Fanfic: DOCE VINGANÇA DE AMOR - ADAPTADA (FINALIZADA) | Tema: PONNY, Mentiras, Intrigas, Drama, Romance

Mas o quê? Confusa, Annie olhou para os rostos risonhos. Todos pareciam ser favoráveis à sua companhia ao compro­misso de Jamie e Ann no dia seguinte. Talvez um dia de com­pras em Harrogate ou Leeds? Olhou para Ann, que sorria an­siosa, e concordou.

— Sim, está bem, mas... aonde vamos mesmo?

— Para a minha casa, na Espanha — respondeu Alfonso, habilmente, levantando-se em seguida. — E, agora que acer­tamos esse assunto, que tal tomar o café no salão? E, sem dúvida, estes jovens vão querer ir à danceteria, encontrar os amigos.

— Espere um pouco, eu não posso ir à Espanha! — Annie levantou-se. — Pensei que estivessem falando de fazer compras em Leeds ou algo assim. — Estava tagarelando, sabia. Com o que concordara? Já em êxodo, ao vê-la agitada, todos se voltaram. De repente, sete pares de olhos fixaram-se nela, com vários graus de espanto.

— Claro que pode — afirmou tia Jean. — Será muito mais divertido para você do que ficar comigo e Alex. Está com seu passaporte?

— Sim, mas...

— Ótimo, então, não há problema — sentenciou Jean, enfática.

— Mas não posso ir para a Espanha. Quero dizer... — Annie olhou para Alfonso, mas dele não conseguiria ajuda. Ele apre­ciava vê-la em dificuldade. Apelou ao noivo da prima. — E seu avô está doente, Jamie. Ele não vai querer entreter uma estranha na casa.

— Pelo contrário — disse Teresa. — Meu pai é da velha escola, muito tradicional. Para ser honesta, ele não vai ficar contente em ver Ann sozinha com Jamie na casa da fazenda sem uma dama de companhia.

 

 

— Dama de companhia! — repetiu Annie, incrédula. O homem ainda vivia na era feudal ou o quê? — Está brincando! — Mas ninguém riu...

— Minha irmã tem razão — confirmou Alfonso, fitando-a impassível. — É nosso costume ter uma parenta mais velha como dama de companhia à noiva. Você fará um grande favor a mim e a Teresa e vai dar paz de espírito ao nosso pai, estando ele tão doente.

— Alfonso tem razão. — Ann aproximou-se de Annie e tomou seu braço. — Por favor, diga que virá. Não quero aborrecer o avô de Jamie sem mesmo estar casada.

Annie ia protestar, mas não conseguiu. Avaliou a expressão de Alfonso. Ele se divertia com a cena. Olhou para Ann e viu a preocupação da prima.

— Está bem — capitulou, encurralada. Só não sabia como suportaria habitar a mesma casa que Alfonso Herrera.

— Ótimo. Vejo vocês na saída. — Ann abraçou-a. — Será divertido nós todos juntos na Espanha. — Com uma piscadela, afastou-se.

— Permita-me que a acompanhe ao salão — ofereceu-se Alfonso, tocando-a nas costas. — Você parece confusa. Muito champanhe, talvez?

— Posto daquela forma, como poderia recusar? — respondeu ela, seca. O contato físico a perturbava; por isso, aliviou-se quando chegaram ao salão de estar.

Ao ver três sofás ao redor de uma mesinha de café, apres­sou-se para ficar com seu tio Alex. Alfonso optou pela companhia da irmã, enquanto tia Jean e David ocupavam o terceiro sofá. O café foi servido e conversaram sobre a casa dos Herrera na Espanha. Aparentemente, a fazenda ficava a alguns quilô­metros de Sevilha, no planalto, mas a família mantinha uma casa na cidade também.

— Prometo que não vai se aborrecer — comentou Alfonso. — Meu pai está na casa da cidade, para ficar mais próximo ao hospital. Você e Ann poderão conhecer a cidade e, depen­dendo do que o médico disser, voltaremos todos para a fazenda.

 

— Parece ótimo — comentou Annie, forçando simpatia.

O empresário sofisticado conduzia a conversa com habilida­de, sem nunca dar mais atenção a Annie do que dava a tia Jean ou à irmã. Talvez estivesse mesmo paranóica e reagisse desabafando em Alfonso toda a raiva recolhida que tinha dele. Meneou a cabeça quando a recepcionista se aproximou para informar de que os táxis os aguardavam.

Todos se levantaram e, num instante em que Teresa diri­giu-se ao irmão na língua nativa deles, Annie aproveitou a opor­tunidade para comentar com a tia:

— Acho que correu tudo bem.

— Excepcionalmente bem — veio uma voz rouca por trás de Annie.

Sobressaltada, ela teve que apoiar no tórax de Alfonso ao se voltar.

— Oh, não o vi... Aliás, não devia aparecer de mansinho assim — repreendeu.

— Aparecer de mansinho — repetiu ele. — Ninguém nunca me acusou de aparecer de mansinho. Acho que a sua chefia tem razão, você está muito nervosa, precisa de um descanso.

— Exatamente — concordou tia Jean. — Vá com Alfonso até a danceteria, solte os cabelos e divirta-se, Anahi. E pode dar uma olhada em Ann e Jamie para nós, por favor?

Sem saber como, dez minutos depois, Annie viu-se à entrada de um clube barulhento no porão do hotel.

— Você não deve querer ficar aqui — comentou, sem pensar.

— Desculpe-me, não ouvi. — Ele a puxou para mais perto e falou junto ao ouvido. — Imagino que já tenha superado esse tipo de diversão, Anahi. Mas podemos dançar uma música e dar uma rápida olhada nos jovens, cumprindo nossa obriga­ção. De acordo?

 

 

Arrepiada com aquele hálito quente junto ao ouvido e o coração disparado, ela concordou. Infelizmente, o DJ decidiu que era hora de tocar uma balada. Alfonso aproveitou-se e colou seus corpos, mantendo a mão em suas costas audaciosamente enquanto a conduzia pela pista.

A música seguinte foi uma salsa. Talvez por Alfonso ter insinuado que ela já estava velha demais para se divertir, Annie entregou-se ao ritmo com desprendimento. Alfonso acom­panhou-a sedutor.

Quando a música terminou, ele a apertou ainda mais contra o corpo e ela capitulou. Sentia a pressão do órgão viril contra o ventre e sabia que Alfonso também estava vulnerável. Ele inclinou a cabeça. Ia beijá-la. Entreabriu os lábios, convidativa. Mas, de repente, ele se endireitou e recuou, avaliando-a da cabeça aos pés, a expressão enigmática...

.......

Mas que ardiloso esse Poncho não, envolvendo Annie de tal forma que a coitada nem consegue escapar.

O que será que aguarda esse casal na Espanha?

 

Princesas obrigada pelos comentários, e pelo carinho.

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