Fanfic: Outro lado do amor | Tema: drama adolescente

Eu estava no estágio quando recebi uma mensagem da Sara, marcando um passeio de casal, com mais duas amigas delas e seus namorados. Seria bem divertido, era exatamente disso que a Júlia tava precisando. Elas tinham essa amiga, que tinha uma casa daquelas em Angra. Confirmei sem pensar nem duas vezes, ta louco que eu ia perder de ir pra Angra...
- Oh meu querido, você ta ficando louco?- Perguntou a Sara quando me viu guardar a mala dela.- Se quebrar minhas coisas eu te mato!
- Deixa de frescura, não quebrou nada, vai entrando no carro logo que a estrada não é pouca não.
- Ce vai pegar a Av. Brasil?- Perguntou o Bruno. Eles iam com a gente, os outros já estavam na casa, porque eu tinha coisas pra resolver na empresa e me atrasei.
- Sim, senhor.
- Amor, cadê o seu celular pra eu colocar música?- Entreguei até com um certo receio, ela gostava de cantar bem alto minhas músicas.
Como esperado, assim que tocou Sugar do Maroon 5, ela começou a cantar feito uma louca. Tudo bem que essa música não deixa nignuém calado, mas ela conseguia ir além do exagero. O Bruno caiu na gargalhada e a Sara entrou na dancinha maluca e cantando mais desafinada que tudo.
- Se esse homem invadisse meu casamento eu teria um piripaque.- Disse a Sara se abanando.
- Acho que os noivos ficaram na merda nesse dia, porque sinceramente...
- Ah é? Quer dizer que eu ficaria na merda se ele entrasse no nosso casamento?
- Com certeza meu amor.- Ela riu e me deu um beijo na bochecha depois, tentando amenizar as besteiras que fala. Uma gracinha, calada.
A gente levou umas duas horas pra chegar, porque a amiga delas ainda demorou pra chegar e pegar a gente...Todo um processo. A casa era de cinema, acho que a casa mais bonita de todas que já vi. A casa era da Priscila, que era namorada do Lucas. O outro casal eram a Amanda e o Felipe.
- Vocês chegaram na hora certa, a gente tava pegando as bebidas pra um passeio de lancha.- Disse a Priscila balançando uma garrafa de big apple, e me fazendo feliz.
O passeio tava demais, a turma toda animada e só música top tocando. Acho que nunca me senti tão bem de vida como hoje, oh vidinha boa era essa de rico. O Lucas já tratou de abrir um champanhe pra fazer um brinde, eu sinceramente não sei qual foi o brinde, não consegui prestar muita atenção, mas brindei. A Júlia tava usando um bíquini todo...Daquele jeito, eu tava bem tentando prestar atenção naquele mar maravilhoso, mas não deu.
- Que cara é essa Leandro?- Ela perguntou toda fingida.
- Cara de quem acha que você devia tapar essa sua bunda.- Nós rimos e ela sentou no meu colo, porque provocar é coisa que ela sabe fazer muito bem.
- Ta gostando do passeio?
- Muito...Só não entendi porque sua amiga ta conversando com a GroPro o tempo todo.- Ela olhou pra Priscila e começou a rir.
- Ela tem um canal, ta vlogando o passeio. Se prepara que ela vai vlogar tudo, capaz de você acordar com uma câmera na cara.
- Ela não ta nem doida.- Cheguei perto do ouvido dela e sussurrei.- Ela vai bem nos encontrar sem roupa.- Ela riu e me deu um tapa.
- Você ta demais, já deve ta bêbado.- Ela levantou e me puxou pra dançar. O que não ajuda muito a uma pessoa que ta "bêbada" mas na cabeça dela fez sentido.
A gente curtiu bastante o passeio, mergulhamos também. A Júlia jurou de pé junto que tinha um bicho mordendo a bunda dela, o que fez todo mundo rir e falar disso até o fim do passeio. Engraçado que ja tava todo mundo amigo, pensei que eu e o Bruno íamos ficar bem de lado. Mas na real a gente ficou bem de boa com os namorados das meninas, trocamos umas ideias com eles, super gente boa e tal. Voltamos pra casa quase que no fim da tarde, e ficamos na piscina mesmo, a vista era animal.
- Eu vou passar um hidratante no meu cabelo, amor. Ele ta duro por causa dessa mistura de mar e piscina.
- Não, fica aqui amor. Depois ce passa essas paradas, vamos curtir aqui de boa.
- Vai ficar fazendo bico agora? Meu bebê.- Ela mordeu meu lábio e depois riu.- Eu volto já, é rápido.- Não adianta nem pedir, cabelo é sagrado. Eu fui onde os meninos estavam e entrei no meio do papo lá.
- Então vocês estudaram esse tempo todo e só depois de conheceram? Caraca...- Disse o Felipe.- Que coisa maluca.
- Na real a Sara era de outra sala. Só a Júlia que estudou com a gente esse tempo todo.- O Bruno continuou sua bela explicação. E depois o assunto foi pra faculdade e trabalho.
- Eu faço administração, e trabalho com meu pai, ele vai me deixar assumir quando eu terminar a faculdade. Eu não tava muito afim no começo, mas depois fui gostando.- O Lucas tinha tudo pra ser aquele filhinho de papai, tudo. Só que ele simplesmente escolheu não ser, a única coisa que ele ganhou do pai assim foi a empresa.- A gente brigou muito por isso, porque eu não quis assumir, ele me obrigou a isso. Daí eu falei, que só ia assumir se passasse no vestibular e gostasse do curso. E acabei me interessando, paguei por tudo que falei pra ele, mas é a vida.
- To ligado cara, meu pai é bem assim. Meus pais né, porque minha mãe é do mesmo jeito, adoram me obrigar a tudo. Até no meu relacionamento com a Sara, eles tão até hoje querendo que eu termine.
- Escutei meu nome.- Ela veio com as meninas pra onde a gente tava e deu um beijo no Bruno.
- Arrumou seu cabelo dondoca?
- Arrumei, agora posso dar um jeito na sua carência, seu chato.- Ela sentou no meu colo e apertou minhas bochechas, coisa que ela adorava fazer. Ou ficar apertando minha boca, porque normalidade não era com a Ju.
- Gente, tem comida na cozinha, é só pedir pra moça mostrar lá e vocês colocam o pratinho e tal. Eu e a Amanda já beliscamos.- A Priscila disse tudo que meus ouvidos queriam ouvir, tava morto de fome. Já tratei de puxar a Júlia pra comer.
- Boa tarde.- A moça que desconheço o nome surgiu da cozinha, ela já foi mostrando tudo que tinha, aquilo parecia coisa de hotel.
- Acho que posso ficar aqui por mais tempo.- Sussurei pra Júlia, que riu e fez aquela careta de maluca.- Bota mais amor, você ta comendo muito pouco!
- Eu engordei muito nesse mês, amor, tenho que diminuir um pouco.
- Ta louca? Eu te levo pra malhar, mas come direito, diminuir não é cortar tudo.- Já tratei de colocar as coisas que ela ama no prato dela, mulher pira com essa coisa de peso e a Júlia tinha o corpo tão lindo que dava aflição de ouvir aquilo. Ela ficou de cara feia, mas eu podia lidar com aquilo o tempo que fosse levar.
De noite não tinha muito o que fazer, mas ainda assim era muito surreal aquilo tudo. O clima era perfeito, a gente ficou jogando do lado de fora e as meninas inventaram de colocar karaokê. Graças a Deus a Júlia salvava, porque as outras, eram um terror. Os meninos começaram a atrapalhar o show e a Priscila gravando tudo, já tava me dando uma certa agonia daquilo.
- Como você consegue, ela filma tudo mesmo ne?
- Desde que eu conheço a Pri é assim, então já to bem acostumado, mas todo mundo fica assustado.- A gente tinha pego umas cervejas e tava jogando na sala do lado da delas. A Priscila já tinha entrado filmando umas três vezes, eu e o Bruno sempre estranhando.
- Amor, eu to indo deitar, você vem?- Os meninos ficaram me olhando com aquela cara, loucos pra que eu não fosse, pois o jogo tava bem dependendo de mim nesse momento.
- Espera um pouquinho vida.- Ela já fez bico, o que me deu vontade de pegar no braço e levar pra cama.- Juro que não demoro, canta mais um pouquinho com as meninas, já to terminando aqui.
- Ok. Mas se você demorar e vier bêbado...Eu te coloco pra dormir no sofá!
- Te amo, linda.