Fanfic: Volvere Junto a Ti | Tema: Portiñon

Elas seguiram conversando outros assuntos. Dulce insistiu pra beberem mais outra cerveja e Anahi não quis. Dulce então fez manha até que conseguiu, mas seria a segunda e última, depois só refrigerante. Depois de mais um tempo ali, olharam as horas e já era quase 21:00 horas. Pagaram a conta e saíram, montaram na moto foram para o outro lado próximo onde passaram à tarde. Desceram da moto a deixando estacionada e andaram mais um pouquinho e se sentaram na grama.

 Anahi: A lua ta linda né?

Dulce: Ta mesmo!

Anahi: Deve me achar uma besta né?

Dulce: Porque?

Anahi: Gosto de por do sol, olhar a lua, a estrelas, deve achar tudo uma frescura.

Dulce: Antes eu até achava tudo uma frescura mesmo. (rindo) Mas sei lá, com você eu curto, afinal quem te trouxe pra ver o por do sol hein?

Anahi: Realmente, ta me surpreendendo. Não conhecia esse seu lado.

Dulce: Tem muita coisa em mim que não conhece Any, assim como aposto que tem muitas coisas suas que não conheço.

Anahi: Acho que nos conhecemos de um jeito meio torto. Aliás, super torto.

 Elas riram.

 Dulce: Com certeza! Sem contar que nossas diferenças ajudavam também né.

Anahi: Realmente! Como somos diferentes.

 Elas se deitaram na grama, Dulce colocou as duas mãos em baixo da cabeça servindo de travesseiro olhando pro céu. E Anahi colocou apenas uma mão embaixo da cabeça e a outra mão deixou sobre sua barriga, também olhava pro céu.

 Dulce: Adoro balada.

Anahi: Prefiro barzinho.

Dulce: Prefiro a Noite.

Anahi: Eu o dia.

Dulce: Música agitada.

Anahi: Música romântica.

Dulce: Ficar.

Anahi: Namorar.

Dulce: Você é toda certinha.

Anahi: E você toda erradinha.

 Elas se olharam sorrindo.

 Dulce: Não fala assim, se não fica parecendo que não faço nada que presta. (rindo)

Anahi: Boba, você entendeu.

Dulce: Eu sei, to brincando. 

Anahi: O céu ta lindo né? Todo estrelado.

Dulce: Ta mesmo. 

 Anahi tirou a mão debaixo da cabeça e passou as mãos nos braços arrepiada, estava dando um ventinho frio.

 Dulce: Ta com frio?

Anahi: Um pouco!

Dulce: Quer ir embora? 

Anahi: Querer eu não queria, mas já vai ficar tarde, até chegarmos na fazenda, é melhor irmos né?

Dulce: Vamos então.

 Dulce se levantou dando a mão pra ela e a puxou. Foram até a moto e Anahi passava as mãos nos braços ainda. Ao chegarem perto da moto Dulce tirou a jaqueta dando a ela.

 Dulce: Toma, veste.

Anahi: Não precisa Dul.

Dulce: Veste ta toda arrepiada de frio.

Anahi: Mas já vai passar.

Dulce: Vai não, vamos montar na moto e vai fazer mais frio ainda.

Anahi: Mas e você?

Dulce: Eu não to com frio, veste vai.

Anahi: Mas vai sentir na moto.

Dulce: Para de ser teimosa e veste logo? Eu to acostumada, vivo de moto pra lá e pra cá, você ta mais acostumada com carro.

 Anahi acabou pegando a jaqueta e vestiu, se ela era teimosa, Dulce era pior. Assim que vestiu sentiu o cheirinho de Dulce nela.

Anahi: Obrigada!

Dulce: Por nada! Caiu bem em você.

Anahi: Agora to me sentindo a motoqueira. 

 Elas riram.

 Dulce: Deixa eu concertar essa gola aqui.

 Dulce levou as mãos a jaqueta ajeitando. Ao ir ajeitando Anahi ficou reparando os lábios dela, seu rosto, seus traços, os cabelos ruivos caídos pelos ombros e camisetinha branca dela, desceu mais os olhos olhando seus seios pela blusa, sentia melhor seu perfume. Sentiu vontade de abraça-la, se lembrou dos beijos que já trocaram, das vezes que transaram, não sabia o que estava dando nela com essa vontade de puxá-la e sentir o corpo dela junto ao seu. Olhou os braços de Dulce e estavam arrepiados.

 Anahi: Dul, ta toda arrepiada.

 Levou as mãos passando nos braços dela, sentindo eles arrepiados, como se quisesse aquecê-los.

 Dulce: Ta tranquilo Any! 

 Dulce ainda tinha as mãos na jaqueta ajeitando, ao sentir as mãos de Anahi em seus braços já não sabia se estava arrepiada pelo ventinho frio ou pelo toque dela. Engoliu seco, desde que estava ajeitando a jaqueta tentou se concentrar somente nisso e ignorar aqueles lábios rosados na sua frente e o cheiro do perfume dela.

 Anahi: Não é justo passar frio por minha causa.

 Dulce agora segurou na jaqueta na altura do pescoço dela apertando dando uma sacudida de leve brincando com ela.

 Dulce: Deixa de ser teimosa!

 Elas sorriram se olhando nos olhos, estavam bem próximas uma da outra e ficar se olhando nos olhos assim era perigoso. Dulce sentiu vontade de puxar ela por aquela jaqueta e beijá-la, mas como havia prometido a si mesma que não iria se render aos seus desejos pelo que ela estava passando, a muito custo decidiu se afastar dela. Afrouxou as mãos na jaqueta dela para tirar, mas no mesmo momento Anahi levou suas mãos sobre as dela, apertou de leve como sinal de quem não era pra ela tirá-las dali. Dulce voltou a olha-lá nos olhos tentando entender sua atitude.

 Elas se olhavam com intensidade, suas respirações aumentavam juntas, Dulce viu aqueles olhos abaixarem até sua boca, depois que voltaram a olhar os seus olhos, não aguentou mais e a puxou pela jaqueta devagar pra ver sua reação, se ela não iria hesitar. Mas ela não fez nada além de se aproximar mais, não demorou muito e seus lábios selaram, logo os abriu dando espaço a língua, o beijo era tão desejado por ambas que não quiseram perder tempo com nada. Anahi tirou suas mãos das de Dulce e passou em volta do seu pescoço a abraçando e puxando mais para o beijo, Dulce levou as mãos por dentro da jaqueta a abraçando pela cintura, a puxando mais para si.

Dulce encostou na moto meio que se sentando e sem parar o beijo, seguiram se beijando, o beijo era calmo, mas intenso. Depois de uns minutos de beijando Dulce passava as mãos pelas costas dela acariciando e a puxando mais contra seu corpo, sentiu vontade de descer mais as mãos até o bumbum dela e apertá-lo, mas iria se comportar, apesar que a tentação era enorme e difícil de controlar ao sentir ela a beijando daquela forma. Anahi acariciava a nuca dela com as pontinhas das unhas causando arrepios nela e não era de frio. Dulce levou as mãos por debaixo da blusa dela e estavam gelada pelo frio, Anahi contraiu o corpo puxando o ar, as duas sorriram entre o beijo.

 Anahi: Suas mãos estão geladas!

 Ela fechou os olho sentindo elas percorrerem suas costas. Dulce levou a boca ao ouvido dela sussurrando.

 Dulce: Deixa eu esquentar elas aqui.

 Anahi se arrepiou dos pés a cabeça e já não sabia se era pelas mãos geladas dela, pelos toques ou pelo sussurro dela em seu ouvido o que a fez ofegar. Dulce aproveitou e levou os lábios a lateral do pescoço dela dando beijinhos, depois foi dando Chu..padinhas de leve, havia prometido a si que não avançaria o sinal pelo momento que Anahi estava passando, mas era difícil cumprir esse tipo de coisa sentindo ela junto ao seu corpo, não conseguia controlar seus desejos.  Anahi se arrepiou mais sentindo as pernas amolecerem e apertou de leve os cabelos de Dulce na região da nuca. 

O beijos de Dulce no pescoço de Anahi foram ficando cada vez mais intensos, Dulce deslizou uma mão das costas dela para a barriga, acariciou e depois passou a pontinha das unhas, fazendo Anahi contrair a barriga. Depois subiu a mão até um seio dela por cima do sutiã e o apertou, depois começou a massageá-lo, ambas estavam ofegantes e excitadas já. Então Anahi segurou a mão dela a muito custo.

 Anahi: Não Dulce, é melhor a gente parar. (ofegante)

 Dulce até ia perguntar o porque, mas esse porque era óbvio. Com muito esforço tirou seus lábios do pescoço dela, em outros dias insistiria como sempre fez, mas se lembrou de que avançou o sinal e que era mesmo melhor parar. Devagar tirou sua mão da blusa dela e a olhou.

 Dulce: Desculpa, eu deveria ter me contido.

Anahi: Não tudo bem, afinal você não beijou sozinha.

 Ela se afastou um pouco de Dulce, meio sem jeito.

 Anahi: Eu também provoquei.

Dulce: De qualquer forma eu devo respeitar o momento que ta passando.

 Anahi passou as mãos nos cabelos e agora sentia calor dentro daquela jaqueta. Dulce sentia o vento bater nela, também mexeu nos cabelos os tirando dos ombros e colocando para trás, assim batia melhor o vento e quem sabe o frio que vinha dele não amenizava esse fogo que tava dentro dela.

 Anahi: Bom, acho que podemos ir né?

Dulce: Ah sim, claro. Vamos!

 Ambas estavam meio sem jeito e sem saber como agir agora. Colocaram seus capacetes, Dulce suas luvas e montou na moto a ligando e logo Anahi montou, novamente colocou as mãos na lateral do corpo de Dulce, mas quando ela saiu com a moto logo acelerou e então a abraçou por completo e seus corpos ficaram juntinhos de novo. Dulce novamente deu um sorriso safado.

 Um certo tempo depois chegaram na BR, Dulce correu mais, então o frio aumentou e estava um vento gelado contra elas, e com aquela camisetinha estava quase congelando, ainda bem que as luvas aqueciam suas mãos, assim pilotava tranquilamente. Anahi mesmo com a jaqueta sentia o vento, mas estava mais aquecida pela jaqueta de Dulce e morreu de pena dela por estar tomando aquele frio.

 Anahi: Dul, veste sua jaqueta. (falou alto por causa do vento)

Dulce: Não precisa! (falou alto também pelo vento)

Anahi: Vai congelar!

Dulce: Logo a gente chega.

 Mais algum tempo na BR e finalmente chegaram na entrada da estrada da fazenda, agora era estrada de terra. Mais um bom tempo e finalmente chegaram a fazenda, Dulce já estacionava a moto perto da casa na garagem. 

 Depois entraram dentro de casa, Marichelo e Daniel assistiam televisão.

Anahi: Boa noite mamãe, Daniel.

 Eles responderam e Dulce nem disse nada a eles.

 Marichelo: Como foi o passeio meu amor? Se divertiram?

 Anahi: Bastante. (sorriu) 

 Daniel: Que bom! 

 Dulce: Vou subir, boa noite pra vocês!

 Dulce não gostava muito de ficar no mesmo ambiente que Marichelo e Daniel juntos e antes que começassem a fazer mais perguntas do passeio resolveu sair antes. Anahi apenas a olhou subir as escadas e se aproximou do sofá se sentando.

 Marichelo: Vai minha filha, conta tudo. (empolgada)

 Anahi: Como assim mamãe? (rindo)

 Marichelo: Sobre o passeio, sobre estarem se dando bem. Ai finalmente estão se tornando amigas, vão ser como duas irmãs.

 Anahi ao ouvir a mãe dizer irmãs sentiu até um remorso por ela achar isso, pois de irmã ela e Dulce não tinha era nada. 

 Anahi: Mamãe, menos! (sorriu sem jeito)

 Daniel: Porque não Any?

 Anahi ficou sem saber o que dizer.

 Anahi: Bom, é que .. a gente ta começando agora a se dar bem, então vamos ver né, não podemos esquecer que ela não aceita o casamento de vocês dois e a gente sempre entra em conflito por causa disso, como na segunda-feira aqui na sala quando brigamos.

 Marichelo: Mas tenho fé que tudo se ajeitará.

 Daniel: Temos que pensar positivo.

 Anahi: Bom, eu vou ir pro meu quarto também, to cansada. Boa noite pra vocês!

 Ela deu um beijo na mãe e outro em Daniel e subiu para o seu quarto. Mas antes de entrar nele bateu na porta do quarto de Dulce. Sem demora Dulce abriu a porta.

 Anahi: Posso entrar?

Dulce: Claro!

 Dulce deu espaço e ela entrou, e fechou a porta.

 Anahi: Porque não ficou mais na sala?

Dulce: Você sabe Any.

 Dulce estava um pouco séria, não conseguia de jeito nem um gostar do casamento do seu pai com Marichelo e da mesma.

 Anahi: Não gosta de ver o Daniel com a mamãe né? Percebi que evita ficar no mesmo ambiente em que os dois estão juntos.

Dulce: Verdade! Eu não engulo esse casamento.

Anahi: Mas Dulce ..

Dulce: Olha Any, eu acho que não é uma boa ideia a gente querer falar disso. A nossa tarde foi tão boa, não vamos estragar agora.

Elas estão fofinhas né???