Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Dulce: Sua chata! (rindo)

Angelique: Eu até que sei cozinhar também, mas a Mai, ninguém ganha dela, tem mãos de ouro.

Anahi: To louca pra provar essa lasanha de tanto que falam que você cozinha bem Mai.

Dulce: Mas e você Any? Tem cara de quem sabe cozinhar.

Anahi: Sei sim, até que dá pra comer. (rindo) E você já provou da minha comida.

Dulce: Eu?

Anahi: Lembra de um frango que comeu uma vez que amou?

Dulce: Com um feijão tropeiro delicioso?

Anahi: Sim!

Dulce: Claro que lembro, como esquecer aquela maravilha?

Anahi: Era eu quem tinha feito, ajudei a Tonha no almoço aquele dia.

Dulce: Ta brincando? E eu lá elogiando a Tonha (rindo) por isso eu vi que ficaram rindo e se olhando e eu sem entender nada.

Anahi: E ai, to aprovada?

Dulce: É, da pra casar. (rindo)

 Ao ouvir essa palavra casar Anahi se lembrou do fim do namoro. Desfez um pouco o sorriso se entristecendo novamente, Dulce vendo a idiotice que falou ficou sem graça.

 Dulce: Poxa Any, desculpa! Nossa, foi mal, eu não queria ..

Anahi: Tudo bem Dulce (sorriu forçado) sei que não teve intenção.

 Maite e Angelique também ficaram meio sem jeito, no mesmo momento os meninos entraram animados na cozinha com as cervejas.

 Ucker: Chagamos! E ai, essa comida sai ou não sai mulher?

 Ele olhou pra Maite falando sério com a voz grossa. Os dois ficaram se olhando e logo começaram a rir.

 Maite: Você é um palhaço! 

Anahi já voltava a rir novamente, apesar de estar muito triste e abatida, conseguia se distrair com eles, realmente eram bons amigos e incrivelmente conseguiam fazer ela esquecer Rodrigo por uns momentos.

 Ficaram todos pela cozinha bebendo cerveja e brincando um com o outro, rindo enquanto a lasanha ia ficando pronta. Apenas Christian que não bebia, pois ainda tinha que trabalhar. Um certo tempo depois de algumas cervejas e muita conversa, finalmente a lasanha tava pronta. Arrumaram a mesa e todos estavam sentados.

 Maite: Primeiro pedaço vai pra Any, experimenta e vê se aprova loira.

 Maite a serviu, logo ela experimentou, adorando.

 Anahi: Nossa, ta uma delicia! Aprovadíssima Mai. (sorriu) E se eu fosse vocês se serviriam logo, tão perdendo tempo.

 Todo mundo riu e foram se servir. Seguiram descontraídos, conversando enquanto comiam, depois de acabarem Christian se despediu e foi embora, se não iria se atrasar para chegar a fazenda e trabalhar. O resto do pessoal tava na sala, Anahi, Dulce e Poncho estavam sentados em um sofá, com Anahi no meio. Ucker estava deitado no outro sofá com sono, afinal depois do almoço sempre dava aquele soninho, ainda mais por ter tomado umas cervejas também. Maite estava no chão sentada no tapete com as costas escoradas no sofá que Ucker estava e Angelique estava deitada também no chão no tapete com a cabeça no colo de Maite, cochilando enquanto sentia a amiga fazer carinho em seus cabelos.

 Ucker: É a primeira vez que você e o Poncho vem aqui né Any?

Anahi: Sim, adorei o ap de vocês, muito lindo!

Ucker: Valeu! (sorriu)

Maite: Mas vocês dois também tem um né?

Poncho: Sim, pra gente passar o fim de semana na cidade. Já estão convidados a conhecer, a gente faz uma festinha e tal.

Angelique: Festinha é? To dentro!

 Angelique falou sonolenta de olhos fechados, e todo mundo achando que ela estava dormindo, eles riram.

 Dulce: Mas não tava dormindo?

Maite: Falou de festa ela acorda. (rindo)

 O celular de Anahi tocou.

 Anahi: É mamãe, pera ai gente.

 Ela se levantou e foi para um canto na sala.

 Anahi: Oi mamãe!

Marichelo: Oi minha filha, já almoçou?

Anahi: Já sim!

Marichelo: Pelas vozes ai parece que estão se divertindo.

 Anahi olhou para o centro da sala e eles riam de algo.

 Anahi: É, até que to me distraindo um pouco, ta bem legal aqui.

Marichelo: Ta melhor meu amor?

Anahi: Na medida do possível mamãe, mas não quero ficar falando disso não.

Marichelo: Ta certo, só liguei pra saber se tava tudo bem, até mais tarde então meu anjo.

Anahi: Até mamãe, beijo!

Marichelo: Beijo!

 Anahi desligou e ficou olhando pro celular, tinha sua foto e de Rodrigo na tela, ficou olhando um pouco e sentia sua garganta dar um nó, depois ficou olhando mais o celular e não havia nem uma mensagem, nem uma chamada. Rodrigo sempre a mandava mensagens durante o dia e sentiu falta disso, e também nem sabia porque procurava por alguma chamada pra ver se ele tinha ligado pois se for pra voltar o namoro e ficar como estava sendo, é melhor que não aconteça e cada um fique para o seu lado mesmo. Mas foi impossível não encher os olhos de lágrimas, uma vontade enorme de chorar, ela respirou fundo, se virou um pouco de costas para o pessoal não perceber e limpou as lágrimas, pra disfarçar melhor resolveu lavar o rosto. Mais uma vez respirou fundo e se aproximou um pouco dos outros, não muito, não queria que eles percebessem seus olhos lacrimejados.

 Anahi: Gente, onde fica o banheiro?

Maite: No final do corredor Any. Dul, leva ela até lá por favor? Porque o Ucker ta morto aqui no sofá e minha gatinha ta mimindo aqui no meu colo. (olhou pra Angelique e sorriu)

Dulce: Claro! Vamos eu te levo Any.

 Ao se aproximar mais de Anahi para irem ao banheiro viu os olhos dela, percebeu eles lacrimejados. Foram andando pelo corredor.

 Dulce: Ta tudo bem?

Anahi: Ta sim (sorriu forçada disfarçando)

Dulce: Hum.

 Andaram mais um pouco e ao chegarem na porta do banheiro, Anahi parou e não conseguiu segurar o choro até entrar no banheiro, desabou ali mesmo na frente de Dulce. A mesma a olhou, até se assustou um pouco porque não imaginava que ela ia chorar naquele momento perto dela.

 Dulce: Any, o que foi? (a olhado) 

Anahi: Nada, desculpa!

 Ela colocou uma mão na boca como se segurasse os soluços que vinham e abriu a porta do banheiro para entrar, mas Dulce a segurou pelo braço.

 Dulce: Any, o que foi? (preocupada) O que aconteceu? Você tava tão bem? Depois que falou no celular ficou assim.

 Anahi entrou no banheiro, se alguém aparecesse não queria que a visse assim. Dulce ficou do lado de fora a olhando, louca para abraçá-la e acolhe-la em seus braços.

 Anahi: É que não sei, a gente segura mas uma hora desabamos.

 Ela limpava suas lágrimas, Dulce via ela falar e a olhar com os olhos vermelhos e por mais que ela limpasse eles se enchiam de lágrimas de novo.

 Dulce: Ta sentindo falta dele né?

 Dulce entrou dentro do banheiro e a porta permaneceu aberta, se escorou na pia do lado de Anahi.

 Anahi: To, tava acostumada com ele tomar café comigo, me levar pra faculdade, me buscar, me mandava mensagens o dia todo, enfim, essas coisas.

Dulce: Mas é assim mesmo Any, os primeiros dias são os mais difíceis, porque tem que se adaptar a nova rotina sem a pessoa. E o pior de tudo é saber que ela não vai mais ta do seu lado, que essas coisas não vão mais se repetir. Ai depois continua difícil só que vai se acostumando com dor e um dia isso vai passar.

 Anahi enxugou novamente as lágrimas a olhando.

 Anahi: Tem certeza que nunca se apaixonou antes?

 Elas sorriram de leve.

 Dulce: Pra valer mesmo, de chorar, sofrer assim não.

 Anahi se virou de lado na pia, ainda olhando Dulce.

 Anahi: Nunca se apaixonou ou nunca levou um pé?

 Dulce riu.

 Dulce: Ah eu já gostei, me empolguei, fiquei afim, mas soube me dar bem com todos os meus lances. Além do mais só namorei sério duas vezes, com Ucker e Mai, foram namoros tranquilos e acabaram porque no fim vimos que era só amizade mesmo, que confundimos as coisas.

Anahi: Sei como é, aconteceu o mesmo comigo e Poncho, no início aquela empolgação, depois no fim a gente viu que nosso negócio era sem amigos mesmo.

 Dulce se virou pra ela, ficando de lado escorada na pia também, assim ficaram de frente uma pra outra.

 Anahi: Mas diz, como entende tão bem de levar um pé e sofrer se nunca passou por isso?

Dulce: Porque já consolei umas trezentas amigas que sofreram por amor. (rindo) De tanto ouvir, a gente aprende muito. Mas mesmo que doa, tenha força, vai passar, logo vai ta bem de novo. (sorriu)

Anahi: Será que vai demorar muito?

 Ela já voltou a encher os olhos de lágrimas.

 Dulce: Vai não, você vai ver.

 Dulce levou uma mão ao braço dela na lateral, passando a mão ali em um ato de consolo.

 Anahi: Se eu te pedir um abraço você me dá?

 Anahi a olhava com uma carinha de cachorro pidão e os olhos cheios de lágrimas. Dulce sentiu o coração apertar e se derretendo toda com o jeito dengoso dela. Logo ela sorriu boba.

 Dulce: Mas claro, até dois, vem cá vem!

 Dulce abriu os braços e se aproximou mais, Anahi a abraçou pela cintura encostando sua cabeça no peito dela. Dulce a abraçou com os braços em volta do seu ombro, escorou sua cabeça na dela fazendo carinho em seus cabelos loiros.

 Anahi ficou quietinha, era confortável ficar ali e conseguiu segurar as lágrimas. Dulce fechou os olhos a sentindo em seus braços, como era bom tê-la entre eles e sentir o corpo dela assim, tão junto ao seu, nessa calma. 

 Anahi: Dessa vez não vou molhar sua blusa. 

Dulce: Porque?

Anahi: Não to chorando.

Dulce: Não?

Anahi: Não.

Dulce: Sério? Deixa eu ver.

 Dulce tentou olhar pro rosto dela, ao mesmo tempo Anahi se levantou e nisso seus lábios quase se roçaram de leve. Agora seus lábios estavam a centímetros um do outro, olharam para os lábios uma da outra e depois se olharam nos olhos, Dulce viu que ela realmente não chorava.

 Dulce: Não ta chorando mesmo.

Anahi: Não te disse?

 Elas falavam sem se moverem e não paravam de se olhar nos olhos. Anahi ainda estava abraçada a ela pela cintura com seus braços em volta dela e Dulce também ainda estava abraçada ela do mesmo jeito, seus corpos colados e agora voltaram a olhar pros lábios uma da outra. A respirações já ficavam mais fortes, Dulce levou a mão que estava nos cabelos dela quando fazia carinho e levou até o rosto dela, segurou fazendo carinho, sentiram os corações dispararem e devagar seus lábios foram se aproximando, ao se encostarem devagar foram os abrindo iniciando um beijo calmo e lento, sem pressa, cheio de carinho e ternura. O beijo mais terno de todos que trocaram uma com a outra até hoje, os lábios macios encaixados um no outro, se movendo em um beijo delicioso e suas língua deslizando uma pela outra.