Fanfic: Outro lado do amor | Tema: drama adolescente

Nosso último dia em Angra foi como um dia em Vegas. E vocês já devem saber do velho ditado: O que acontece em Vegas, fica em Vegas. E aqui vai uma parte levemente resumida do que aconteceu...
- Aqueles caras tão olhando pra minha namorada?- Perguntou o Lucas, que já tinha tomado todas e só agora notou o que estava acontecendo. Enquanto as meninas dançavam Like a virgin, tinha uns cinco caras olhando a performance delas.
- Que caras?- O Bruno virou bruscamente em busca deles, e então os três levantaram do sofá e foram "brigar" com os tarados de plantão. Eu sabia que isso ia dar em merda, por isso não tinha dito nada, nem ido tirar satisfação.
- O que vocês acham que tão fazendo? Seus babacas!- Gritou o Felipe quando chegaram nos caras, e eles olharam sem entender nada.
- Ei gente, que tal eu cuidar disso aqui?
- Sai da frente Léo, eu vou quebrar a cara desses malucos.- O Lucas não me parecia um cara que ia pra cima, mas pelo visto ele era, ou a bebida tava falando mais alto. Foi aí que as meninas notaram o que tava acontecendo e vieram todas.
- Júlia, sobe com as meninas, agora!- Foi a minha vez de gritar, dois segundos depois o Lucas deu um soco em um dos caras que tava debochando da cara dele.
- Ai meu Deus!- Elas gritaram em coro, e foi aí que começou o verdadeiro festival de porrada. Eu que nem estava afim de brigar, fui obrigado a cair pra dentro e encher aqueles caras de porrada.
O resultado disso foram vários murros, chutes e gritos. Depois de um certo tempo e de muita porrada, as pessoas que ainda estavam na festa, conseguiram nos separar. Os caras foram embora e nós ficamos com algumas marcas do que tinha acontecido. A festa tinha acabado, como já era esperado.
- Como isso aconteceu?- A Júlia me fazia essa pergunta pela terceira vez. Já tava preocupado e pensando se alguém não tinha batido na cabeça dela. Pois aquilo parecia uma perda de memória.- Eu tava dançando e bum! Do nada vocês me aparecem nesse estado.
- Amor, fala mais baixo, minha cabeça ta doendo muito.
- Toma, isso vai te ajudar.- O Bruno veio me oferecendo uma garrafa de vodka e eu tomei sem nem pensar duas vezes.
A gente tomou algumas garrafas, as meninas ajudaram e em pouco tempo todo mundo estava fora de si. Com o dia amanhecendo, alguém deu a ideia de se jogar pelado na piscina e todos fomos nessa loucura em conjunto. Eu posso dizer que foi muito divertido, com efeito da bebida, sem ela já não sei. Não ia querer minha mulher pelada com três caras ao redor e um deles sendo meu melhor amigo, deixava tudo ainda mais estranho.
- Vida, você ta tremendo, vem aqui.- Quando ela chegou, vi que ela tava com muito frio, os lábios já estavam roxos.- Vou pegar uma toalha pra você.
- Vocês já vão subir? Não foi o suficiente o tempo que jugiram da festa?- Óbvio que a Sara tinha que falar alguma coisa, senão não seria a Sara.
- Só to levando sua amiga pra colocar uma roupa, ela ta congelando aqui.- Levei a Júlia pra dentro, com diteiro a um coro de "hm" e muitos elogios ao casal. Lá de cima dava pra escutar o barulho deles, a bebida já estava me deixando e eu tava conseguindo pensar direito nas coisas. A Júlia não tava se sentindo bem e foi tentar vomitar no banheiro.
- Não consigo vomitar.- Ela saiu do banheiro e largou a toalha que tava usando no chão.
- Não ta mais sentindo frio?
- Aquela torneira não quer fechar, eu bem tentei, mas ela não me escuta mais.- Ela podia me matar por ta rindo disso, mas ela não tava nem ligando.
- Vem cá, veste uma roupa.- Claro que ela não tava nem aí e eu tive que colocar a roupa nela.- Você quer descer ou vai dormir?
- Descer, vamos descer.
Quando descemos a cena era bem linda, eles estavam todos nus, dançando ao som de Flo Rida. As meninas conseguiam ser ainda mais engraçadas, só pela tentativa de dança. A Júlia ainda bêbada, foi correndo se juntar as amigas. Eu não ia ficar no meio de um monte de pinto balançando e correndo o risco de ter que esbarrar num deles. Mas os meninos pareciam muito bem com isso, o que era bem estranho. Duas horas depois todos estavam desmaidos no sofá, a Sara e a Júlia ainda tinham forças pra conversar, mesmo que não desse pra acompanhar a conversa. Esperei a Júlia ficar com sono e a levei pra dormir.
- Amor, acorda.- Tentei abrir meus olhos, mas não deu muito certo.- Tão chamando pra ir passear de lancha, você quer ir?
- Você quer?
- Eu ainda to meio enjoada, mas é nosso último dia, se você quiser a gente vai...
- Não, vida. Vem deitar comigo, to querendo ficar de boa aqui.
- Vou lá avisar que a gente não vai e já volto.- Ela me deu um beijo e depois de um tempo ela estava de volta.- Tenho que dar uma olhada no seus machucados, ontem eu tava muito bêbada pra fazer curativo.
- Não precisa, deita aqui.- Eu parei de tentar abrir os olhos, falhei demais nessa missão.
- Claro que precisa, isso faz parte de namorar um cara briguento.
- Eu? Os caras que foram pra cima, eu não tenho nada haver com isso, por mais que eu tivesse com vontade de ir lá, eu fiquei na minha.
- Ah é? Então acho que você merece um prêmio, por fugir das brigas, mesmo parando no meio delas.- Ela riu. Aquela risada gostosa, que me fez abrir os olhos na mesma hora. Que criatura linda. O sol tava batendo no rosto dela, bem de leve e ela tava com o cabelo todo bagunçado no rosto.
- Só pra você saber, eu te amo tá? E vou te comer agora mesmo, porque eu mereço um prêmio e acabei de escolher o que eu quero.- Ela arregalou os olhos e depois riu.
- Você sempre foi tão romântico assim?
- Não reclama, eu falei que te amo antes de falar que quero te comer, e olha que a vontade ta grande.- Ela gargalhou novamente.- As vezes eu olho pra você e vejo algo que me faz te amar ainda mais, é normal?
- Acontece com todos, não se preocupe.- Só precisei lançar meu olhar ciumento que ela já gargalhou outra vez.- Isso acontece comigo sempre, quando eu to na sua casa usando sua camisa e você me olha daquele jeito todo orgulhoso. Ou quando eu te pego olhando pra minha bunda e você tenta disfarçar, como se tivesse algo errado nisso.- Ela deitou a cabeça em meu peito e ficou me olhando.
- Ta acontecendo agora de novo, você me olhando assim. To bem feliz de não estar numa lancha rodando por Angra, aqui ta bem melhor.