Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Ela cruzou os braço irritada, agora até Rodrigo ia ficar com essa conversa pra cima dela de agir com simpatia. Já Dulce bebia algo com Ucker e Angelique em uma mesa. Poncho estava dançando com uns amigos da faculdade.

Dulce: Vocês tinham que ver, provoquei tanto aquela patricinha caipira, ta sendo a minha diversão da noite.

Ucker: Mas você não vai mesmo parar de implicar com ela né? (rindo)

Dulce: Não mesmo, ela ainda não viu nada!

Angelique: Eu só quero saber onde anda a safada da Mai, ela e o primo da Anahi sumiram.

Ucker: O Christian? 

Angelique: Ele mesmo!

Dulce: Será que ela ta pegando o priminho caipira?

Angelique: Ah Dul para com isso, ele nem é caipira. (rindo)

Dulce: Pra mim todos são, moram tudo no meio do mato.

Ucker: Fala como se aqui fosse um fim de mundo, o lugar é lindo.

Angelique: E de caipira essa Anahi não tem é nada, cá pra nós, mas que gata em, meu Deus, sem contar os priminhos dela.

Dulce: Já vi que a caipirada ganhou um fão clube né?

Ucker: Pera ai, falando em primos, o Christian também é primo da Anahi?

Angelique: Não sei, não é? Eu acho que sim.

Dulce: Ta querendo pegar qual dos primos? (rindo)

Angelique: Eu? Nem um.

Ucker: Ah sei, ta ai toda preocupada querendo saber do priminho da Anahi, o Christian, falando que ele e a Maite sumiram, tava no maior papo com o Poncho, algum você quer.

Ele e Dulce se olharam rindo.

Angelique: Eu quero que você vá se danar ta? 

Dulce: Ah entendi a preocupação dela Ucker, é com a Mai.

Angelique: Cara vocês são chatos viu! (rindo) Nada a ver, eu e a Mai somos só amigas.

Ucker: Mas se pegam.

Angelique: Amizade colorida, sem sentimentos e compromisso.

Eles ficaram zuando Angel até que Christian e Maite estavam indo em direção a eles juntos e conversando animados.

Dulce: Falando neles.

Eles se aproximaram da mesa e logo se sentaram. Dulce não falava muito com Christian por ser da família de Anahi, assim ela pensava né, aliás, todos. Mas até que tinha ido com a cara dela. Enquanto isso Rodrigo saiu pra falar com uns amigos e Anahi não quis ir junto, disse que ia ficar ali mesmo, tava um pouco estressada e não tava muito afim de falar com ninguém naquele momento, ele deu um selinho nela e saiu. Logo Poncho apareceu por lá.

Poncho: Prima, tava te procurando.

Anahi: Oi Poncho!

Poncho: Ih, o que foi? Ta estressada com o que? 

Anahi: Me conhece bem né.

Poncho: Como a palma da minha mão, mas me diz o que aconteceu? E cade seu namoradinho?

Anahi: Poncho não fala assim dele. Foi falar com uns amigos e eu não tava a fim de ir porque não to afim de falar com ninguém agora, to mega estressada.

Poncho: Mas nem comigo?

Anahi: Com você sempre né Ponchito. (sorriu)

Poncho: Mas e ai, me conta vai.

Anahi: A Dulce ta me tirando do sério, me irrita demais e a mamãe ainda quer que eu fique próxima a ela, que me aproxime.

Poncho: Any, ela e o Daniel vão fazer de tudo pra fazer vocês duas se aproximarem, eu ouvi um papo ai deles.

Anahi: Papo? Que papo?

Poncho: Que querem que vocês se deem muito bem, que se gostem como irmãs porque vão passar a conviver juntas e como eles dois se casaram vocês agora são uma família só.

Anahi: Olha, eu até penava nessa ideia sabe, de tê-la como irmã, mas depois de tê-la conhecido isso nem faz mais parte das minhas ideias, essa menina é um saco Poncho, já detesto ela.

Poncho: Mas isso deve ser só agora Any, vocês ainda tem três meses pela frente, vão acabar se acertando, você vai ver.

Anahi: Eu não sei não Poncho.

Poncho: Quer saber Prima, esquece essa garota vai, vamos curtir a festa!

Estava passando um garçom e ele pegou duas bebidas e deu uma a Anahi.

A festa foi ocorrendo normalmente, Anahi evitou ficar perto de Dulce, mesmo com sua mãe pedindo ela não fez. Dulce também nem fez questão de ficar perto dela, mal falou com seu pai durante o resto da festa. Christian e Maite se entendiam cada vez mais, e tudo foi ocorrendo tranquilo, lá pelas 04:00 da manhã a festa acabou. Todos foram dormir e Marichelo fez questão de que os amigos de Dulce dormissem ali também assim como ela. Estava tarde e achou melhor que eles descansassem lá, até porque tinham bebido e não seria bom saírem assim. Rodrigo e Poncho foram dormir no mesmo quarto de hospedes com duas camas de solteiro, Ucker e Christian foram dormir em um quarto, sobrou apenas mais um quarto que era o de Dulce, no caso Maite e Angelique foram dormir lá e propositalmente Marichelo pediu a Anahi que deixasse Dulce dormir com ela em seu quarto já que não havia mais quartos de hospedes, e como a cama dela era de casal cabia muito bem a duas. E aproveitando isso, as duas passariam mais um tempo juntas, assim era uma forma de aproximar elas pra ver se, se entendiam uma com a outra. Anahi não queria de jeito nem um fazer isso, estava no corredor com sua mãe em frente ao seu quarto enquanto Daniel conversava com Dulce lá em baixo na sala, chamando sua atenção pelo seu mal comportamento na festa.

Anahi: Não mamãe, a senhora só pode ta brincando que vou ter que dividir o meu quarto com ela e a minha cama.

Marichelo: Deixa de ser egoísta Any, é só por uma noite, e assim vocês aproveitam e passam mais um tempo juntas, assim se aproximam mais.

Anahi: Tempo juntas mamãe? A gente vai dormir, nem vamos nos falar.

Marichelo: Então ótimo, já que vão dormir e nem se falar não tem problema nem um.

Anahi: Eu não acredito nisso, essa menina vai encher meu saco a noite inteira, aliás, o resto da madrugada que já ta acabando.

Na sala:

Dulce: Já acabou? To morta de sono e cansada.

Daniel: Não me provoca Dulce Maria! To falando com você e isso é muito sério, não é brincadeira, vê se a partir de amanhã você se comporta melhor.

Dulce: Ta achando ruim papai? 

Daniel: Péssimo, ta agindo feito uma criança.

Dulce: Eu to nem ai, eu não pedi pra vir pra cá, faz o seguinte, me deixa ficar lá com a Mai no apartamento dela e todo mundo vai ficar feliz.

Daniel: Nem pensar, você vai ficar comigo e aqui nessa casa e vai fazer tudo que eu mandar, ta me entendendo?

Dulce ofegava de raiva, odiava esse jeito autoritário do seu pai, e ainda a forçando fazer coisas que não queria.

Dulce: Você e a mamãe fazem da minha vida o que querem né? Nem pareço ter opinião própria, vocês nunca me escutam. Isso tudo começou depois que se separaram, a minha vida virou um inferno.

Daniel: Você tem se comportado muito mal Dulce Maria, se fazemos certas coisas é por sua culpa mesmo.

Dulce: A gente era uma família feliz papai, e olha hoje no que nos tornamos.

Daniel: Porque você age feito uma criança. 

Dulce: E acha que me obrigando a fazer as coisas vai resolver algo? 

Daniel: Se eu for deixar você fazer tudo o que quer Dulce Maria, não sei onde vai parar.

Dulce: Minha vontade é de sumir dessa porcaria de lugar, de tudo e ir bem pra longe.

Ambos estavam nervosos e a discussão estava cada vez mais calorosa.

Daniel: Pois não vai, porque enquanto viver do meu dinheiro e do da sua mãe, debaixo do nosso teto vai ter que nos obedecer querendo ou não! (a encarou nervoso)

Dulce: Droga de vida!

Ela saiu em direção a porta da sala.

Daniel: Onde você vai?

Dulce: Pra onde eu quiser!

Ele correu até a porta entrando na frente dela.

Daniel: Sobe agora lá pra cima pro quarto da Anahi e vai dormir. (apontando pra escada)

Dulce: Ainda tenho que dormir com essa idiota!

Daniel: Sobe logo antes que perca a cabeça Dulce Maria, e é bom me obedecer se não amanhã mesmo tiro sua moto de você!

Dulce o olhou, sentia suas bochechas queimarem de raiva, sempre isso, toda vez a ameaçavam com sua moto e sem saída tinha que obedecer.

Dulce: Sempre assim né? Me deu essa moto de presente ou foi pra ficar usando ela pra me ameaçar e obedecer a você?

Daniel: Sempre uso a sua moto porque parece que é a unica coisa com que você se importa.

Dulce: E de fato é, foi a unica coisa boa que o senhor me deu na vida!

Ela se virou de costas pra ele e saiu pisando fundo no chão irritada, subiu as escadas rapidamente querendo matar um. Daniel respirou fundo passando a mão no rosto, odiava brigar assim com a filha, sempre tentava conversar com ela tranquilamente, mas o jeito rebelde de Dulce, a forma como ela o respondia o deixava nervosos e acaba se alterando, era sempre assim.

Chegando no corredor Dulce seguiu em passos fundos, Marichelo e Anahi que ainda conversavam a olhou indo em direção a elas, Dulce logo se aproximou.

Dulce: É aqui o seu quarto? (ainda nervosa)

Anahi: O que acha?

Marichelo: Anahi!

Dulce apenas a encarou séria e entrou. Anahi e Marichelo viram claramente que elas estava irritada e com certeza a conversa lá em baixo com o pai foi nada boa.

Marichelo: Acho melhor irem dormir minha filha, e se comporte hein.

Anahi: Só espero que ela não desconte a raivinha do pai dela em mim.

Ela deu boa noite pra mãe e entrou indo até o guarda-roupa, Dulce tirava as sandálias nervosa ainda. 

Dulce: Olha, eu nem queria dormir aqui, vim porque fui obrigado, então só quero dizer uma coisa.

Ela acabou de tirar as sandálias ficando em pé, Anahi a olhou segurando sua roupa de dormir.

Dulce: Não fala comigo, não me dirija a palavra por favor, porque eu to querendo matar um beleza?

Ela se deitou na cama se cobrindo com o lençol, aquela noite fazia calor então nem iam usar cobertor. Ela se virou de lado fechando os olhos. Anahi ficou parada a olhando calada com aquele ataque de nervos dela achando até um pouco de graça, mas não riu, só a olhou meio impressionada. Ela andou em direção ao banheiro e nessa hora Dulce se sentou de uma vez  na cama.

Dulce: E nem encosta em mim ok? 

Anahi se assustou dando um pulo.

Anahi: Que isso? Ta doida menina? (com a mão no coração)

Dulce: To pirada e muito mal humorada, deita bem pra lá da cama beleza?

Anahi do mesmo jeito de antes ficou a olhando quieta.

Anahi: Eu em, parece que é doida. E não se esqueça que a cama é minha ta? Se ta tão incomodada deita no sofá.

Dulce: To bem aqui obrigado! (fechou os olhos) e apaga logo essa luz porque eu quero dormir.

Anahi colocou as mãos na cintura não acreditando na folga dela.

Anahi: Garota você é muito folgada, e sem noção ainda por cima!

Saiu pro banheiro balançando a cabeça, entrou e fechou a porta. Enquanto isso Dulce aproveitou pra tirar seu vestido, não tinha roupa de dormir ali e nem ia pedir nada emprestado a Anahi, não queria nada dela, já bastava o vestido, e Anahi também nem fez questão de oferecer. Ela tirou o vestido o jogando em uma cadeira ali no quarto, tirou os brincos e acessórios colocando em cima do criado mudo, ficou apenas com uma calcinha shortinho e sutiã.

Logo se deitou se cobrindo, cobriu os seios deixando os braços de fora. Minutinhos depois Anahi saiu, usava um shortinho preto e uma camisetinha rosa mostrando um pedacinho da barriga, estava muito calor aquela noite. Dulce abriu os olhos pra ver se ela finalmente ia apagar a luz pra ver se conseguia dormir de uma vez, viu Anahi andando em direção ao interruptor, viu que ela vestida aquela roupa e foi impossível não reparar no corpo dela, não tinha como negar que ela tinha o corpo bonito, sem contar naquele bumbum empinadinho. Anahi antes de apagar a luz foi até a janela e abriu uma parte dela, deixou aberta e ficou tomando um pouco de ar ali por causa do calor, era como se Dulce nem estivesse ali, queria ignorá-la. Dulce ficou olhando a barriguinha dela que aparecia um pouquinho, quase nada mas aparecia, olhou as pernas, mas especificadamente as coxas, depois subiu pros seios, ai então percebeu que estava olhando demais pro corpo dela e sentiu o seu quente, se já estava com calor só piorou. Anahi então saiu de perto da janela a deixando aberta e foi até o interruptor novamente.

Dulce: Ei, não acha que esqueceu de nada não?

Anahi: Esqueci de que garota? E achei que já estivesse dormindo.

Dulce: Pra sua felicidade ainda não, e eu to falando da janela, você abriu e não vai fechar? 

Anahi: Não, ta calor!

Dulce: O que? E você pretende dormir com ela aberta?

Anahi: Claro, assim refresca mais.

Anahi colocou o dedo no interruptor para apagar a luz mas parou quando Dulce voltou a falar.

Dulce: Eiiii ... pois pode fechar essa janela.

Anahi: Porque? Já disse que ta calor.

Dulce: Ta louca? Dormir com isso ai aberto?

Anahi: Ai pai, mas qual o problema garota, vai implicar até com uma janela agora?

Dulce: Não é isso.

Anahi: Então qual o problema?

Dulce: E se entra um bicho ai? E se ele entra no quarto? Vem aqui na cama? Ah não, pode fechar isso ai.

Anahi não aguentou e começou a rir, Dulce ficou a olhando e não sabia qual era a graça, detestava quando ficavam rindo da cara dela.

Anahi: Ai pelo amor de Deus Dulce, que bicho que vai entrar ai?

Dulce: Não sei, uma aranha, uma cobra, um besouro, um chupa cabra, qualquer negócio.

Anahi gargalhou do desespero de Dulce, ainda mais com o chupa cabra. Aquela menina metida e rebelde, que dava resposta a qualquer um sem medo estava com medo de algum bicho entrar ali.

Dulce: Definitivamente não sei qual a graça.

Anahi: Dulce, você acha mesmo que uma cobra vai entrar aqui pela janela assim? (rindo)

Dulce: Não sei, e é por não saber que quero que feche essa porcaria, não tem aquelas cobras que sobem em árvores, em paredes, vai que uma entra aqui. Isso é bem possível.

Anahi continuava a rir coma quela gargalhada gostosa dela.

Anahi: Ai meu Deus, esse povo que só vive em cidade, da até graça mesmo sabia?

Dulce: Falou a caipira! E você sabe muito bem que uma cobra pode subir ai.

Anahi: Sim, uma cobra pode subir na janela, mas isso nunca aconteceu aqui. E pode me chamar de caipira, do que você quiser Dulce, não to afim de discutir ok? To com sono e muito cansada pra isso.

Ela apagou a luz e foi até a cama, se deitou e Dulce a observava, vendo que ela realmente ia dormir e deixar a janela aberta. Logo Anahi apagou o abajur se deitando por fim.

Dulce: Cara, não vai mesmo fechar essa droga de janela?

Anahi: Ai meu Deus! Dulce, dorme vai? (de olho fechados bufando)

Dulce: Não vou conseguir, fecha aquilo. 

Anahi: Dulce relaxa, não tem como entrar bicho nem um ai não, estamos no segundo andar esqueceu?

Dulce: É sério isso? Não há possibilidades? Bicho nem um entra ali mesmo?

Anahi: Não Dulce, se entrasse acha que deixaria aberta? 

Dulce: Faz sentido.

Anahi: Então, agora me deixa dormir vai.

Dulce: Mas não entra mesmo né?

Anahi respirou fundo buscando a paciência que já nem tinha mais, estava a ponto de mandar Dulce ir bem pra longe, estava louca pra dormir e ela não calava a boca, mas seria pior respondê-la mal porque com certeza ela não ficaria calada e iam começar uma discussão e render em briga, então achou melhor tranquilizá-la pra ela calar logo a boca.

Anahi: Não entra não Dulce, pode ficar tranquila.

Dulce: Ta.

Anahi: Só as vezes uma aranha e outra sobem aqui.

Dulce: O que? 

Anahi ficou rindo.

Anahi: Ai mas como é medrosa, é brincadeira.

Dulce: Quer saber? Se você não fecha eu mesmo fecho.