Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Poncho voltou pra mesa desanimado e os outros olharam pra ele.

 Christian: O que foi cara? 

Dulce: Que cara de enterro é essa Poncho?

Poncho: A Any, ta chateada e tudo por minha causa.

Ucker: Vocês se desentenderam?

Poncho: Não exatamente. 

Christian: O que ela te disse?

Poncho: Umas coisas ai, mas vamos falar disso agora não.

Todos perceberam que ele não queria falar, então não tocaram mais no assunto e seguiram se divertindo e tentando animar ele, mas apesar da boa vontade deles, ele ficou o resto da noite pensativo meio pra baixo. Todos estavam dançando, menos Poncho que quis ficar um pouco sentado na mesa. Angelique que tinha ido pegar uma bebida no bar foi até ele se sentando e colocou um copo de chopp pra ele na mesa e segurando outro.

 Angelique: Vi que seu copo tava vazio e trouxe pra você. (sorriu)

Poncho: Valeu Angel! (ele deu um gole) Não precisava se incomodar. (sorriu desanimado)

Angelique: Acho que umas bebidas a mais vai melhorar esse seu ânimo. 

Poncho: Minha cara ta tão ruim assim é?

Angelique: Só um pouquinho. (rindo)

Poncho: Me desculpa por estragar a noite de vocês, estão todos tão animados e eu aqui desse jeito.

Angelique: Ta assim por causa da Any né?

Poncho: Ela saiu daqui bem chateada, e eu tenho culpa nisso.

Angelique: Ela é muito importante pra você né? Da pra ver que gosta muito dela. (deu um gole na bebida)

Poncho: É igual uma irmã! Todo mundo acha que sou apaixonado por ela, que gosto dela, mas tem nada a ver. Só nós dois sabemos o quanto nossa amizade é sincera, sem nem um sentimento a mais.

Angelique: Te confessar que eu achava isso, que gosta dela mais do que como amigo.

Poncho riu de leve.

Poncho: Nem fico surpreso.

Angelique: Além do mais você é solteiro, é bonito, interessante e não vejo você com ninguém, o que não falta é mulher bonita te rodeando e você não da bola pra nem uma. Ai achei que talvez seria por causa da Any.

Poncho: Não, não! (sorriu) É que .. bem .. não gosto de sair pegando qualquer uma por ai, enfim, não tem nada a ver com a Any.

 Ele sorriu meio incomodado com aquela pergunta e deu um gole no seu chopp.

 Angelique: Entendi! Mas deve ter uma que você goste, sempre tem. (sorriu)

Poncho: To esperando a pessoa certa ainda. (deu mais um gole no chopp) 

Angelique: Mas se você não ficar com ninguém como vai saber? As vezes pode ta bem em baixo do seu nariz, só olhar direito.

Angelique pensou que se depois dessa ele não percebesse que ela estava afim dele, não perceberia mais.

Poncho: Quem sabe! Bom, vamos dançar?

Angelique: Claro, vamos!

 Eles se levantaram e se juntaram aos outros, Angelique bem que jogou mais um charme pra cima dele, mas como sempre ele não se tocava ou fingia não perceber nada. Christian e Maite não se desgrudavam e estavam cheios de carinho um com o outro. Ucker ficou com uma loira muito linda e pegou o telefone dela, mas ela foi embora mais cedo. A amiga dela ficou interessada em Poncho, mas ele não quis, deixando Ucker boquiaberto porque a garota era muito linda. Aliás, todos ficaram, até Angelique.

Depois de se divertirem bastante foram embora.

 No outro dia, o domingo havia amanhecido um dia lindo. Eram 10: 30 da manhã, Dulce havia acabado de tomar um banho depois de ter acordado. Vestiu um shortinho jeans, e uma blusinha básica, pois fazia calor aquela manhã. Desceu e lá em baixo todos já haviam tomado café, ela foi a última acordar. Lá em baixo ela foi para a cozinha, estava faminta. Chegando lá encontrou Antônia cortando umas verduras.

 Dulce: Bom dia!

Antônia: Bom dia senhora Dulce, todos já tomaram café, mas já vou servir o seu. Eu levo pra senhora na mesa de café.

Dulce: Senhora? 

 Dulce riu achando graça de uma mulher bem mais velha que ela a chamar assim. Nesse momento Anahi ia chegando perto da porta, mas antes de entrar ouviu a conversa delas e Dulce rindo, ela parou antes de entrar e ficou no canto da porta fazendo com que não fosse notada ali e ficou observando. Se Dulce tratasse Antônia com indiferença ela ia se ver com ela.

 Antônia abaixou a cabeça e logo olhou Dulce com receio, desde que Dulce chegou ali a viu pouquíssimo e sabia que ela e Anahi viviam brigando, que Dulce não aceitava aquele casamento de Marichelo com Daniel, sabia também que ela não queria ir passar uns tempos na fazenda pelas coisas que Christian a contou. Como Dulce parecia não gostar de nada do que havia ali naquele lugar, temeu que a tratasse da mesma forma e não soube muito bem como agir, pois era a primeira vez que ficava sozinha com ela e que conversavam diretamente. Dulce percebeu o jeito daquela mulher humilde, de vestido, avental e um lenço na cabeça. Sorriu do seu jeito humilde se encantando, ela parecia um doce e jamais a trataria com indiferença.

 Antônia: Me desculpe! Não queria ofendê-la.

Dulce deu um largo sorriso.

Dulce: Não ofendeu! Só achei engraçado a senhora, uma mulher mais velha que eu me chamando de senhora. Quer dizer, não que eu esteja chamando a senhora de velha. 

 Dulce começou a rir e Antônia sorriu junto se sentindo um pouco mais aliviada pelo jeito que ela estava a tratando. Anahi que observava tudo ficou surpresa.

 Dulce: Pode me chamar de Dulce, e de você. (sorriu)

Antônia: Tudo bem! (sorriu) Me desculpe, mas é que é uma das patroas né.

Dulce: A que isso, que patroa nada.

Antônia: Bom, falando nisso vou servir o seu café, deve estar faminta.

Dulce: Não, que isso Antônia, não precisa se dar ao trabalho, eu tomo aqui mesmo. (sorriu)

Antônia: Nao que isso digo eu, eu sirvo ..

Dulce: Antônia, se continuar insistindo vou ficar chateada.

Antônia sorriu.

Dulce: Já vi que o Christian puxou o sorriso da senhora. 

 Anahi ainda observava tudo boquiaberta. Dulce era sempre tão agressiva e rebelde, até então nunca havia conhecido esse lado doce dela, aliás, é algo que ela achava que ela não tinha, não conseguia ver ela sendo meiga com alguém. Mas admirou o que viu, não queria admitir para ela mesma isso, mas mesmo com sua negação ela havia admirado, chamou sua atenção e até pensou porque ela não era assim o tempo todo. Logo ela entrou na cozinha.

Anahi: Olha, não conhecia esse seu lado Dulce. Tem certeza que é você mesma que ta aqui nessa cozinha?

 Falou ela com ar de deboche, claro. Dulce a olhou séria.

 Dulce: Que sorte a minha! Já começo o dia olhando pra sua cara.

Anahi: Não se preocupe queridinha, só vim pegar uma maçã.

 Ela foi até a geladeira, a abriu e pegou a maçã lá de dentro. Ela colocava algumas na geladeira porque gostava de frutas assim, geladas. Logo depois que pegou deu um beijo em Antônia e saiu.

 Dulce: Garota chata!

 Dulce quando se deu conta o café estava quase todo servido na mesa. Enquanto Anahi estava na cozinha sua atenção se prendeu toda nela, a presença dela a incomodava, apesar de achar que era porque não gosta dela, tinha algo diferente. Parecia que não era exatamente isso, que era outra coisa, mexia com ela de um jeito diferente que ninguém nunca mexeu. O engraçado era que apesar de detestá-la, ao mesmo tempo que queria vê-la longe dela, queria muito mais ver ela por perto, talvez para implicar com ela, para irritá-la, aborrecê-la, era seu passa tempo favorito. Estava se tornando uma mistura de sentimentos e sensações indecifráveis que estava mexendo demais com ela e a deixando incomodada. Porque estava mexendo muito com sua cabeça e seu corpo em determinadas situações.

 Dulce: Nossa! Serviu o meu café e mal vi. (rindo) Falei que não precisava Antônia.

Antônia: Tonha pode me chamar de Tonha minha filha! (sorriu)

Dulce: Ta bom, Tonha!

 Elas sorriram.

 Antônia: Agora toma seu café que ta quentinho. Tem bolo ai, biscoitos, pães, rosquinhas, leite, suco, tem iogurte na geladeira, quer que eu pegue? Frutas também ..

 Ela ia continuar falando, mas Dulce a interrompeu.

 Dulce: Não! Obrigado Tonha! (sorriu) Quer me engordar é? Não vou comer isso tudo.

 Pegou um pedaço de bolo e se servia com o café.

 Antônia: Mas nessa idade assim tem que comer bem, pra ficar disposta! 

 Dulce sorriu mais uma vez, ficou pensativa.

 Dulce: Engraçado! Em poucos segundos me tratou com um jeito de mãe que a minha própria mãe não me tratava a tempos. Ela sempre correndo com aquele trabalho, não tendo tempo pra mais nada, dia e noite envolvida com tudo que nao sobrava tempo pra esses momentos assim, pra cuidar de mim. 

 Ela ficou mexendo no pedaço de bolo com um semblante triste.

 Antônia: Não fale assim minha filha, tenho certeza que tudo que ela faz é pra dar o melhor a você.

Dulce: Que nada! Ela ficou assim desde que me pai traiu ela, se afundou no trabalho pra esquecer e acabou esquecendo da filha também. Mas vamos deixar esse assunto pra lá, não me faz bem lembrar.

 Ela voltou a olhar Antônia.

 Dulce: Mas me diz, a quanto tempo trabalha aqui? 

 Ela mordeu o pedaço do bolo enquanto Antônia começou a falar e ficaram conversando durante o seu café. Depois de acabar o café e a conversa agradeceu a Antônia pelo café e saiu. Marichelo e Daniel tinham ido a cidade fazer algumas compras e Anahi dava voltas pelo jardim enquanto esperava levarem seu cavalo selado para dar uma volta. Estava com a cabeça cheia pelo o que aconteceu na noite anterior com Rodrigo e Poncho, queria refrescar as ideias, e andar de cavalo era seu remédio, quando queria pensar ou simplesmente esquecer dos problemas andava a cavalo, sentir o vento bater em seu rosto enquanto andava fazia a sentir melhor, uma sensação de liberdade. 

Dulce estava no jardim também, mas não viu Anahi, o jardim era enorme e ela estava do outro lado. Dulce andava distraída pensando que ia tomar um pouco de sol e ir pra cidade, pro apartamento de Maite, Angelique e Ucker. Enquanto pensava viu Tião, um dos peões da fazenda, ele tinha em média uns 30 anos e morava ali com sua esposa e dois filhos pequenos. Ele ia chegando com o cavalo de Anahi selado, já pronto pra ela ir andar. Tião ia caminhando e puxando o cavalo pela corda do cabresto e parou perto de Dulce a cumprimentando.

 Tião: Bom dia Dona Dulce!

 Dulce riu de leve do `dona` e ficou pensando como ele sabia o seu nome, nunca havia conversado com ele e pra falar a verdade nem o visto ainda. Mas de certo seu pai devia ter falado a todos ali que ela chegaria para passar um tempo.

 Dulce: Bom dia! Você é o ..?

Tião: Sou o Tião Dona Dulce.

Dulce: Prazer Tião, bom já sabe meu nome mesmo né! (rindo)

 Ela estendeu a mão e ele ficou olhando surpreso, uma moça como ela tão bonita, rica, toda fina e bem arrumada, acostumada apenas com a cidade e com certeza só pessoas do seu nível, e por saber do jeito rebelde dela e também saber que ela detesta o fato de estar ali no meio do mato, o fez ter uma imagem diferente dela. Ele sabia disso tudo devido as conversas na fazenda, pouca gente e todo mundo amigo um do outro, as noticias correm depressa. Até porque antes dela chegar lá, assim como o casamento da patroa, a chegada da filha do noivo dela era o assunto da semana na fazenda.

Ele estendeu a mão apertando a de Dulce, que por sinal ela sentiu que ele apertou e com certa força, por ser homem do campo e acostumado a lidar com trabalho pesado tinha a mãe pesada e bastante força.

 Dulce: Esse é o cavalo da Anahi né?

Tião: Sim senhora! Trouxe pra ela dar uma volta.

 Dulce olhou pro cavalo, sorriu sapeca pensando em algo.

E ai  o que vocês acham que a Dulce ira aprontar hein???