Fanfics Brasil - Capítulo II A carícia do vento. (Adaptada - AyA)

Fanfic: A carícia do vento. (Adaptada - AyA) | Tema: Romance/ Hot/ Anahí/ Alfonso/ Ponny


Capítulo: Capítulo II

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        Ao cruzar a porta da frente, os saltos das suas sandálias enterraram-se no carpete espesso cor de creme. Pelo padrão geral, a casa tipo estância dos seus pais era quase uma mansão, mas, para Anahí, era simplesmente o seu lar.
       Uma empregada apareceu silenciosamente no saguão. Anahí entregou à mulher a bolsa e a cara pasta de couro contendo os livros e papéis escolares.
        - Quer levar isso para o meu quarto, Rose? - pediu, esperando o gesto afirmativo antes mesmo que fosse dado. - Minha mãe está em casa?
        - A Sra. Portilla está na sala de estar.
        - Obrigada.
       O carpete espesso abafou os passos de Anahí enquanto ela se dirigia para o amplo corredor que dava para o quarto dos pais e a sala de estar adiante. Diante da porta, bateu uma vez, depois entrou.
        - É você, meu bem? - perguntou a mãe, do quarto de dormir.
        - Depende do "bem" a quem você se está referindo... eu ou o papai? - riu-se Anahí.
        - Estava me referindo ao seu pai. - Tisha Portilla apareceu na porta de ligação, apertando o cinto do robe longo, cor de areia do deserto. - Vamos dar um jantar político hoje à noite, e eu lhe pedi para voltar cedo para casa. Mas você é igualmente bem-vinda, Anahí, embora eu estivesse esperando que viesse para casa mais cedo.
        Tisha Portilla era uma versão mais velha e mais elegante da filha. O cabelo louro exibia um penteado mais curto e sofisticado, com o tom clareado pela invasão de fios brancos. O corpo também era esguio e firme, mas sem a pujança das curvas de Anahí.
        - Demorei-me um pouco depois da última aula - explicou Anahí.
        Os olhos astutos, cor de amêndoa, correram-na de alto a baixo, sem deixar escapar nada.
        - Precisa retocar o batom. Além disso, foi se encontrar com Manuel antes de vir para casa - concluiu a mãe, com um toque de aborrecimento na voz.
        Anahí adiantou-se mais para dentro do quarto, evitando momentaneamente o olhar astuto da mãe.
        Jamais cometia o erro de subestimar a mãe. Embora parecesse viver à sombra do marido, Tisha Portilla tinha sua própria força. Foram sua inteligência e habilidade social, assim como sua queda para relações públicas, que haviam permitido ao marido tornar-se tão bem-sucedido e poderoso.
       - É, fui me encontrar com Manuel - admitiu Anahí, sentando-se no sofazinho de veludo. - Gostaria que você falasse com papai sobre ele.
         - Por quê? - replicou a mãe com um sorriso enganadoramente curioso, que não enganou Anahí nem por um instante.
        - Para persuadi-lo a abandonar a idéia de que Manuel e eu temos que esperar um ano para nos casarmos - respondeu docemente.
       - Mas não vejo nada de errado nessa idéia - disse Tisha Portilla, caminhando até a poltrona próxima ao sofazinho e desdobrando a saia comprida do robe ao se sentar.
        Cruzando as pernas, Anahí lançou o desafio:
        - Você também é contra o meu casamento com Manuel?
      - Querida, jamais sonharia em empurrá-la para os braços daquele homem proibindo-a de casar-se com ele - declarou a mãe, com uma risada rouca. - Por mais que tente, não consigo compreender o que você vê nele. Existem tantos outros homens no Texas que poderiam lhe oferecer muito mais e que seriam tão mais apropriados! E você poderia ter quem quisesse.
       - Não os quero. Quero Manuel - insistiu ela, puxando impacientemente os cantos de uma almofada.
        - Por que, quando existem tantos outros, você o quer? - suspirou Tisha, os cantos da boca de contorno perfeito virando para cima num sorriso triste.
        - Porque ele é um desafio para mim.
        Anahí deixou escapar a verdade, sem pensar.
        Nunca tinha certeza absoluta quanto a ele. Não satisfazia todos os seus caprichos, nem a tratava com a adoração que estava acostumada a despertar, praticamente, desde que nascera. O relacionamento deles fora uma luta constante entre duas personalidades igualmente fortes, sem um vencedor definido. Era isso que dava o tempero, mas não era o motivo pelo qual Anahí queria casar com ele.
        - O que não entendo - continuou a moça - é o que você e papai têm contra Manuel.
        A mãe hesitou, depois respondeu com igual franqueza:
        - Ele é autoritário e esquentado.
        Anahí se recostou nas almoçadas, um brilho nos olhos dourados de gato.
      - Não foi isso que seus pais disseram sobre papai, antes de você fugir para casar com ele? Faltavam-lhe cultura, requinte social, visão política, e olhe só a influência que você teve sobre ele. Foi você que fez do papai o homem que é hoje.
       - Não se pode comparar os dois - insistiu a mãe.
       - Por quê? - contestou Anahí. - Manuel é ambicioso.
       - Acho que a expressão correta é louco por dinheiro.
       Nesse exato momento o pai de Anahí entrou na sala, parando ao lado da cadeira da mulher para dar um beijo na face que ela erguia para ele. Recuperando-se da surpresa momentânea pela aparição dele, Anahí retrucou prontamente:
       - Não creio que esta seja uma má qualidade. Afinal de contas, papai, você não está sempre procurando um jeito de obter lucro?
       - A diferença é que estou disposto a trabalhar para isso. O seu namorado prefere obtê-lo na moleza - respondeu o pai, calmamente.
        - Como pode dizer isso? - objetou Anahí, indignada. - Olhe só como ele trabalhou e lutou para poder se formar.
        Os vincos de expressão no rosto bronzeado do pai enrugaram-se num sorriso distraído.
       - É, sempre me perguntei por que um aluno de ciência política estaria trabalhando num hotel. Como mora aqui, a capital do Estado, sempre me pareceu que, se estivesse realmente interessado na sua futura profissão, estaria trabalhando num departamento do governo.
       - Uma observação excelente, E. P. - disse Tisha Portilla, dando uma palmadinha na mão do marido, pousada afetuosamente no seu ombro.
        - Manuel já trabalhou em departamentos do governo antes, mas os horários coincidiam com os das aulas - defendeu-o Anahí.



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Autor(a): brunaabcosta

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- Verdade? - comentou o pai, com descrença. - Orgulho-me da minha habilidade de julgar as pessoas, e você está vendo nesse homem qualidades que simplesmente não existem. Não me agrada a ideia de a minha garotinha ser magoada.        Enrique Portilla era um homem teimoso, e Anahí puxara direitinho ao pai. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • jessicags Postado em 16/04/2015 - 15:28:19

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • layaneponny Postado em 12/03/2015 - 19:37:38

    Anahi velasco? socorro, q nojo :S posta!

  • brunaabcosta Postado em 12/03/2015 - 15:47:46

    Olá, belle_doll! Espero que goste e continue com a leitura. Ontem não tive tempo para postar, mas hoje irei postar um pouco a mais para compensar. Continue comentando e dando opinião a respeito. Obrigada!

  • belle_doll Postado em 12/03/2015 - 14:11:14

    Cadê? O.o

  • belle_doll Postado em 11/03/2015 - 02:40:26

    Sinopse interessante! Gostei. Já esperando ansiosamente pela aparição do Poncho. ;-)


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