Fanfic: Respiro Me | Tema: Hot, Romantica, ficção
Há quinze anos...
– Você não vai escapar de mim dessa vez! – gritei com fúria, correndo por entre as copas das árvores e os diversos prédios que ali haviam.
O mundo ao meu redor se passava em câmera lenta enquanto meus passos se tornavam cada vez mais rápidos. O ar quente do Rio de Janeiro somado ao aroma da água salgada, vinda do mar, fazia com que o cheiro daquela vampira se camuflasse, mas não me confundisse. Eu estava em busca dela há meses e foi justamente aquele aroma que me fez rastreá-la até ali. Mel, jasmim e gengibre... Eu o reconhecia tão bem quanto o perfume de morango e frésias mesclados com o tentador sangue da...
Não pude concluir o pensamento. Pensar no nome dela era doloroso demais...
O monte de cachos incrivelmente ruivos ao longe fez com que eu retomasse com furor minha caçada e colocasse de lado qualquer lembrança cravada em meu peito.
Minhas pernas começaram, então, a se movimentarem numa velocidade jamais alcançada por mim e após poucos segundos me vi há centímetros da vampira que desejava matar minha companheira, por eu ter matado o dela. Vingança. Olho por olho, dente por dente. A lei babilônica se fazia presente, como um dos dez mandamentos, na mente de Amanda. Mas ela não conseguiria fugir de mim...
Paramos. Ela estava sem saída. Sua corrida desenfreada nos levou a uma espécie de penhasco. Ainda de costas, pude ver suas mãos em punhos e seus pensamentos formularem uma escapatória rápida. Mas ela sabia que não tinha como fugir de mim, não quando eu lia sua mente e me informava de todos os seus passos antes mesmo de ela dá-los. Eu estava em vantagem e ela sabia disso.
Numa velocidade vampiresca, segurei-a pelos ombros, trazendo-a até mim. Ela girou, porém, rapidamente, fitando meus olhos com desprezo e um sorriso sarcástico, em seguida.
– Acha que é esperto o bastante, não? – Soou sua voz límpida e fria, como uma gota de neve derretida deslizando por uma estalactite.
– Não... – murmurei, maneando a cabeça – Eu tenho certeza disso – sorri, erguendo uma sobrancelha.
Ela grunhiu de raiva, empurrando-me e pulando penhasco abaixo. Ao levantar, ajustei minha visão para poder enxergá-la por sobre o breu daquela típica madrugada carioca. Segui na mesma direção que ela, parando numa superfície de terra, banhada por alguns poucos níveis de água.
E em segundos, senti um braço prender meu pescoço e se eu fosse humano, com certeza, estaria sendo sufocado. Rosnei de ódio, erguendo meus braços e puxando a cabeleira ruiva e bem tratada, fazendo com que Amanda passasse por cima da minha cabeça, caindo na minha frente.
Agarrei seus cotovelos, aproveitando o fato de ela estar de costas para mim, e fiz com que os joelhos dela tocassem o solo. Ela grunhia e movia a cabeça para todos os lados, procurando alguma saída. E me pegando desprevenido pela primeira vez na noite, senti seus afiados dentes cravarem em minha pele, e seu veneno adentrar meu organismo, fazendo meu pulso pinicar de maneira incômoda.
Como uma reação instintiva, afastei meus braços, praguejando pela dor ridícula que sentia. E, então, pude apenas ver, logo depois, meu corpo preso no aperto da vampira, prensado contra a grossa camada de rochas.
– Seu idiota! – gritou, dando um soco em minha mandíbula – Você vai pagar por tudo que me fez...
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Autor(a): nanubs
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Como resposta, avancei em Amanda. Nossos corpos se chocaram e eu, sem esperar qualquer reação, soquei seu rosto. Ela cambaleou, olhando-me odiosamente. Um sorriso cínico se formou em meus lábios, vendo-a avançar contra mim. Ela fechou uma das mãos em punho, pronto para me socar. Seu golpe foi inútil, sendo que eu segurei seu p ...
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