Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Ela se irritou consigo mesma por desejá-la tanto e não entender o porque.

 Dulce: Não posso querer essa caipira imbecil dessa forma, não posso! Ela não passa de uma fresca irritante, além do mais a mãe dela acabou com o casamento do meu pai, minha família acabou por causa dessa família idiota!

 Ela pegou um travesseiro e o jogou pela parede irritada. Essas ondas de sentimentos contraditórios estava a enlouquecendo, ora odiava Anahi, ora a desejava, ora implicava com ela, ora estavam aos beijos, ora a queria bem longe, ora a queria bem perto. Custou a pegar no sono com esses pensamentos povoando sua mente.

Se passou o resto da semana, Anahi fez o máximo pra ficar longe de Dulce, cumprindo o que disse a Poncho, iria manter distancia, esse fim de semana faria um mês que ela estava ali, então só faltavam mais dois meses e ficaria livre dessa tormenta. Era sexta-feira a tarde e Poncho conversava com Marichelo em sua casa, estavam na sala. Seu Pai Fausto estava pela fazenda e sua mãe Laura tomava banho, pois iria sair com Marichelo para o centro da cidade, iriam a concessionária de Daniel, pois Marichelo estava indo comprar o carro que irá dar de presente a Anahi de aniversário, na próxima semana era o aniversário, seria exatamente no sábado.

 Marichelo: Poncho, acha que a Any vai gostar do presente?

 Poncho: Claro tia, ela vai amar! (sorrindo) Ela tá louca por aquela picape.

 Marichelo: Acho que ela já imagina que vai ganhar uma, pois desde sempre a prometi que ganharia assim que fizesse 18 anos e pudesse tirar sua carteira pra dirigir.

 Poncho: Ela suspeita mesmo, mas acho que não poderia ter presente melhor pra ela, ta louca pra ter seu carro e ir pra onde quiser sem ter que ficar pedindo que a levem.

 Marichelo: Mas o José é o motorista da fazenda e sempre esteve a disposição dela.

 Poncho: Sim tia, mas não é a mesma coisa de ter o seu próprio carro, sabe como a Any é, ela fica com aquela impressão de que ta incomodando.

 Marichelo: Você tem razão, nada melhor que nosso próprio carro, por isso darei a ela. E a cor é aquela mesma que você disse que ela quer né?

 Poncho: Isso, ela quer da cor preta e do modelo da minha picape, só que a minha é prateada né.

 Marichelo: Ótimo! Agora Poncho, tem aquela questão do outro presente, a festa dela, quero que me ajude a convencer ela já a partir de hoje a deixar que façamos a festa pra ela.

 Poncho: Pode contar comigo pra isso também tia, vou convencer ela.

 Como havia dito no início, o pai de Anahi morreu na semana do seu aniversário de 15 anos, cinco dias antes ele faleceu, desde sempre era programada uma festa de 15 anos para ela, a festa dos sonhos para todas as garotas sonhadoras e românticas como ela, mas pela morte de seu pai não aconteceu, até porque não tinham motivo algum para comemorações. Desde então, a semana do aniversário de Anahi tem sido triste para ela, por lembrar de seu pai, além de não ter podido comemorar seus 15 anos, não comemorou seus 16 e nem 17. Agora que iria fazer 18 e é uma pequena mudança em sua vida, sua mãe queria fazer uma festa para comemorar, dar a festa dos seus 15 anos que não teve.

 Marichelo: Eu entendo ela não ter querido comemorar seus aniversários de 16 e 17 anos, afinal nem eu tinha animo para isso, a perda de Fernando ainda é sofrida por nós. Mas ela fica tão triste na semana do seu aniversário e no próprio dia, queria levar um pouco de alegria pra ela, fazer a cabecinha dela e o coração ficarem bem, não suporto ver minha filha triste.

Poncho: Eu concordo com a senhora, ela fica muito triste mesmo. Acho que fará bem a ela, e além do mais, o tio Fernando, antes de morrer pediu que ela comemorasse sempre essa data mesmo que ele partisse, que queria vê-la sempre feliz e que não era pra ela ficar triste.

Marichelo: Eu sei, ele me pediu muito isso antes de partir, que sempre comemorasse e não deixasse Any sofrer no aniversário dela, pra ela sempre celebrar, que fizesse isso por ele, porque queria ver a filha sempre feliz, e é por esse pedido dele que quero fazer a festa. De onde ele estiver tenho certeza que quer que ela comemore e também deve sofrer por ver ela mal. Ele amava demais suas filhas.

Poncho: Vou fazer de tudo pra animar ela tia.

Marichelo: Eu agradeço querido, acho que vai conseguir, afinal ela sempre te escuta. (sorriu) Aquela teimosa só escuta você pra falar a verdade, incrível sua capacidade de convencer ela em tudo.

Elas sorriram.

 Marichelo: Eu não sei o que seria da Any sem você, do lado dela, é o anjo da vida dela e eu tenho muito orgulho da relação de vocês dois.

 Ela sorriu e segurou a mão dele fazendo carinho, o olhando com um olhar terno cheio de carinho, Poncho era como um filho pra ela.

 Poncho: Aquela pequena é tudo pra mim, nunca vou deixar que façam mal a ela.

 Ele sorriu e deu um beijo na mão da madrinha.

 Marichelo: Terça-feira fará 3 anos da morte de Fernando, hoje mesmo vou tratar da missa para ele.

Poncho: Vai ser que horas?

Marichelo: A 19:00 horas!

 Laura desceu as escadas indo até eles.

 Laura: Estou pronta Mari, quando quiser ir.

Marichelo: Bom, então vamos indo!

Laura: Filho devo demorar um pouco, porque depois da concessionária iremos a Igreja ver sobre a missa do seu padrinho, mas chegamos a tempo para o jantar, já avisei o seu pai ta?

Poncho: Ta bom mamãe! Vai vir jantar aqui com o Daniel tia Mari?

Marichelo: Sim meu amor.

Poncho: E a Any vai vir?

Marichelo: Não, ela disse que precisa acabar um trabalho pra faculdade e que é muito grande.

Poncho: Mas ela ainda tem o fim de semana todo pela frente.

Marichelo: Eu disse a ela, mas sabe como sua prima é com os estudos né? Nunca deixa pra depois.

Poncho: Vou ligar pra aquela CDF e ver se convenso ela a vir. (rindo)

Marichelo: Vê se consegue Poncho, porque não tive sucesso. (rindo)

 Laura e Marichelo se despediram e saíram.

 Anahi estava em seu quarto fazendo o trabalho pra faculdade. No quarto de Dulce ela olhava seu som empolgada, Marichelo o levou para o concerto, Dulce estava feliz por tê-lo de volta e funcionando, mas isso não fez ela agradecer Marichelo ou se sentir grata, para ela, Marichelo não fez mais que obrigação, afinal a filha dela que tinha estragado. 

 Dulce: Agora vou testar!

 Ela ligou o fio na tomada e colocou um CD pra tocar, estava perfeito.

 Dulce: E pra comemorar, vou curtir a musica como gosto.

 Ela aumentou o som bem alto como sempre, na verdade ela achou que estava sozinha. Viu que Marichelo saiu, seu pai estava trabalhando e não viu movimentação de Anahi na casa, e mesmo que ela estivesse, achava que ela não estaria estudando em plena sexta-feira.

 Anahi do seu quarto já pôde ouvir a musica alta que vinha do quarto de Dulce, ela parou de escrever quando ouviu, fechou os olhos.

 Anahi: De novo!

 Ela abriu os olhos respirando fundo, não iria se irritar, repetiu isso várias vezes em seus pensamentos. Ela voltou a se concentrar no que escrevia e olhava a tela do seu notebook, pois fazia o trabalho com auxílio da internet além dos livros. Mas era impossível se concentrar com aquele barulho todo.

 Anahi: Droga! 

 Ela pensou então em sair dali e ir fazer o trabalho no escritório da sua mãe, mas por outro lado pensou que não deveria sair do seu quarto só por causa de Dulce, sempre estudava e fazia seus trabalhos ali, Dulce tinha que aprender a ter respeito e limites dentro da sua casa, por várias vezes Daniel pediu a ela que não escutasse o som daquela altura, mas ela nunca dava ouvidos. Dulce era muito irresponsável e parecia não ligar pra nada, alguém tinha que por um limite nela.

 Anahi: Não vou sair do meu lugar por causa dessa idiota, ela tem que aprender a ter respeito!

 Ela se levantou já irritada, ao chegar na porta do quarto de Dulce se lembrou do que disse a Poncho, que iria manter distancia dela, para assim não brigarem, e principalmente para não acontecer mais nada entre elas. Ela respirou fundo buscando calma, decidiu que iria ser o máximo educada, mesmo que Dulce a provocasse e brigasse com ela, ia manter a calma. Na verdade nem era para ela estar ali, poderia muito bem deixar pra fazer o trabalho no outro dia, ainda tinha o sábado e o domingo para terminá-lo, ou poderia fazer isso mais tarde em outra hora. Mas alguma coisa a puxava para ir até ali, algo que nem ela mesma sabia, parecia que de alguma forma tinha que estar em contato com Dulce, mesmo que fosse para brigar.

 Ela bateu na porta, Dulce não abriu, então ela bateu mais forte, praticamente esmurrando. Dulce ouviu e abriu já nervosa.

 Dulce: Quer derrubar a porta?

 Anahi puxou o ar buscando calma.

 Anahi: Pode abaixar o som por favor, quero falar com você!

 Dulce andou até o som e o abaixou, mas não tudo, o suficiente que desse para ouvir Anahi.

 Dulce: Jà sei, veio encher o saco pelo som alto, acertei?

Anahi: Não vim encher o saco Dulce, só vim pedir por favor, que abaixe um pouco, eu to estudando e preciso acabar meu trabalho, o barulho alto me desconcentra, preciso escrever um texto. 

Dulce: E não pode fazer isso outra hora? Mais tarde? Cara você também implica, to aproveitando que não tem ninguém em casa pra ouvir e você atrapalhando.

 Se Anahi tinha alguma paciência, já não estava tendo mais, lutava consigo mesma para não perder o resto que tinha.

 Anahi: Custa abaixar um pouco?

Dulce: Custa ir fazer o trabalho em outro lugar? A casa é enorme.

Anahi: Mas eu prefiro fazer no meu quarto, e não vou sair de lá por sua causa.

Dulce: E eu não vou abaixar o som por sua causa!

Anahi: Quer saber? Quer que eu quebre essa porcaria de novo?

 Anahi não aguentou e mandou a paciência pro espaço, Dulce a irritava demais, a tirava do sério facilmente, não tinha como se segurar com ela assim tão grossa.

 Dulce: Se atreve de novo pra você ver!

Anahi: Você duvida?

Dulce: Pago pra ver!

 Anahi andou até o som, Dulce temendo que ela fizesse mesmo, foi até ela e segurou seus braços.

 Dulce: Tira a mão dai, ta pensando que é quem pra meter a mão nas minhas coisas e sair estragando a hora que quer?

Anahi: Tira a mão de mim!

Dulce: Então tira a mão do meu som!

 Dulce segurava os braços dela, elas ficaram se encarando.

 Anahi: Irritante!

Dulce: Insuportável!

Anahi: Porque não pode abaixar essa droga de som pelo menos uma vez em? (ainda nervosa)

Dulce: Porque você não manda em mim! (nervosa também)

Anahi: Tem que ter limites garota, aprender a respeitar os outros!

Dulce: Ah vai querer me dar aula agora de como devo me comportar?

Anahi: Garanto que ia ser menos insuportável!

 Anahi puxou os braços de uma vez e deu as costas, ia sair do quarto.

 Dulce: Não me deixa falando sozinha! 

Anahi: Não tenho mais nada pra falar com você, não tem jeito, você não sabe conversar!

Eu nem deveria contar mais o proximo capitulo promete hein hahaha palpites???