Fanfics Brasil - Modifiche - Part IV Respiro Me

Fanfic: Respiro Me | Tema: Hot, Romantica, ficção


Capítulo: Modifiche - Part IV

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Antes de tudo coloque essa musica para ouvir enquanto lê


"James Blunt – High "


Naquela noite eu estava dilacerado por dentro e acho que Bea havia percebido. Eu não podia disfarçar o meu antagonismo contra mim, era algo inconsciente. E assim que ela adormeceu em meus braços eu deixei a raiva e a dor me assolarem, e eu chorei sem lágrimas.


            Apertei seu pequeno e delicado corpo contra o meu, sentindo o delicioso aroma de seus cabelos me abraçarem e uma prévia nostalgia me atingir. Olhei em seu rosto, afastando-a um pouco de mim para poder contemplar sua beleza única e perfeita.

– Pedro... – seus lábios avermelhados sussurraram meu nome com tanto amor que me deu vontade de gritar. Os sentimentos que me dominavam eram mais intensos do que nunca.

            E naquele instante eu reconsiderei meu pensamento de meses anteriores: eu iria partir.

            Somente o pensar daquelas palavras me traziam um peso enorme, mas era o melhor a se fazer... Eu precisava proteger Bea, e longe de sua companhia seria a forma ideal de fazê-lo.

            E quase que automaticamente, levantei de sua pequena cama, andando até a escrivaninha ao lado da janela. Peguei uma folha solta que ali havia e sua caneta roxa com desenhos de ursinhos. Ela odiava aquela caneta, mas era um presente de sua mãe e ela sempre usava nas aulas mais chatas do dia.

            Ri sozinho, quase chorando outra vez em pensar que jamais a viria praguejar quando ela olhasse o objeto... Ou quando Alice a chamasse para ir ao shopping... Ou os seus sorrisos de quando chegávamos à nossa clareira.

            Deixei o lado fraco e insensato em segundo plano, sentando-me no chão, olhando amorosamente para Bea e começando a escrever... as últimas palavras que ela se lembraria acerca de mim.

            Poucos minutos se passaram e já estava tudo a postos. A carta fora algo surpreendentemente fácil de escrever... Exceto pela parte do “adeus”. Mas falar de Bea era algo muito simples... Ela era um livro aberto. E eu conhecia cada expressão sua.

            Deixei a folha em seu travesseiro e sentei na beirada de sua cama novamente. Eu jurei não tocá-la outra vez naquela noite, mas, quando vi, minhas teimosas mãos acariciavam as linhas de sua face... Passando por sua mandíbula, bochechas, e testa... Descendo pelas sobrancelhas delineadas e os olhos fechados, cobertos por longos cílios... Prossegui pelo nariz reto e indo até sua boca vermelha, que ela sempre reclamava a assimetria entre os lábios superior e inferior... Mas eles eram perfeitos para mim.

            Ela se remexeu durante o sono, porém não tive chances de livrá-la de meu toque, porque suas pequenas mãos me impediram. E quando olhei para o seu rosto, os grandes e expressivos olhos cor de chocolate me observavam curiosamente. Bea sorriu sutilmente, embora sonolenta.

            Aproximei dela, beijando sua testa. Deixei meu nariz deslizar pelo seu, até que nossos olhares estivessem bem próximos. Não pude resistir e meus lábios se encaixaram aos seus num suave beijo. Senti o leve movimentar de suas mãos e, logo, percebi meus cabelos serem embromados por entre seus dedos, aprofundando nosso contato. E eu não impus limites daquela vez.

            Nossos lábios se pressionaram com força, romantismo e suavidade. O hálito quente e extasiante de Bea era como uma droga para mim... Era viciante, entorpecente...

E, pela primeira vez, me excedi, e nossas línguas se encontraram. Seu gosto me atormentou... Não havia nada a altura para comparar à tamanha perfeição. Até que ela suspirou, e me lembrei de que ela tinha que respirar.

Durma, minha Bela amada... – sussurrei, fechando os olhos em dor.

            Ouvi seu bocejar e, logo, ela se aconchegava em meu peito mais uma vez.

Eu te amo – disse, meio absorta com o sono que lhe tomava.

Eu também te amo... Você sempre será o meu único amor.

Você também... – concordou, escondendo o rosto no vão do meu pescoço – Meu único amor...

            E, então, sua respiração se tornou pesada, e eu soube que ela voltara a adormecer. Logo, os primeiros raios de sol tomaram o céu tipicamente nublado de Forks, e me levantei. Olhei-a dormindo harmoniosamente, constatando que minha carta continuava ali, ao seu lado.

            Segui para sua janela e, com um último olhar para a bela garota adormecida, saltei para fora, não somente de sua casa, mas de sua vida.


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Autor(a): nanubs

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