Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Já no quarto de Anahi os dois estavam sentados na cama um de frente pro outro, ela contou o acontecido na banheira.

 Poncho: De novo? (rindo) 

Anahi: Poncho não ri, isso é sério!

Poncho: Ta bom, foi mal! Mas eu sabia que isso ia acontecer de novo, e digo mais, vai acontecer mais vezes.

Anahi: Poncho, o que eu faço? Isso não pode continuar, não ta certo.

Poncho: Ta gostando dela?

Anahi: Claro que não! Eu amo o Rodrigo e você sabe disso, além do mais eu e ela nos detestamos, a gente não dá certo nem como amigas, quem dirá sentir algo por ela. O que acontece é esse tesão louco por ela, essa atração toda, a gente se encosta e vira algo sem controle, nunca consigo resistir Poncho. Isso não é normal.

Poncho: Como se sente quando se beijam? Quando acontece essas coisas?

Anahi: Esqueço de tudo totalmente, só existe aquele momento ali e o tesão me enlouquece, perco a cabeça e fico desejando ela demais.

Poncho: E pensa nela? Nessas coisas?

Anahi: Penso, são coisas novas demais acontecendo comigo e não sai da minha cabeça, isso me irrita.

Poncho: Sabe o que faz? Fica com ela, mata essa vontade, experimenta.

Anahi: O que?

Poncho: Isso mesmo!

Anahi? Poncho, eu achando que você ia me dar um conselho sensato e você manda eu transar com ela?

Poncho: Any, quer que eu diga o que?

Anahi: O certo! Poncho eu tenho que me afastar dela, ficar longe, tirar esses pensamentos da cabeça.

Poncho: E vai conseguir?

Anahi: Sim! Passei minha vida toda sem isso.

Poncho: Any, não parou pra pensar sobre isso?

Anahi: Como assim?

Poncho: Sobre se sentir atraída dessa forma por ela.

Anahi: Penso sempre, mas nunca consigo entender o que ta acontecendo comigo. Será que gosto de meninas também? Será que sou bi, será que sou lésbica? (arregalou os olhos) 

 Poncho riu.

 Anahi: Ta, lésbica não sou, gosto de homens e tenho certeza. Mas se eu gosto de meninas, isso vem martelando na minha cabeça, ou se é apenas um curiosidade que Dulce me despertou. Ta confuso demais, eu quase fiquei com Ana Paula, aquela garota lá da boate, na verdade era mais pra esfregar na cara de Dulce, quase fiquei com ela, e seria sacrifício nem um, ela era linda e fofa.

Poncho: Se sentiu atraída pro ela?

Anahi: Não sei, na verdade eu fiquei assustada quando ela deu em cima de mim, mas quando pensei em beijar ela pra esfregar na cara de Dulce, não senti nem um tipo de reprovação de mim mesma, seria como se fosse fazer algo natural para mim.

Poncho: Olha Any, só tem uma forma de você saber que gosta de meninas, ou se é só uma curiosidade.

Anahi: Como?

Poncho: Experimentando!

 Anahi: Mas já experimentei, beijei a Dulce várias vezes.

Poncho: E gostou?

Anahi: Não queria admitir, ainda é estranho pra mim, mas gostei.

Poncho: Mas você quer mais, não quer?

Anahi: Ta querendo dizer que eu quero transar com ela? 

Poncho: Isso, o que eu disse pra experimentar é isso, o sexo com uma mulher.

Anahi: Poncho não posso fazer isso, não posso transar com a Dulce assim, só por transar. Sabe que nunca gostei nem de ficar só por ficar, vai dizer fazer sexo, ainda mais com a Dulce.

Poncho: Mas deseja ela não deseja? 

Anahi: Desejo!

 Ela falava tímida, nem acreditava que admitia isso, mas com Poncho ela se sentia a vontade pra falar sobre tudo.

 Anahi: Mas Poncho, é a Dulce, a gente se detesta, não vou fazer sexo por fazer. Só por tesão!

Poncho: Mas é a única forma de você definir o que ta sentindo, essas respostas que busca estão ai. Mas eu me preocupo com você, e também tenho medo que faça e depois se arrependa.

 Anahi: Eu também tenho! É muita coisa envolvida, o Rodrigo, não é justo com ele, e além do mais eu e a Dulce nos detestamos, e será sexo apenas, por puro tesão e desejo. E outra coisa, a Dulce me quer só pra satisfazer ao desejo dela, me vê como essas que ela pega por ai nas noitadas e baladas dela, e não sou assim. 

Poncho: O que vai fazer então?

 Anahi: Vou me afastar, evitar ao máximo ficar perto dela, e evitar mais ainda ficar a sós com ela e brigar, porque a gente sempre se agarra quando brigamos e estamos sozinhas, a gente não pode se encostar, que não sei o que acontece, tudo muda e a única coisa que fica existindo é esse tesão louco. E sempre que a coisa ta indo ficar mais quente, algo atrapalha, isso deve ser um sinal pra eu não fazer.

Poncho: O que você decidir vou te apoiar e ta do seu lado! (sorriu terno)

Anahi: Obrigado Poncho, só você mesmo pra me entender.

 Ela o abraçou apertado e depois deitou a cabeça no colo dele, ele ficou fazendo cafuné nela, enquanto conversavam de outras coisas.

 19:30 da noite, Dulce falava ao celular com Ucker, havia contado sobre o acontecido da banheira.

 Ucker: Não te disse que ia rolar de novo?

Dulce: Pois é, rolou e eu vou enlouquecer.

Ucker: Já disse, transa com ela e mata essa vontade de uma vez Dul, pra que ficar nessa ai quando pode matar sua vontade.

Dulce: Você também fala como se ela fosse querer.

Ucker: Claro que ela quer, olha o que acabou de me contar, se a mãe dela não chega tinha rolado, e a vez do estábulo? Só não rolou ainda porque algo sempre atrapalha.

Dulce: E isso é o que me enlouquece mais, porque da aquele gosto de quero mais.

Ucker: Então, ta perdendo tempo ai.

Dulce: Mas eu vou transar com ela, hoje só não rolou mesmo porque a mãe dela atrapalhou tudo. Tinha que ver Ucker, ela se entregou toda pra mim cara, tive tão perto.

Ucker: Então, ta no papo! Vocês duas se desejam, nada mais justo que matar a vontade oras, e ai, como vai fazer pra chegar nela?

Dulce: Ainda não sei, mas to pensando aqui como farei, sei que tenho que matar esse tesão logo e me livrar disso, ta me atormentando.

 Eles continuaram conversando, até que Dulce teve que descer para jantar.

As 22:45 Anahi se preparava pra dormir, Marichelo e Daniel já dormiam e Dulce estava em seu quarto. Anahi havia acabado de escovar os dentes, só então percebeu uma blusa pendurada em seu banheiro, não havia a percebido ali na hora do banho antes do jantar, talvez pelas questões sobre Dulce, a conversa que teve com Poncho mais cedo não sair da sua cabeça, na hora do banho mal reparou em volta, e também por olhar pra banheira e ficar lembrando do acontecido de mais cedo ali com Dulce, sua cabeça ficava longe. Ela então pegou a blusa, ainda estava úmida, já que Dulce a deixou ali molhada. Ela reconheceu.

 Anahi: Aquela besta esqueceu a blusa aqui!

 Nesse momento bateram na porta, ela deixou a blusa em cima da pia e foi até a porta pensando ser sua mãe. Mas quando abriu se surpreendeu, era Dulce, o que será que ela queria uma hora daquelas? Mas o pior não foi isso, foi vê-la vestida um mini short preto colado ao corpo, e uma camisetinha azul mostrando a barriga delineada.

 Anahi: O que quer?

Dulce: Esqueci minha blusa aqui eu acho.

Anahi: Ta no banheiro, espera que eu vou pegar!

 Anahi saiu para o banheiro dando graças a Deus por não ter que ficar nas vistas dela, temia que ela percebesse a respiração tinha mudado, por vê-la naquela roupa. Ao andar para o banheiro Dulce olhou seu corpo de costas, assim como ela usava um shortinho curto e uma blusinha colada ao corpo, sem contar aquele bum.bum empinado que ela amava. Para ela Anahi era chata, mas admitia que ela possuía um corpo maravilhoso. Sentiu calor, entrou no quarto e ficou esperando ela voltar, olhou pra cama, foi inevitável não pensar besteiras.

 Anahi voltou do banheiro com a blusa na mão a entregando.

 Anahi: Aqui! (evitando olhar o corpo dela)

Dulce: Valeu!

 Ao pegar a blusa, suas mãos encostaram, as peles quentes, macias, esse contato fez ambas se arrepiarem e se olharem por uns segundos, as lembranças dos beijos quentes vieram as suas cabeças. Era um bom momento para Dulce simular uma discussão, para como sempre a um certo momento agarrá-la, e como Marichelo e Daniel tinham ido dormir, não teria ninguém para atrapalhar.

 Anahi puxou sua mão, indo para perto da sua mesinha do computador, fugindo dos desejos que a atormentavam.

 Anahi: Veio pegar a blusa, está ai! Preciso imprimir umas coisas aqui no computador.

 Ela se sentou na cadeira, começando a mexer em seu notebook. Dulce ficou parada, sentindo o coração disparar, e o frio na barriga de sempre aumentarem cada vez mais, tentando tomar coragem para dar início a o que pensou, iniciar uma discussão para no final acabar no sexo que ela tanto deseja. Mas não conseguiu, a ideia de ter Anahi em seus braços daquela forma, tão íntima a deixou nervosa, não entendeu o porque, afinal seria apenas sexo, o que sempre fazia com as garotas, nunca tinha tido aquele tipo de sentimento com outra, um nervosismo só de pensar em tê-la daquele jeito.

 Anahi: Vai ficar parada ai?

 Anahi a olhou, a despertando da sua tentativa de tomar coragem de uma vez.

 Dulce: Er .. não, eu já to indo! Boa noite!

 Dulce saiu do quarto fechando a porta atordoada. Anahi não entendeu o “boa noite” dela, não costumavam se falar com essa cordialidade. Em seguida ela desligou o notebook, quando disse que tinha que imprimir umas coisas era só desculpa para ela sair do seu quarto, e se falasse pra ela sair como sempre faz, Dulce ia retrucar como sempre, a chamando de mal educada e ela ia responder e ia poder gerar as discussões de sempre, e essas discussões nunca acabavam em boa coisa, pois Dulce a irritava tão facilmente com poucas palavras, então achou melhor usar desse método, e também para não olhá-la, porque sua mente ficava cega de desejo quando a olhava naquela roupa. Logo depois se jogou na cama sufocada pelo desejo e as perguntas sem respostas que rondavam sua cabeça.

 No quarto de Dulce ela tentou entender que medo foi aquele, que nervosismo deu nela só de se imaginar tendo Anahi em seus braços. Ela pensou melhor diante daquilo, e chegou a conclusão de que não ia forçar nada e nem situação nem uma, se fosse pra acontecer que fosse naturalmente, e que ninguém atrapalhasse da próxima vez, se é que ia ter próxima vez, ela pensava.

 Dulce: Droga! O que eu to pensando, eu detesto essa menina, não deveria ta querendo transar com ela.