Fanfic: DOCE VINGANÇA DE AMOR - ADAPTADA (FINALIZADA) | Tema: PONNY, Mentiras, Intrigas, Drama, Romance

CAPÍTULO X

Café da manhã, ou meio-almoço... Como quer que se chamasse, foi uma refeição agradável. Anahi surpreendera-se ao ver que a cozinha era ampla e muito moderna, destoando completamente do resto da casa. Para com­pletar, assim como na noite em que se conheceram, Alfonso mostrou-se excelente cozinheiro.

— O presunto com ovos mexidos estava ótimo — elogiou ela, saboreando a última porção.

Do outro lado da mesa de aço inoxidável, ele a observava satisfeito.

— Então, deixe-me surpreendê-la novamente. Vá pegar a sua bolsa e um biquíni. Vamos viajar por alguns dias.

— Viajar! — Anahi arregalou os olhos, pasma. — Para onde?

— Tenho uma vila em Marbella. Fica a pouco mais de duas horas de carro e no litoral deve estar um ou dois graus mais fresco do que aqui.

— Mas por quê? Chegamos ontem e minhas roupas todas já estão penduradas. Vou levar um bom tempo arrumando tudo.

Os olhos castanhos dele brilharam.

— Francamente, Anahi, pode-se comprar qualquer coisa em Marbella. É a capital da alta sociedade da Europa. — Ele ergueu o sobrolho, desdenhoso. — A menos, claro, que queira que eu suba e a ajude. Isso poderá retardar a nossa partida indefinidamente.

Ele parecia muito civilizado e sofisticado, pensou Annie, sen­tindo os seios intumescerem contra o sutiã. Alfonso estava ha­bituado a trocar indiretas sexuais à mesa com a companheira do momento. Annie imaginou se ele imaginava quão tentadora era sua oferta casual.

— Decida-se, Anahi.

O tom provocativo colocou-a em ação. Ela afastou a cadeira e levantou-se.

— Dê-me dez minutos.

A vila fora construída num terraço encravado na colina, parecia pairar sobre Marbella e, para surpresa de Annie, era nova. Chegava-se lá por uma estrada tortuosa arborizada. Ti­nha-se a impressão de que a propriedade se pendurava na borda de um penhasco.

— Mas é fantástico. — Anahi saltou do carro e deu uma olhada ao redor. Não havia jardim da forma tradicional. Alfonso estacionou numa garagem sob o prédio principal. Degraus de madeira levavam a uma plataforma de nove metros de largura que circundava três laterais da casa, sustentada por pilares de doze metros que desciam até encontrar a fundação. — Pe­rigoso, mas fantástico — acrescentou ela, enquanto a acompa­nhava com sua pequena bagagem de mão.

— A vida é perigosa. Pegamos o que podemos e quando podemos — opinou Alfonso, cínico.

O que fizera agora?, imaginou Annie, vendo-se num saguão com piso cerâmico.

Havia duas portas no saguão. Alfonso abriu uma delas.

— A cozinha. — Então, passou por ela e abriu a outra. Mais uma vez, Anahi o seguiu. Aquilo se tornava um hábito,

pensou ela, aborrecida, enquanto Alfonso atravessava a sala ampla até a porta no outro extremo.

Deliberadamente, ela parou e olhou ao redor, boquiaberta. De uma janela de vidro que ocupava toda uma parede, tinha-se uma vista inacreditável. Abriu a porta deslizante e saiu à pla­taforma. Não imaginava como haviam construído aquilo, mas contornou uma piscina retangular e, mais adiante, uma ba­nheira de água quente. Na beirada da plataforma, apoiou-se no corrimão e observou a paisagem. Avistou os prédios brancos de Marbella, a marina enorme e, além, o azul límpido do mar estendendo-se até o horizonte.

— Uma cidade movimentada talvez não seja a melhor es­colha para uma lua-de-mel — comentou Alfonso, aproximando-se por trás. — Mas, com a saúde debilitada de meu pai, não quero deixar o país no momento.

— Eu entendo. — Ela se sentiu tonta e cambaleou. Ele a amparou.

— O que foi? Anahi? Ela meneou a cabeça.

— Nada. É só o calor. Gostaria de nadar.

— Boa idéia. Tenho que dar alguns telefonemas e, então, posso lhe fazer companhia.

Só havia um quarto com a mesma vista da sala. Anahi despiu-se, vestiu o biquíni preto, prendeu os cabelos, abriu a porta de vidro deslizante e voltou à piscina. Alfonso já não estava mais ali.

Mergulhou e imediatamente a água lhe refrescou a pele. Após algumas braçadas, porém, concluiu que nada esfriaria o que sentia por Alfonso. Então, fechou os olhos e ficou boiando com os braços abertos. Estava casada com o homem que amava e talvez até estivesse grávida.

Então, sentiu-se puxar violentamente para baixo. Seguiu-se uma confusão de braços e pernas enquanto ela se esforçava para emergir. De novo na superfície, esfregou os olhos.

— Por que fez isso? — protestou, irritada, agarrando-se aos ombros largos para não afundar novamente.

Alfonso não respondeu, simplesmente agarrou-a pela cintura e a beijou com sensualidade. Anahi sucumbiu instantaneamente e respondeu com o mesmo ardor.

— Estive observando-a nos últimos dez minutos e quase fiquei louco. — Beijou-lhe o pescoço e então a fitou. — Eu a quero... agora.

Alfonso saiu da piscina e ajudou-a a sair também. Anahi não teve tempo para pensar. Ele lhe arrancou as duas peças de algodão que usava, despiu o short e a fez se deitar na plataforma de madeira. Ali mesmo, tomou-a. Foi tão prazeroso que Anahi pensou ter desmaiado. Então, não satisfeito, Alfonso levou-a para dentro e tomaram banho juntos. A seguir, foram para a cama...

Anahi abriu os olhos. Estava escuro. Sentou-se na cama e olhou pela janela. A casa ficava num ponto tão elevado que só se via o céu.

— Anahi... — Alfonso mexeu-se a seu lado e se soergueu. — Ainda está aqui? — Agarrou-lhe o antebraço.

— Claro, só estou pensando como aqui é tranqüilo e silen­cioso. — comentou ela, e Alfonso afrouxou o toque.

— Fico contente que tenha gostado — murmurou ele, beijando-a no pescoço.

— Não! Não permitirei que me beije enquanto não me ali­mentar. — Com isso, Anahi o empurrou.

Em tempo recorde, estavam no carro a caminho da cidade. Alfonso estacionou e ajudou-a a saltar.