Fanfic: S i x t e e n | Tema: Personagens Originais

Droga. Pensei melhor. Empinei minha bunda e saí rebolando para fora com as cervejas na mão, resultado: Tropecei e cai de bunda pro alto nos pés do Jake.

— Cuidado... — Ele riu com a garota.

— Desculpa. — Eu disse com o rosto avermelhado.

— Tudo bem... — Ele riu novamente. — Ei... Rachel. O que você acha de subirmos? Aqui está um pouco movimentado. — Ele deu uma mordidinha no lábio inferior.

— Tudo bem. — Rachel disse ao depositar um beijo no pescoço de Jake. Eles subiram e me deixaram só.

Jacob nem havia se lembrado de mim. Peguei outras duas garrafas, já que na queda as outras haviam quebrado, e fui em direção ao Thomas que ainda fumava seu cigarro do lado de fora.

— Demorou viu. — Ele disse pegando uma garrafa de minha mão, abrindo-a e começando a tomar também.

— Será que você pode... — Apontei meus olhos para minha garrafa envergonhada.

— Você... Bebendo cerveja? — Ele riu. — Essa eu pago pra ver. — Ele abriu minha garrafa e me entregou a mesma.

Observei-a por um instante desconfiada, mas logo meti um gole goela abaixo. Um gosto horrível me invadiu, disfarcei a careta e soltei o que Thomas queria ouvir:

— Até que não é tão mau.

Thomas gargalhou.

— Ei Thommy. O que você acha da gente ir comer aquela pizza?

— Ih... O que houve pra você desistir da festa assim tão rápido?

Pensei em dizer: “Ah, Jake me convidou, mas sequer lembrou-se de mim. E alias, subiu pra algum quarto para trair Nina com a Rachel do colégio. Rs.” Mas...

— Sei lá. Só acho que a pizza seria mais interessante.

Thomas arqueou a sobrancelha, tragou a ultima vez o seu cigarro e me chamou para irmos até a pizzaria.

(...)

Na pizzaria ocorreu tudo bem. Conversei muito com o Thomas e percebi porque éramos melhores amigos há tanto tempo, rs. Thomas também era dois anos mais velho que eu, o conheci por meio da Thereza que já era amiga dele há algum tempo. Depois voltamos para casa e fomos dormir, pois, na manhã seguinte Thomas me ensinaria a surfar.

— Bom dia flor do dia! — Thomas pulou em cima de mim.

— Só mais cinco minutinhos... — Eu disse enquanto abria meus olhos que ardiam com a claridade do raiar do dia.

— Em cinco minutinhos te quero lá embaixo tomando café da manhã pra gente começar a surfar hein. — Thomas beijou minha testa e se retirou do quarto.

Levantei preguiçosa, fui até o banheiro e tomei um banho rápido só para refrescar o corpo. Coloquei um biquíni colorido com um blusão meio transparente. Prendi meus cabelos numa trança baixa, calcei um par de sandálias, coloquei uma regatinha branca leve e desci para o café.

Thomas já havia ido para a praia. Tomei um café leve e desci para a praia. Como estava bem cedo ainda à praia estava vazia e ao longe eu só via Thomas rasgando as ondas com a Lizzie, sua prancha. Ventava um pouco, mas o sol estava até sendo bem generoso fazendo com que a ventania ficasse abafada. Avistei as coisas do Thomas na areia e corri até lá. Tirei as sandálias preguiçosamente. Eu estava morta de preguiça.

Thomas narrando:

Eu estava voltando a terra firme já que havia acabado o prazo máximo de tempo que eu dei a Anna. E bom, antes de eu chegar a terra, a vi. Cara, como ela conseguia ser assim? Tão esplendidamente linda? Ela só tinha 15. Eu já tinha 19. Daqui a 12 dias seria o aniversário dela. Enfim, a pele dela estava um pouco bronzeada por conta do tempo de exposição ao sol... Fazendo-a ficar mais linda do que ela realmente é. Ela é sim a minha melhor amiga, mas a minha paixão por ela é... Incontrolável.

Anna narrando:

— Quando eu pegar o jeito vou conseguir fazer manobras igual você? — Perguntei animada.

— É... Igual ao expert aqui, nunca. Mas quem sabe né. — Thomas gargalhou. Bati em seu braço.

— Babaca. — Sorri desconcertada e enfim ele começou a me dar aulas.

Em terra firme mesmo, Thomas me ensinou algumas coisas básicas e depois fomos juntos para o mar. Tentei pegar algumas ondas, mas é claro que foi uma coisa bem, mas bem, mas bem mesmo fracassada.

— Ai Thomas, desisto. Vamos voltar para a terra vai, olha ali — Eu disse apontando para nossas coisas. — O casalsinho já acordou. — Eu ri.

— Como você é fraca viu. — Thomas me derrubou da prancha e voltou remando para a terra.

— Idiota! — Eu gritei rindo.

Tirei minha blusa dentro d’água mesmo e dei um mergulho. Eu adorava ficar dentro d’água... Era uma sensação maravilhosa! Sai de dentro d’água arrumando meus cabelos.

— Oi.

Estremeci ao perceber quem estava perto de mim.

— Oi. — Eu disse tímida.

— Está aprendendo a surfar? Gosto de garotas que gostam de esportes... — Jake Ryan disse.

— É... Meu melhor amigo está me ensinando a surfar. Adoro o contato com o mar, com a água. — Sorri.

— Ah... E eu posso saber o nome da próxima surfista da área?

Fiquei perplexa.

— É Anna. — Observei-o abismada.

— Anna... Nome bonito, sou Jake. — Ele estendeu a mão.

Olhei-o ainda mais perplexa. Ignorei sua tentativa de aperto de mãos e segui em direção à Thereza, Phellipe e Thomas.

— Idiota. — Sussurrei para mim mesma.

Cheguei onde eles estavam irritada. Jake era realmente um idiota! Argh.

— Que foi? — Thereza perguntou rindo.

— Nada. — Respondi seca.

— Vimos você surfar, você até que leva jeito. — Phellipe disse sorrindo para mim.

— Ah. — Sorri seca. Levantei bruscamente e sai em direção ao quiosque.

— Que foi Anna? — Thomas segurou meu braço quando chegou perto de mim.

— Nada.

— Nada ou Jacob? — Ele perguntou irritado.

— Não é nada, Thomas! — Puxei meu braço.           

— Ta bom Anna, ta bom. Quer ficar se iludindo porque ele falou com você uma vez o problema é seu. — Thomas voltou para seu lugar, irritado.

Pedi uma água de coco para Marco e fiquei tomando-a encostada ao balcão mesmo. Quando me acalmei voltei para onde eles estavam, na hora que cheguei Thomas se afastou. Garoto confuso!

— Porra Anna, qual é o seu problema? — Thereza me perguntou um tanto irritada.

— Não posso ficar irritada?

— Ficar irritada por se iludir com Jake, pode. Mas descontar na gente o que aquele babaca faz, não.

— Therez.. — Ela me interrompeu.

— Olha só Anna. Para tá? — Ela se levantou. — Vem Phellipe.

Phellipe arqueou a sobrancelha para mim e seguiu Thereza. Era raro ela se irritar comigo dessa maneira e, admito, que aquilo doeu em mim. Eu deveria ter sido mesmo uma malvada idiota.