta doente.

Ele sorriu mais e se levantou a abraçando, todos riam felizes e eufóricos com a noticia. Depois Maite e Angelique também abraçaram ele, era felicidade que não cabia nele.

Ucker: Obrigado meu Deus! Obrigado!

Ele agora segurava o papel na mão, vendo com seus próprios olhos. Por fim estava livre do tormento.

Ucker: Tenho que ligar pra Manu, pro pessoal, pra todo mundo.

Ele sorria muito feliz. Ele ligou pra Manu, Dulce pra Anahi, Maite pra Christian, e Angelique pra Poncho. Todos ficaram felizes com a noticia, não tinha coisa melhor para se ouvir naquele dia, e marcaram de fazerem uma comemoração a noite. 

Um tempinho depois Poncho buscou Anahi na auto escola porque queria conversar com ela. Foram para uma cafeteria onde poderiam conversar a vontade.

Anahi: O que aconteceu Poncho?

Poncho: A Sindy, descobriu tudo.

Anahi: Tudo o que?

Poncho: Que fomos namorados.

Anahi: Nossa, mas como ela descobriu?

Poncho: Ela viu umas fotos nossas no meu notebook, de quando a gente namorava e ficou possessa.

Anahi levou a mão a boca.

Anahi: Mas explicou tudo a ela né?

Poncho: Expliquei, mas ela mal deixou eu falar, ficou louca de ciúmes e pior, ela achou que a gente tinha um caso. Mas nas fotos estamos mais novos, ela viu que são antigas, mas mesmo assim, ficou com a paranoia de que até hoje tínhamos algo, dai conversei com ela, e acho que entendeu que não tem nada a ver.

Anahi: Meu Deus, ela deve ta me odiando nesse momento.

Poncho: Ta odiando nós dois. Ela disse que queria ficar sozinha, ai deixei ela lá.

Anahi: Poxa Poncho, quer que eu converse com ela?

Poncho: Não, ela não vai querer saber de papo com você, deixa ela esfriar a cabeça que eu falo com ela com mais calma.

Anahi: Até quando será isso hein?

Poncho: O que?

Anahi: As pessoas com quem namoramos, nunca aceita nossa amizade, não entende, sempre acham que tem algo a mais. E isso sempre atrapalha nossos namoros.

Poncho: Verdade! Mas a Sindy vai ter que entender e aceitar. To muito chateado, era pra gente ta numa boa sabe, mas olha o que aconteceu.

Anahi: Quer que eu me afaste enquanto ela estiver aqui?

Poncho: Não, de jeito nem um. O jeito que a gente é um com o outro, vai continuar sendo na presença dela ou não. Minha namorada tem que confiar em mim e acreditar no que eu falo.

Anahi: Por isso terminei com Rodrigo, não tinha outra saída e abrir mão da nossa amizade eu não abro.

Eles sorriram.

Anahi: Mas acho que a Sindy não é como o Rodrigo, acho que ela agiu assim pelo susto. Com mais calma tudo se resolve e ela vai entender.

Poncho: Tomara Any, tomara. To muito apaixonado por ela, quero muito que dê certo. Você também não tem que se preocupar com isso agora.

Anahi: Como assim?

Poncho: Ciúmes de quem ta com você comigo. A Dul é super de boa e nem liga pra nossa amizade.

Anah sorriu.

Anahi: Verdade, mas é diferente.

Poncho: Diferente porque?

Anahi: A gente não ta namorando.

Poncho: E precisa namorar pra sentir ciúmes?

Eles riram.