Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Elas continuaram conversando, falavam sobre suas cidades, algumas viagens que fizeram, entre outras coisas banais quando o sol já ia se por.

 Dulce: Vem Any (se levantou) o sol já vai se por.

 Dulce estendeu a mão a ela, que pegou se levantando. Dulce foi andando a puxando pela mão, e foram assim de mãos dadas até uma outra parte onde dava pra ver melhor o por do sol. Ao chegarem no lugar pararam e continuaram de mãos dadas uma do lado da outra, ficaram olhando o sol que ia se pondo enquanto conversavam.

 Anahi: Não sabia que curtia essas coisas. 

Dulce: O que?

Anahi: Ver o sol se por, esses passeios mais calmos. É tão agitada, adora uma balada, é mais da noite.

Dulce: Realmente sou mais da noite, mas não significa que não aprecio outras coisas. (sorriu)

O sol foi se pondo, uma imagem perfeita da natureza. Ao ver ele quase se pondo por completo elas se olharam sorrindo maravilhadas pela paisagem. Depois voltaram a olhar o sol que já ia embora e devagar Dulce acariciou a mão de Anahi com o seu polegar, a mesma sentiu aquele ato de carinho e correspondeu, também com o seu polegar acariciou a mão dela. O sol por fim se pôs por completo, então elas se olharam.

Anahi: Obrigada pelo fim de tarde Dul! (olhando Dulce nos olhos)

Dulce: Eu que agradeço sua companhia!

 Elas se olhavam fixo nos olhos. Anahi a puxou e se aproximou dela ao mesmo tempo, e a abraçou, Dulce correspondeu ao abraço fechando os olhos em seguida. Seria um momento perfeito para um beijo, mas Dulce não iria apressar as coisas por Anahi estar em um momento muito delicado, Dulce então preferiu deixar as coisas fluírem ao seu tempo, e ficar ao lado dela vendo que de alguma forma conseguia fazer ela esquecer os problemas já era algo muito gratificante. Afinal essa era a meta principal, mas era difícil ficar tão perto daqueles lábios e não poder beijá-los.

 Já Anahi se sentia cada vez melhor ao lado de Dulce, a companhia dela muito agradável e estava conhecendo um lado dela que nunca imaginou conhecer, brigavam tanto que achava que ela iria embora da fazenda quando sua mãe voltasse e que ainda iam estar brigando da mesma forma. Depois do por do sol sentiu aquele clima no ar, a cumplicidade que havia entre seus olhares ali, mas pelo momento que estava passando não queria envolvimento a mais com Dulce, sua cabeça já estava cheias de coisa demais, e apesar de ser maravilhoso e muito tentador ficar com ela, sempre ficava atordoada depois que acontecia, então uma complicação a menos na cabeça a ajudaria, por isso queria evitar. Mas dar um abraço em Dulce ela não conseguiu conter, até porque não tinha nada demais em um abraço. Uns segundos depois se separaram sorrindo.

 Dulce: Que tal a gente ir a outra parte daqui que você disse que é muito bom a noite e movimentado?

 Anahi: Boa ideia Dul.

 Dulce: Ai a gente podia beber algo, comer, não sei. O que acha?

 Anahi: Acho uma ótima ideia, mas nem pense que vai beber bebida alcoólica, ta pilotando.

 Dulce: Ah Any, vai ser só um copinho.

 Anahi: Nada disso, é perigoso e estamos muito novas pra morrer.

 Elas riram.

 Dulce: Mas ontem eu bebi no almoço no ap do pessoal e fui embora pilotando.

 Anahi: Mas foi na hora do almoço, quando foi embora já tinham se passado horas e nem tava mais fazendo efeito e não adianta argumentar que a senhorita não vai beber.

 Dulce: Mas eu vou beber pouquinho, só um copinho, já disse.

 Anahi: Se for beber eu não vou.

 Ela cruzou os braços fazendo bico, como se estivesse emburrada. Dulce a olhou rindo, ficava tão linda fazendo aquele bico e carinha de emburrada.

 Dulce: Fica linda de biquinho sabia?

 Anahi quase sorriu, mas tinha que se manter séria pra ela acreditar, se virou de costas pra ela não a ver sorrindo.

 Dulce: Eu sei muito bem que ta sorrindo ai.

 Anahi: To nada! (agora ela segurava o riso)

 Dulce a olhava se costas virada para ela, como sempre baixou os olhos para o bumbum dela.

 Dulce: Pode ficar assim, porque a visão ta ótima!

 Anahi ouviu a voz dela com o tom de malicia.

 Anahi: Mas o que você ..

 Ela virou rapidamente para frente novamente, vendo os olhos de Dulce se levantarem, com certeza tava olhando pro seu bumbum.

 Anahi: Tava olhando pro meu bumbum? (querendo rir)

 Dulce começou a rir.

 Dulce: Não tenho culpa se vira as costas pra mim.

 Anahi: Sempre foi tarada assim?

 Dulce: Como sou pelo seu bumbum, não!

 Anahi: Dulce? (sorriu abismada com a cara de pau dela)

 Dulce: O que? Ele é todo perfeitinho, proporcional ao seu corpo e empinadinho.

 Anahi a achou tão cara de pau a forma que ela falava, mas não conseguiu achar outra coisa além de fofo. Ela era tão sincera e falava de um jeito tão bonitinho que só conseguia rir encabulada.

 Anahi: Não ando mais na sua frente! (rindo)

 Dulce: Se eu for falar do resto nunca mais vai querer aparecer na minha frente então. 

 Anahi: Cara, você é muito cara de pau.

 Anahi agora ficava corada. Dulce olhava ela encabulada com sua sinceridade e ria, achando super fofo ela envergonhada agora quando ficou corada.

 Dulce: Ah, to brincando sua boba, só pra te encher o saco um pouco.

 Anahi: Você é uma besta!

 Dulce: Só elogios hein, besta, tarada.

 Anahi: Sabe como é né, é amor demais.

 Elas riam divertidas das suas brincadeiras e foram andando de volta para a moto.

 Anahi: Ah, mas a parada da minha bunda era brincadeira? Tava até me animando achando que eu tinha um traseiro bacana.

 Ela levou as mãos ao seu bumbum o apertando e rindo, fazendo Dulce rir também.

 Dulce: Não, era verdade sim, só disse que era brincadeira porque você tava começando a ficar da cor do meu cabelo. (rindo)

 Anahi: Você é uma tarada, besta e tarada!

 Elas chegaram até a moto.

 Dulce: Faço elogios ao seu corpo e me chama de tarada? Outras garotas ficariam contentes sabia? De saber que tem um corpo bonito.

Anahi: E quem disse que eu não to? To me sentindo agora com esse popô! (dando um tapinha em seu bumbum)

 Elas riram novamente.

 Dulce: Posso dar tapinha também?

Anahi a olhou como se não acreditasse na cara de pau dela.

Anahi: Olha bota esse capacete ai e vamos logo que você só fala besteiras.

Dulce ria divertida e colocou o capacete junto com ela, logo montaram e foram para outra parte daquele lugar, mas em questão de segundos chegaram, tinham uns barzinhos ali perto, Dulce estacionou a moto e desceram. Procuraram uma mesinha disponível e por fim acharam uma. Era meio de semana, mas como ainda era cedo a maioria do pessoal que saia do trabalho ia tomar uma cerveja com os amigos antes de ir pra casa, então sempre ficava cheio naquele horário. Logo um garçom veio até elas atende-las, pediram uma cerveja com muita insistência de Dulce, alegando que ia ser só uma e que não faria muito efeito sobre ela, e junto com a cerveja pediram uns petiscos pra acompanhar a bebida.

 Anahi: Eu não to acreditando que deixei você beber.

Dulce: Ah deixa de exagero Any, é só uma cervejinha, todo mundo faz isso.

Anahi: Eu quero ver se a polícia te parar se vai falar isso pra eles.

Dulce: A relaxa Any, tem que aprender a fazer algumas coisas erradas na vida sabia? Não gosta de aventuras? (rindo)

Anahi: Já vi que com você coisa errada é o que mais vou fazer.

Dulce: Você é muito certinha, anda demais na linha, e sabe o que acontece com quem anda muito na linha?

Anahi: O trem vem e passa por cima e blá blá blá. Papo bem típico de quem adora fazer uma coisa errada.

Dulce: Fala que não gostou de fazer umas coisas erradas comigo?

 Dulce sorriu maliciosa e Anahi não resistiu dando outro de volta mandando ela calar a boca.

 Anahi: Cala a boca Dulce! (tentando prender o riso) Não começa!

 O garçom se aproximou com a cerveja e as serviu, elas agradeceram e ele se retirou. 

 Dulce: Vamos brindar.

Anahi: A que?

Dulce: Não faço a mínima ideia.

 Elas se olharam rindo.

 Dulce: A gente nem bebeu ainda e já estamos rindo desse jeito.

Anahi: Pois é. Vamos brindar a isso então, a nós, a tarde divertida e essa noite que ta começando.

Dulce: Adorei! (sorriu) 

 Elas brindaram e deram um gole em seus copos.

 Dulce: Mas então, você tem paixão por cavalos né?

Anahi: Nossa, que mudada de assunto. (rindo)

Dulce: Se quiser podemos continuar o assunto que comecei então. (sorriu maliciosa de novo)

 Anahi vendo que ela ia a começar a falar besteiras de novo entrou no assunto dela rapidinho.

Anahi: Não, deixa isso pra lá. (elas riram) Mas então, tenho sim. Assim como você é com sua moto eu sou com os cavalos, principalmente o meu. Você podia andar comigo a cavalo também.

 Dulce: O que? Eu? Não, não, nem pensar!

 Anahi riu.

 Anahi: Mas porque?

 Dulce: Cara olha o tamanho daquele bicho, enorme, só de pensar me apavoro.

 Anahi gargalhava da cara de desespero e medo dela só de falar em andar.

 Anahi: Não acredito que tem medo de cavalos Dul.

 Dulce: Pois tenho, eu não sei como consegue domar aquilo.

 Anahi: Dul, é a coisa mais fácil do mundo, eles são super dóceis, amigos, companheiros.

 Dulce: Ah, mas eu já vi uns bem loucos lá na fazenda.

 Anahi ria do exagero dela.

 Anahi: Loucos?

 Dulce: É, deu o maior trabalho pro peão montar.

 Anahi: Acho que viu em algum que tava em fase de amansamento.

 Dulce: De que?

 Anahi: Amansamento Dul, quando estão amansando o cavalo.

 Dulce: Mas eles ficam 100% mansos depois? 

 Anahi: Nem todos, mas tem os que ficam totalmente mansos, são ótimos para pessoas assim como você quem não tem experiência alguma, ou tem medo. Agora os mais bravos que não ficaram assim 100% mansos, são para quem tem experiência, que estão acostumados a lidar sempre, como os pões.

 Dulce: Porque uns ficam mansos e outros ainda continuam meio bravos?

 Anahi: Porque quando são amansados tem sempre os mais digamos que rebelde. (sorriu)

 Dulce: E não podia ser tudo mansinho da paz?

 Anahi riu.

 Anahi: São animais Dul, é a natureza deles. Tipo os cachorros, sempre tem aqueles dóceis por natureza e os mais bravos, que só respeitam a quem tão acostumados.

 Dulce: Mas você disse que amansam e tal, conta mais.

 Anahi: É, os cavalos quando crescem tem que amansar pra gente poder andar, principalmente os mais bravos, dão um trabalho! Não é simplesmente colocar uma cela e sair andando. 

 Dulce: Ah saquei. Nossa, da pra ver que não entendo absolutamente nada dos animais de fazenda né? (rindo)

Anahi: To vendo! (rindo)

 Dulce: E o seu é mansinho? 

 Anahi: Ele é, e super dócil, é meu grande companheiro.

 Dulce: E costuma a andar nos que são mais bravos?

 Anahi: Sim, mas papai e mamãe nunca gostaram, porque esses cavalos assim são muito sistemáticos. E também eu tenho o meu e só ando nele.

 Dulce: Você é louca isso sim! Mas que negócio é esse de sistemático?

 Anahi riu, estava achando fofo esse jeito dela de não entender nada do que ela dizia, e estava adorando a curiosidade dela, gostava de saber que ela se interessava pelo assunto do universo dela e explicava com maior gosto. O garçom chegou até lá, serviu os petiscos a elas que agradeceram e ele saiu.

 Anahi: É assim, são sistemáticos, tipo que são .. como posso dizer pra você entender .. são meio teimosos, não é qualquer um que monta, as vezes podem querer ficar tipo..

Dulce: Naqueles rodeios? Pulando daquele jeito?

Anahi: Não exatamente, mas podem chegar a derrubar alguém. Mas não são sempre assim, é só quando cismam por isso a pessoa que for andar tem que ter muita experiência pra saber lidar e controla-los na hora, tem que saber domar bem, se não vai pro chão. (rindo)

Dulce: E depois disso tudo quer que eu ande? Nem a pau!

 Anahi ria

 Anahi: Prometo te dar o cavalo mais manso e dócil da fazenda.

Dulce: Ah não Any, deixa isso pra lá.

Anahi: Eu não acredito que uma garota que anda numa máquina daquela que é sua moto, tem medo de um cavalinho.

Dulce: Ah, mas de motos eu entendo, se eu te desse a moto e falasse pra pilotar sozinha iria?

Anahi: Claro que não, morreria de medo e nem sei andar.

Dulce: É assim que me sinto sobre os cavalos.

Anahi: Mas eu vou te ensinar a andar. Tem vários cavalos lá na fazenda, e tem os mansinhos, super fáceis de lidar, não precisa ter medo. 

Dulce: Não, deixa quieto.

Anahi: Vamos fazer uma troca, eu te ensino a andar a cavalo e você me ensina a andar de moto, assim vencemos nosso medos. Que tal?

Dulce: Sei não!

 Anahi: Se não andar a cavalo não vai poder conhecer o lugar que quero te levar pra conhecer lá na fazenda.

Dulce: Que lugar?

Anahi: Se eu falar promete ir?

Dulce: Depende.

Anahi: Fica perto de uma cabana que temos lá, mas é mais afastada, só da pra ir a cavalo e tem uma coisa lá que vai gostar muito.

Dulce: Poncho já me falou dessa cabana.

Anahi: E então? Podemos passar um fim de semana lá.

Dulce: E o que tem perto de lá que vou gostar muito? 

Anahi: Tem um rio com cachoeira, mas é pra lá da cabana, tem que ir a cavalo também, só o lago que também tem lá, que dá pra ir a pé que é praticamente do lado.

Dulce: Não da pra ir andando pelo menos da cabana até lá?

Anahi: Dá, mas ai vai levar meia hora, não compensa né.

Dulce: Ta, se é pra ir nessa cachoeira, no lago e na cabana eu topo andar a cavalo e que me ensine. Mas se eu cair eu te mato.

 Anahi sorriu e riu em seguida junto com ela.

 Anahi: Vai adorar!

Dulce: Então vai ter que dar aula como se anda de cavalo pra todo mundo da turma, porque ninguém sabe andar. (rindo)

Anahi: Eu ensino você, Christian a Mai, Poncho a Angel e a Manu o Ucker, deu certinho.

Dulce: Sua irmã ensinando Ucker? Isso não vai prestar.

Anahi: Porque?

Dulce: Capaz dele dar em cima dela.

Anahi: Ele ainda quer ficar com ela?

Dulce: Cismou que ainda vai conseguir ficar com ela.

Anahi: Eu adoro o Ucker, mas ta difícil da Manu mudar de ideia.

Dulce: Por isso mesmo ele vai querer mais ainda, homem adora uma mulher difícil. (rindo)

Anahi: Isso é verdade!