Fanfic: DOCE VINGANÇA DE AMOR - ADAPTADA (FINALIZADA) | Tema: PONNY, Mentiras, Intrigas, Drama, Romance

Annie sentiu-se corar e, valente decidiu estudar o homem alto a sua frente. Ele era forte e não tinha um grama de carne supérflua no corpo. Vestia smoking preto para jantares formais, camisa branca de seda e gravata borboleta preta. Alfonso parecia exatamente o que era: um magnata dos negócios, bem-sucedido, que financiava uma

equipe de carro de fórmula um como hobby. E, naquele momento, agia como um conquistador, como se não fosse casado!

— Obrigada — murmurou, recuperada do choque de ser apresentada ao homem que esperara jamais rever.

Então, reparou em algo que o choque não lhe permitira minutos antes. O rosto bonito apresentava algumas diferenças. Tinha uma cicatriz da orelha ao maxilar marcando a pele morena outrora perfeita. Médica, percebeu que ele se submetera a um transplante de pele havia algum tempo, provavelmente por causa de quei­madura. A pele que envolvia a cicatriz era mais clara, sendo que o corte avançava para dentro do colarinho da camisa.

— Creio ser o seu par esta noite, Anahi. Posso chamá-la assim? — Ele ergueu o sobrolho, interrogativo. — A menos que prefira outro nome...

— A maioria das pessoas me chama de Annie, com exceção de meus tios, mas não tenho preferência. — Annie estreitou o olhar. Alfonso a reconhecera? Não tinha certeza. Ainda era ado­lescente quando se conheceram, bem mais magra, e usava os cabelos curtos e mais escuros. O sol da África os clareara. Ele já era um homem maduro de vinte e nove anos, mas os dez anos a mais não lhe prejudicaram a aparência, com exceção da cicatriz.

— Com sua permissão, vou chamá-la de Anahi. É um nome tão feminino... fica bem em você.

Ele não perdera o charme, reconheceu Annie. E, felizmente, não parecia saber quem ela era. Por que deveria? Para Xavier, ela fora apenas uma diversão de uma noite, entre centenas de mulheres. Superestimara-se acreditando que ele se lembraria. Além disso, Alfonso a conhecera por seu nome de modelo.

— Como queira — respondeu, ciente demais do escrutínio masculino intenso.

— Ora, tio Alfonso não monopolize a minha futura prima. A coitada vai morrer de sede assim! — Jamie ofereceu-lhe uma taça. — Champanhe, Annie?

Contente com a interrupção, ela se voltou e aceitou a bebida com um sorriso.

— Um brinde! — propôs Jamie, olhando para os presentes na sala. — A Ann e a mim, já que ninguém brindou até agora.

Seguiram-se cumprimentos e comentários espirituosos, e Annie aproveitou para juntar-se a tia Jean. Mesmo assim, sen­tia-se observada. Talvez devesse admitir a Alfonso que já se conheciam, de modo que pudessem conversar como velhos ami­gos. Não... nunca foram amigos. Foram amantes!

Franziu o cenho à lembrança. Sentiu uma dor no coração, como que trespassada por uma agulha quente, e teve que olhar para o homem que lhe causava o desconforto. Ele usava os cabelos pretos um pouco mais compridos e agora, e tinha fios prateados nas laterais junto às orelhas. Linhas de rugas nos olhos e nos cantos da boca completavam o semblante, mas ele continuava o homem mais bonito que já vira... Naquele mo­mento, Alfonso pediu licença ao cunhado e seguiu na direção dela. Como um coelho capturado por faróis de carro, ela não conseguia desviar o rosto. O que estaria acontecendo? Já apren­dera a lidar com situações desse tipo. Para seu desânimo, Alfonso passou reto e foi ao encontro de tia Jean e tio Alex.

— Alex, Jean. O táxi chegou e, se estiverem prontos, pode­mos ir. — Só então Alfonso a olhou. — Nós quatro podemos ir no mesmo carro, Anahi, se estiver de acordo.

— Sim, claro. — O que mais ela poderia dizer?

— Tem certeza? — perguntou ele, deliberadamente. — Tive a impressão de que não conseguiu fugir de mim com suficiente rapidez — ironizou. — Espero ter me enganado.

— Está — respondeu ela. — Podemos ir? Estou faminta. Mais uma vez, ele lhe apreciou o corpo.

— Sei como é. Meu apetite também aumenta a cada instante. Ela lhe lançou um olhar de advertência. A última coisa que

queria era passar a noite na companhia de Alfonso e quase gemeu ao perceber que seriam um par durante todo o final de semana. Ela só partiria na segunda-feira, para se hospedar uma semana ou duas com os tios. Sua outra mala estava no carro, com pilhas de livros que planejava ler havia anos.

— Quando você volta à Espanha? — indagou ela, deselegante.

— Ora, Anahi... Acabamos de nos conhecer e parece que não pode esperar para me ver partir — reclamou ele, tomando-lhe o cotovelo.

— Na verdade, não. Só estava tentando conversar educa­damente — defendeu-se ela.

— Desculpe-me, não conheço muito bem as amenidades sociais da língua inglesa. — Ele inclinou a cabeça e sussurrou junto a seu ouvido: — Talvez você possa me ensinar. — Liberou-a, per­mitindo que seus tios se acomodassem primeiro no táxi.

Felizmente, só levaram dez minutos para chegar ao hotel. Annie olhou para o homem que conversava tão simpático com seus tios.

— Anahi já esteve na Espanha — comentou a tia, para sobressalto da sobrinha.

— De férias — improvisou Annie. Não queria que mencio­nassem que já fora modelo. Isso poderia despertar as lembran­ças daquele homem arrogante.

— Então, já visitou o meu país, Anahi? Onde ficou?

— Oh, fiquei em Barcelona... uma cidade maravilhosa — respondeu ela, gélida.

— Concordo. Eu costumava ir a Barcelona todos os anos para as provas da Fórmula Um. Mas não vou lá há alguns anos.

— Você pilotava carros de corrida? — indagou Alex, entusiasmado.

— Não. Eu patrocinava uma equipe — esclareceu Alfonso. — Mas infelizmente outros compromissos surgiram e eu não tinha mais tempo. Ainda adoro carros e tenho uma coleção em casa.

— Viu o carro de Anahi? É uma beleza. Alfonso voltou-se para Annie.

— Sim, eu vi... um clássico. — Encarou-a. — Diria que é um carro veloz para uma dama.

— Uma observação chauvinista para o século vinte e um, eu diria — rebateu Annie.

— Você não é uma daquelas feministas que pensam que os homens servem só para uma coisa, não é?

— E se for? — desafiou ela.

— Foi brincadeira — desculpou-se ele, enganchando uma mecha de seus cabelos na orelha, irritando-a ainda mais.

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Olá my Princess, é com grade satisfação que estou com nova adaptação, li esse romance a um tempo atras, e assim que o li, imaginei meu casal preferido representado-os, espero que gostem da história assim como eu, aceito sugestões de livros para adaptação.

Como sempre deixo meu contato: 62 91361678 whatts

Boa leitura!