Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Anahi: Droga! Essa garota faz de proposito, sempre!

 Ela bateu a mão na escrivaninha e saiu do quarto irritada, mais uma vez ia pedir ela pra abaixar aquele som alto, chegou na porta e bateu mas elas não ouviram pelo som alto e por estarem concentradas no beijo, depois de várias batidas Anahi nervosa saiu abrindo a porta com tudo, quando ia gritar o nome dela pra xingar ela, veio a surpresa, Dulce se beijando com a amiga, as duas nem perceberam a presença dela lá porque o som estava alto e não ouviram o barulho da porta se abrir, ela ficou intacta olhando a cena, olhando a forma como se beijavam, como as bocas se moviam, as mãos no corpo uma da outra, a forma que a mão de Dulce passava pela cintura de Maite, e observou que ela estava apenas de toalha, o beijo pareceu se intensificar e ela não conseguia sair dali e nem parar de olhar as duas se beijando, parecia estar tão bom, sentiu o corpo quente e a respiração acelerar. Foi quando elas pararam o beijo por falta de ar, assim vendo a presença de Anahi ali do lado delas, porém distante por estar perto da porta, elas se assustaram e Anahi também, não sabia o que falar agora.

 Dulce: O que você ta fazendo aqui?

 Anahi: Vim pedir pra você abaixar essa porcaria de som, to estudando.

 Dulce: E porque não bateu na porta?

 Anahi: Eu bati, se o som estivesse baixo teria ouvido.

 Dulce: Não interessa, não devia ter entrado sem avisar, tem educação não garota? (se aproximou dela)

 Anahi: Você que é uma mal educada idiota, como sempre!

 Agoras as duas discutiam nervosas e Maite tratou de acalmá-las.

 Maite: Ei, ei meninas. Pelo amor de Deus, calma ai. (andou ficando entre as duas)

 Anahi: Sua amiga que é uma ridícula idiota, grossa!

 Dulce: Você que é uma mal educada que entra no quarto dos outros sem bater. Se fizer isso de novo você vair ver, ta me entendo? (apontando o dedo na cara dela)

 Anahi: Abaixa esse dedo, não mete ele na minha cara!

 Maite: Meu Deus gente, se acalmem por favor! 

 Dulce: Boto na sua cara quantas vezes eu quiser!

 Anahi: A é? Quero ver se vai ficar com essa marra toda na frente do seu pai quando ele souber o que a filhinha dele anda fazendo no quarto com a amiguinha.

 Anahi cruzou os braços a olhando com ar de vitória, mas na verdade não sabia se ela era assumida ou não, se era lésbica ou bissexual. Pelo menos Daniel nunca havia comentado nada sobre o assunto, então observou bem o semblante de Dulce quando tocou no nome do pai dela e percebeu que ela ficou meio preocupada.

 Dulce: Acha que vai me intimidar com isso? Ele sabe mesmo! (meio nervosa)

 Anahi: E porque ta ai assim nervosa? Sabe nada, olha a sua cara.

 Dulce: Se eu to falando que ele sabe é porque sabe.

 Anahi: Tudo bem, então não vai ter problema nem um quando eu comentar com ele sobre isso que eu vi aqui.

 Anahi sorriu a provocando e saiu do quarto fechando a porta.

 Dulce: Merda! Ela não podia ter visto isso.

 Maite: Ai Dul, desculpa! Não queria ter causado isso, ela não podia ter visto mesmo.

 Dulce: Não Mai, relaxa vai! A culpa não foi sua, foi dessa intrometida que saiu entrando no meu quarto.

 Maite se sentou na cama, ainda se sentindo meio culpada.

 Maite: O que vai fazer agora? Será que ela vai mesmo contar pro tio Daniel?

 Dulce: Não sei Mai, só sei que ele não pode nem sonhar isso, ainda mais eu e você, a filha e a afilhada dele se beijando, nossa, gosto nem de imaginar.

 Maite: Ai caramba, que confusão que eu fui meter a gente Dul.

 No quarto de Anahi ela estava andando de um lado pro outro lembrando da cena que tinha acabado de ver, o beijo não saia da sua cabeça e parecia que estava tão bom, logo ela viu no que estava pensando e se repreendeu. 

 Anahi: Cara a Dulce beijando uma menina, será que ela é lésbica? Então a Maite é namorada dela.

 Voltando ao quarto de Dulce:

 Dulce: Cara, ela me detesta, claro que ela vai contar pra ele.

 Maite: Eu vou falar com ela Dul, pedir pra não contar nada.

 Dulce: Não, fica ai, deixa que eu vou lá falar com ela, já volto!

 Enquanto Anahi ainda andava de um lado pro outro abismada com a cena que tinha acabado de ver, Dulce saiu entrando no seu quarto sem bater na porta e logo a fechou. Dulce ainda estava de toalha e Anahi olhou pras pernas dela, nem ela sabia porque, mas seus olhos simplesmente se voltaram para elas, como um gesto involuntário.

 Anahi: Bater na porta ninguém sabe né! (voltou a olhá-la no rosto)

 Dulce: Aprendi com você!

 Anahi: O que veio fazer aqui?

 Dulce: Eu vim conversa sobre o que você viu agora a pouco, o meu beijo com a Mai.

 Anahi: Dulce, você é .. lésbica?

 Dulce: Eu não vim pra falar da minha sexualidade Anahi.

 Anahi: É lésbica sim.

 Dulce: Não sou lésbica Anahi e isso também não te interessa.

 Anahi: É lésbica sim, tava beijando uma garota na boca que eu vi e a Maite é sua namorada, tipo, nunca imaginaria uma coisa dessas. (abismada)

 Dulce: Anahi você não sabe de nada, não sou lésbica e a Mai não é minha namorada.

Anahi: A ta, acha que sou trouxa Dulce? Vem com esse papinho só pra eu não contar nada pro seu pai.

 Dulce: Olha aqui, eu sou bi e a Mai é só minha amiga ok?

 Anahi: Amiga? (rindo) eu vi o belo tipo de amizade de vocês.

 Dulce: Quer saber, eu to nem ai pro que você pensa ou deixa de pensar, agora me diz logo o que você quer.

 Anahi: Como assim?

 Dulce: Não se faz de besta, me diz o que você quer pra não contar nada pro papai, porque eu sei que ta louca pra ferrar comigo, se não fizer isso hoje sei que na primeira oportunidade vai fazer, então me diga o que quer que eu faça pra você em troca, porque sei que não vai guardar segredo de graça.

 Anahi sorriu sapeca já imaginando o que iria querer.

 Anahi: Agora você falou do lado que eu escuto. Bem, quero uma coisa.

 Dulce: Mas olha só, vai me prometer que não vai contar nada pra ele, nem hoje e nem dia nem um, é uma troca, um acordo beleza?

 Anahi: Tudo bem Dulce, será um acordo.

 Dulce: Ta bom, então diz logo o que você quer.

 Anahi: Quero sua moto emprestada.

 Dulce: Mas o que?

 Anahi: Isso mesmo, sua moto!

 Dulce: Ta louca? Bateu com a cabeça? Eu só deixo o Ucker e a Mai encostar

naquela moto e acha que emprestarei pra você? Nada disso, pede outra coisa.

 Anahi: Eu quero sua moto Dulce.

 Dulce: Não vou te emprestar ela.

 Anahi: Tudo bem, então seu pai vai adorar saber o que eu vi.

 Anahi andou pra sua escrivaninha se sentando abrindo seu livro.

 Dulce: Cara, a minha moto não da, pede qualquer coisa, o que você quiser, qualquer coisa que eu faço, menos minha moto.

 Anahi: É pegar ou largar Dulce.

 Anahi segurava para não rir, pediu a Dulce a moto dela emprestada porque sabia que ela não gostava de emprestar pra ninguém além de Ucker e Maite, morria de ciumes daquela moto e emprestar para ela seria o fim do mundo.

 Dulce: E desde quando sabe andar de moto? Além do mais você tem 17 anos ainda, não tem carteira de moto e nem de nada, como pretende sair por ai pilotando uma moto desse jeito? Ah nem pensar, na minha moto você não pega mesmo.

 Anahi: Farei 18 daqui 1 mês. E quem disse que não sei andar? Só porque não tenho carteira? E eu não vou sair pra cidade, vou dar umas voltas aqui mesmo perto da fazenda, só estrada de chão vai ter nada demais, policia não anda por aqui.

 Dulce: Você ta mentindo!

 Anahi: Pense o que quiser, minha proposta é essa, do contrário você já sabe.

 Dulce: Cara, qualquer coisa, por favor Anahi qual é?

 Anahi: Dulce, eu já disse, eu não conto nada pro seu pai, mas pra isso tem que ser do meu jeito e como eu quero.

 Dulce: Não vai mudar de ideia mesmo né?

 Anahi: Não!

 Dulce: Merda mesmo viu!

 Ela saiu irritada e Anahi ficou rindo, iria descontar as provocações que ela vivia fazendo a ela. Dulce entrou irritada no seu quarto e Maite logo viu que a conversa não foi muito boa.

 Maite: E ai?

 Dulce: Ela quer minha moto emprestada.

 Maite: A moto? Vixi, e ai?

 Dulce: Vou emprestar né, fazer o que.

 Maite: Nossa, só isso mesmo pra fazer você emprestar.

 Dulce pegou as chaves da sua moto.

 Dulce: Que dor no coração viu, que dor.

 Ela saiu do quarto e voltou ao de Anahi entrando. Anahi viu as chaves na mão dela e estendeu a mão sorrindo, pra matar Dulce de raiva, porque era um sorriso bem vitorioso.

 Dulce: Ta aqui! Mas pode ir abaixando essa mãozinha ai porque tenho regras a ditar!

 Anahi se levantou ficando de frente pra ela.

 Anahi: Diga!

 Dulce: Cuidado com essa moto, e se eu achar um arranhãozinho se quer nela você ta ferrada Anahi, ta entendendo? Eu conheço cada pedaço daquela moto e um arranhãozinho eu verei, e outra coisa, não é pra ninguém meter a mão nessa moto ok? Ninguém Anahi, se eu souber disso a coisa vai ficar feia.

 Anahi: Ta bom Dulce, já entendi!

 Dulce: Cara, você ta me enganando, nem sabe andar de moto, fala a verdade.

 Anahi: Dulce já to cansada dessa sua chatice, me da logo as chaves dessa moto ou se não desisto de tudo e conto pro seu pai.

 Dulce sem saida tinha que fazer a vontade dela e sem falar nada, ou era emprestar a moto ou seu pai saber de tudo.

 Dulce: Ta bom Anahi, toma! (colocou a chave na mão dela)

 Anahi: Boa menina!

 Dulce: Que horas vai sair com ela?

 Anahi: Depois que acabar de estudar.

 Dulce: E que horas vai acabar de estudar?

 Anahi: Ai, não sei Dulce, mais tarde ainda.

 Dulce: To de olho em você, na hora que for sair vou olhar pra ver se sabe mesmo andar ou se vai meter alguém na minha moto.

 Anahi: Dulce deixa eu estudar por favor, para de encher o saco vai. 

 Dulce se irritou e saiu do quarto deixando Anahi rindo, adorando a situação. Dulce voltou pro seu quarto.

 Dulce: Pronto, ta feito! 

 Maite: Ainda não to acreditando nisso, sua moto na mão da Anahi. Isso é o fim do mundo pra você.

 Dulce: Mas eu to de olho nela, se ela fizer algo de errado ela me paga, ah mas paga!

 Dulce pegou sua roupa e foi se vestir no banheiro, logo depois que saiu ela e Maite ficaram conversando ali no quarto. Dulce estava tão preocupada com sua moto que esqueceu até do beijo que rolou entre ela e Maite, não exatamente do beijo, mas o clima havia sumido, até aquele clima que sempre fica depois de um beijo que não deveria ter acontecido não tinha ali, Maite ainda estava um pouco mexida, mas Dulce estava tão nervosa que nem ela tava conseguindo ficar se lembrando do que havia rolado.

 Maite: Dul, relaxa um pouco, vamos ver um filme pra você distrair.

 Dulce: To enchendo seu saco com esse meu nervosismo né?

 Maite: Claro que não! (sorriu) Só quero que não fique ai desse jeito toda nervosa, se acalma um pouco.

Dulce: Só vou ter calma quando minha moto estiver comigo de novo e segura Mai.

 Maite: Eu sei, mas vamos ver um filme então?

 Dulce: Vamos! Tenho uns bem bons aqui.

 Um certo tempo depois estavam na metade do filme, assistiam ali no quarto mesmo, quando ambas ouviram um barulho conhecido, era o barulho da moto de Dulce que vinha lá de baixo.

 Dulce: É minha moto não é?

 Maite: Acho que sim!

 Dulce se levantou rapidamente indo pra janela, e Maite chegou do seu lado em seguida olhando lá pra baixo. Viram Rodrigo em cima da moto de Dulce acelerando e Anahi montando em seguida. Dulce olhou a cena não acreditando, Maite levou a mão a boca, agora sim Dulce matava ela.

 Dulce: Anahi! (gritando bem alto e irritada).

 Anahi olhou pra ela sorrindo, mandou um beijinho e colocou o capacete e deu um tapinha de leve nas costas de Rodrigo como sinal de que ele já poderia ir. Assim ele fez saindo com a moto.

 Dulce: Anahi! Eu vou te matar infeliz! (gritando nervosa)

 Dulce saiu do quarto correndo, desceu as escadas e Maite atrás, já lá em baixo Dulce abriu a porta saindo lá pra fora mas eles já estavam longe.

 Dulce: Eu vou matar aquela filha da mãe, vou matar ela, eu juro!

 Dulce dava socos no ar falando entre dentes e gritando, estava muito nervosa.

 Maite: Calma Dulce!

 Dulce: Ela vai ver, ela me paga, me paga!

Eita e agora hein? hahahaha