Fanfic: DOCE VINGANÇA DE AMOR - ADAPTADA (FINALIZADA) | Tema: PONNY, Mentiras, Intrigas, Drama, Romance

— Mas ele me deu a chave do apartamento...

— Ele lhe deu a chave... E você claro tentou abrir a porta com ela? — Ele riu outra vez. — Alfonso tem uma gaveta cheia de chaves, é seu método favorito para se livrar de romances fortuitos sem grande escândalo. Eu devia saber... é meu melhor

amigo e está noivo de minha irmã. Mas, se não acredita, vá em frente e descubra por si só.

— Noivo de sua irmã! — sussurrou Gio. Horrorizada, entendeu que a moça na fotografia era a noiva de Xavier.

De repente, o homem segurou-a pelo braço.

— Você está bem? Ficou pálida... Venha sentar-se, você levou um choque.

Gio, atordoada, deixou-se levar até o sofá.

— Permita que eu peça desculpas pelo meu compatriota. Eu não tinha percebido, mas você é bem mais jovem do que as mulheres que ele costuma levar para a cama.

— Mas a sua irmã... Você não se importa? Quero dizer... Bem, você sabe que Alfonso está sendo infiel...

Ele deu uma risada.

— A família de Alfonso é uma das mais antigas de Sevilha. Seus ancestrais eram uma mistura de mouros e espanhóis. Ele é tradicional, a noiva deve ser virgem na noite de núpcias. Ou seja, até o casamento, ele não está sendo infiel, mas simplesmente saciando uma necessidade masculina. Isso não significa nada para ele e Cátia entende. Embora, às vezes, como agora, eu me en­vergonhe de seu comportamento. Estou vendo que você não é um tipo mundano e mais uma vez peço desculpas.

Gio estava muda, de choque e horror. Sebastian chamou um táxi e, dez minutos depois, ela estava de volta ao hotel.

Como um autômato, cumpriu o compromisso de desfile para a realeza e, de quebra, ficou sabendo detalhes da vida desre­grada de Xavier através de Sérgio, o estilista. Ele até comentou que o vestido que ela usara na noite anterior já fora pago.

De volta ao hotel, conseguiu passagem para Londres num vôo das quatro e meia. Antes de sair, o telefone tocou.

— Gio, o que está acontecendo? — vociferou Alfonso. — Você deixou a chave...

— Não preciso da chave, nem de você. Adeus. — Ela desligou. O telefone voltou a tocar, mas ela pegou a mala e deixou aquele quarto de hotel pela última vez.