Fanfic: DOCE VINGANÇA DE AMOR - ADAPTADA (FINALIZADA) | Tema: PONNY, Mentiras, Intrigas, Drama, Romance
CAPÍTULO XI
Com a visão embaçada devido às lágrimas, Annie avançou um passo e lançou um punhado de terra sobre o caixão. Dom Pablo, que fora seu consolo nas últimas cinco semanas, estava morto e prestes a ser enterrado.
Na volta da lua-de-mel, mudaram-se para a suíte master na casa da fazenda e Alfonso continuou tratando-a como antes do casamento: atencioso na frente das outras pessoas, rude nos raros momentos em que ficavam a sós. A noite, na cama imensa, ele perdia o controle e entregava-se à paixão que ardia entre ambos. Mas não era amor... e nas últimas três semanas nem isso tinha havido, pois passaram a ocupar quartos distintos.
Anahi dedicara boa parte de seu tempo a dom Pablo, cuidando dele, recebendo em troca algumas aulas de espanhol. Fazia duas semanas que estavam na fazenda quando Alfonso foi a Sevilha deixando-a com o pai dele. Dom Pablo piorou e o Dr. Cervantes perguntou a Anahi se poderia lhe aplicar morfina para aplacar a dor. De volta à fazenda, Alfonso propôs que dormissem em quartos separados, pois não queria prejudicar as poucas horas de sono de que ela dispunha, tendo de cuidar de um ancião doente o dia todo. Ela acreditava que ele voltara a se encontrar com a amante, mas nunca comentou nada.
Em compensação, pudera conhecer melhor dom Pablo, passando a amá-lo como se fosse seu pai. Ele a encantara com histórias da infância de Alfonso e, na noite anterior à morte, o sogro a fez prometer que não abandonaria seu filho. Parecia sentir que o casamento não ia bem.
Ela sorrira triste e recolhera uma lágrima com a mão trêmula. Sentiria falta do velho patriarca. Ao menos, consolava-se sabendo que ele morrera em paz, guardando o segredo que ela lhe revelara.
Anahi deu as costas à sepultura e voltou a seu lugar, ao lado de Alfonso. Ele nem sequer lhe ofereceu o braço em conforto. Permanecia rígido, as emoções guardadas, o olhar gélido sobre a última morada de seu pai. Depois, todos voltaram para os carros e foram até a casa da fazenda.
Uma hora depois, Anie circulava entre os parentes e amigos de luto e surpreendeu-se com o prestígio de dom Pablo, cujo funeral atraíra até representantes do governo. Olhou ao redor, verificando se tudo estava em ordem. Mesas com alimentos espalhavam-se pelo pátio. Havia champanhe, tudo conforme o pedido de dom Pablo. Ele não queria que os amigos chorassem por ele.
Um movimento à esquerda chamou-lhe a atenção. Viu o marido parado, alto e sombrio em seu terno preto, com uma moça escandalosa, de vestido preto curto e decotado, que chorava se agarrava ao braço dele.
Anahi contraiu os lábios, desgostosa. Alfonso tivera o desplante de levar a amante para casa! De repente, Alfonso voltou o rosto e captou seu olhar. Ela ergueu o sobrolho, desprezando-o abertamente. Como podia desrespeitar a esposa no dia do enterro de seu próprio pai? Raivosa, foi para os fundos da casa.
Precisava pensar e a tranqüilidade relativa do amplo terraço ajardinado que levava ao lago era o lugar ideal. Sentou-se num banco de madeira estrategicamente colocado, o lugar favorito de dom Pablo, e contemplou as águas azuis brilhantes. O calor não estava tão intenso e a vegetação apoiada nas treliças fornecia uma sombra agradável. Suspirou e alisou a saia de linho preto. Inclinou a cabeça para trás, fechou os olhos e girou a cabeça sobre os ombros vagarosamente, tentando aliviar a tensão na espinha. Foram semanas estressantes. Gemeu de desgosto...
— Posso ficar aqui? Ela abriu os olhos.
— Sebastian. — Não queria falar com o homem, mas as boas maneiras impunham-se. — Se quiser.
Ele sorriu e sentou-se a seu lado. De repente, Anahi percebeu um fato. Estava cansada de ser educada, de fazer o que os outros esperavam dela. Aos poucos, perdia a integridade mantendo aquela farsa cheia de mentiras e segredos. Farta, levantou-se.
— Na verdade, não é bem-vindo — disse a Sebastian. — Como se atreveu a dizer a Alfonso aquelas mentiras sobre mim? Quem lhe deu o direito de agir como todo-poderoso sobre a vida das outras pessoas?
Sebastian franziu o cenho.
— Então, ele lhe contou.
— O que esperava? Ele é meu marido. — Annie queria saber exatamente o que Sebastian fizera há dez anos. — Você contou que tinha dormido comigo. Como se atreveu?
— Eu sei. Desculpe-me, mas você era uma estranha, e eu e Alfonso éramos amigos desde crianças. Além disso, ele é meu patrão. Nunca imaginei que vocês dois se encontrariam novamente.
Pelo menos ele fingia estar envergonhado, pensou Annie.
— Mas por quê? — questionou.
— Não pode adivinhar? Você era uma beldade. Assim que a vi no apartamento, soube que era diferente das outras garotas que Alfonso arranjava e, portanto, uma ameaça. Eu amava minha irmã Cátia e ela tentava conquistar Alfonso havia anos.
— Você disse que eles estavam noivos, disse que ela era virgem e que essa era a tradição. Alfonso estaria honrando a inocência dela. — Tardiamente, ela percebeu como a história era ridícula.
Sebastian riu.
— Antes fosse. Cátia já tinha dormido com Alfonso anos antes, mas ele nunca a levou a sério, principalmente porque não foi o primeiro, nem o último. Naquela semana em Barcelona, quando Cátia pretendia recuperá-lo, ele estava livre. Eu a ajudaria. Mas quando você entrou na sala e mostrou a chave, eu sabia que tinha que me livrar de você. Assim, inventei a história de que ele dava a chave para todas as amantes. Apostei que você ficaria constrangida demais para testar e ganhei.
Ela meneou a cabeça, desgostosa.
— E o acidente de carro de Alfonso?
— Ele bateu a caminho do hotel. Eu estava no carro com ele, tentando convencê-lo a não se incomodar. Afirmei que você deixou a chave e disse adeus, mas ele não acreditou e, então, não importava mais, porque um motorista bêbado na contramão colidiu conosco. O engraçado é que o carro de Alfonso quase não foi danificado, mas ele se queimou tentando tirar o outro homem do carro em chamas.
— Oh! — sussurrou Anahi. — E quando ele ficou bom, você deixou que ele pensasse que eu soube do acidente, mas não me importei.
— Sim, a última coisa que Alfonso me disse antes de perder a consciência foi para lhe telefonar no hotel.
Autor(a): hadassa04
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— E você? — Eu telefonei, mas informaram que você tinha acabado de encerrar a conta. — Sebastian fez pausa ao ouvir um barulho nos arbustos. — O que foi isso? — Nada — ignorou Anahi, impaciente. — E então, o que você fez? — Eu disse a Alfonso que você não tinha se importado com ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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franmarmentini♥ Postado em 09/10/2015 - 13:32:34
;)
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franmarmentini♥ Postado em 09/10/2015 - 13:32:21
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii lindo o fim da fic* não quero que vc pare de postar nãoooooooooooooooooooooooooooooooooooooo ;(
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franmarmentini♥ Postado em 09/10/2015 - 12:07:47
meu deus esse sebastian é um filha da puta desgraçado malditooooooooooooooooooooo infeliz...olha a merda toda que ele fez só pra ajudar a merda da irmã dele ;(
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franmarmentini♥ Postado em 09/10/2015 - 11:58:45
acabouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu???????? haaaaaaaaaaa
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Mila Puente Herrera Postado em 09/10/2015 - 00:31:14
AINNNNNNN foi linda *-* COMO ASSIM JANA VAI SE APOSENTAR? NÃOOOOOOOOOO
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franmarmentini♥ Postado em 24/09/2015 - 10:57:32
eu to horrorizada!!!!!!!!!!!!!!!!! esse sebastiam é um filho da puta maldito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 24/09/2015 - 10:24:47
poxa mas que história ;( to com muita dó da any...
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franmarmentini♥ Postado em 24/09/2015 - 09:15:14
eles casaram ;(
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franmarmentini♥ Postado em 24/09/2015 - 09:05:25
dios mio...
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franmarmentini♥ Postado em 24/09/2015 - 08:51:18
*.*