Fanfic: °ღ°Nada Será como antes°ღ°[terminada]
CAPÍTULO XI
Ao ouvir o intercomunicador em sua mesa, Chris tentou ignorá-lo. Mas, ao ouvi-lo pela segunda vez, atendeu-o com um tom exasperado.
— Zora — ele disse ao comprimir o botão do aparelho —, já disse que não quero ser interrompido até a srta. Malo... Quem? — Chris recostou-se na Cadeira e sorriu. — Sim, claro, faça com que ele entre.
Ele chegou à porta no exato momento em que Jack se preparava para abri-la. Os irmãos hesitaram, sorriram e então abraçaram-se vigorosamente.
— Jack, seu filho da mãe! Por que não me avisou que estava por vir?
— Para falar a verdade, nem eu mesmo sabia até há poucas horas. — Jack sorriu. — Mas quando soube que iria trocar de avião em Nova York, pensei: "Por que não dar ao mano velho o prazer de minha presença por uma noite?".
— Uma noite apenas?
— Creio que sim, mano. Estávamos em Londres quando houve um problema em Dallas. Não que um poço minando petróleo seja um problema, você sabe.
— Um poço? Está dizendo que aquela companhia petroleira que iríamos enterrar está produzindo petróleo?
— É isso aí. Alguns problemas técnicos requerem a atenção pessoal do melhor especialista no mercado.
— Você — disse Chris, sorrindo.
— Quem mais? — perguntou Jack com um sorriso modesto. — Então fizemos reserva no primeiro vôo para os Estados Unidos e...
— Vá com calma, cara. Que coisa é essa de "nós"?
Jack corou levemente.
— Eu e... Karla Cossio, a mulher que dirige aquela companhia.
—Quer dizer que ofereceu a ela um emprego em Londres? Mas pensei que ela não entendesse patavina de petróleo... Jack, sua raposa velha!
—Chris... eu... eu vou me casar.
—Como?
—Vou me casar. — Jack riu, consciente da estranheza da situação. — Eu sei, eu sei. Também mal posso crer, mas... puxa, homem, espere até conhecer Karla. Ela não é apenas linda, é inteligente, engraçada e me conhece melhor do que ninguém... Ei, qual é o problema?
—Nada — respondeu Chris. — Estou apenas... surpreso, é isso. — Ele sorriu e deu um tapinha nas costas do irmão. — Parabéns! Quando terei a oportunidade de conhecer minha futura cunhada?
—Pedi a ela que nos desse umas duas horas para falarmos de homem para homem. Depois, ela nos encontrará naquela casa de grelhados na 54 Leste. Está bem para você?
Chris pensou em Fuzz Malo, em seu sorriso frio e sua sensualidade ansiosa, no encontro que levara um mês para decidir-se a marcar, e sorriu.
— Claro! — Com o braço apoiado no ombro do irmão, Chris saiu apressado do escritório.
Em uma mesa de canto em um bar exclusivo na Terceira Avenida, os dois irmãos já estavam na segunda rodada de drinques quando Jack limpou a garganta e fez a pergunta que não lhe saía da mente na última meia hora.
— Ouça — ele disse —, não quero me intrometer mas... você está bem, Chris?
Chris olhou para Jack, viu a preocupação nos olhos do irmão e decidiu não dar maior importância ao assunto.
—Claro! Ouça, só porque não tenho a chance de viver bronzeado o ano todo...
—Andei conversando com Poncho. Ele disse que você telefonou para ele há algum tempo. Poncho ficou preocupado com o tom do telefonema.
— Como ele está se saindo? É incrível que ainda esteja na Costa Oeste...
— Francamente, não acho que você esteja em sua melhor forma.
Os olhos dos irmãos se encontraram. Depois de alguns segundos, Chris deu de ombros.
— Estou ótimo, mesmo. Apenas fiquei muito envolvido com aquela tarefa que me coube após a morte de nosso pai.
— A tutela da garota?
— Sim. — Chris sorriu melancolicamente. — Ocorre que a garota já está bem crescida. E ela e eu... nós...
— Você se envolveu com ela.
— É isso aí. Eu sabia que não era certo. Droga, as considerações éticas de minha posição...
— Está bem, chega de conversa fiada. O que aconteceu, afinal?
Chris fazia círculos molhados sobre a mesa com o fundo de sua caneca de cerveja.
— Nada de que eu possa me orgulhar. Nós... tivemos um caso por algum tempo, mas recuperei o juízo e entreguei-a a outro.
— Você a entregou a outro homem? Quer dizer que a apresentou para outro cara com quem agora ela está dormindo... ei!
Chris erguera-se da Cadeira e segurara o irmão pela lapela. Depois de alguns segundos, deu-se conta do papelão que estava fazendo.
— Jack, sinto muito. Não sei o que passou por minha cabeça. Eu nunca...
— Tem razão — disse Jack, ajeitando a jaqueta e acomodando-se na Cadeira. — Você jamais perdeu a linha.
— É verdade. Droga! — ele resmungou, envolvendo a caneca com as mãos. — Jamais perdi a estribeira em minha vida, até conhecê-la. Então não passou um dia sem que eu quisesse brigar com ela, segurá-la e...
— Em suma, ela despertou você — comentou Jack gentilmente.
— Isto é ridículo! Pessoas civilizadas não...
— O problema é que você nunca se deixou envolver por mulher alguma... até que essa entrasse em sua vida.
Chris queria negar tudo, mas de que adiantaria? Nenhuma mulher virara seu mundo de pernas para o ar, exceto Dulce. Já se passara um mês desde que ela o deixara; no entanto, ainda despertava no meio da noite tentando abraçá-la.
Mas sua cama estava vazia e fria, assim como sua vida. Vivia procurando pelo rosto dela entre as pessoas e, mais do que uma vez, ficara parado diante de uma loja de filhotes encantado com cãezinhos ou gatinhos.
— Chris?
Jack o observava, com um misto de compreensão e piedade. Chris limpou a garganta e terminou a cerveja.
— Ok, talvez ela tenha mexido um pouco comigo, mas, em suma, era apenas uma mulher. Linda, sem dúvida; a mente afiada como uma faca, e...
— Você está apaixonado por ela!
— Apaixonado? Eu? — Chris tentou sorrir. — Ouça, dr. Duarte Uckermann, detesto desapontá-lo, mas...
Mas o quê? Um sentimento estranho começou a se expandir no peito de Chris.
— Por que vocês romperam?
Chris balançou a cabeça.
— Apenas não deu certo. Ela era... diferente. Mora em Greenwich Village, é designer de jóias e é louca por cães e gatos e...
— Ah, ela deve ser algo muito especial — comentou Jack, tentando não sorrir.
— E havia aquele cara...
— Ela estava apaixonada por você ou por ele?
— Como diabos posso saber?
Jack sorriu ante a irritação do irmão.
— Deveria ter perguntado a ela.
Chris fitou o irmão.
— Tem razão, mas não perguntei. Só o que fiz foi ficar zangado porque...
Intimamente, Chris constatou o motivo. Ficara zangado porque estava tão apaixonado por Dulce que a perspectiva de deixá-la entrar em sua vida o deixara aterrorizado.
Chris ergueu-se repentinamente.
— Ouça, há alguma possibilidade de você e...
— Karla.
— Certo. Há alguma chance de vocês esperarem até amanhã? Sei que têm que ir ao Texas, mas eu realmente gostaria de conhecê-la e...
— É claro que sim. — Jack sorriu. — Estaremos no Plaza.
— Fiquem no meu apartamento. — Chris enfiou a mão no bolso e atirou as chaves sobre a mesa. — Afinal, meu apartamento é mais parecido com um hotel do que qualquer hotel que eu conheça. — Ele deu as costas e saiu correndo para o frio da rua.
Dulce estava sentada à mesa da cozinha, trançando três finos fios de prata quando a campainha da entrada soou. Chapinha deu um latido e olhou para a dona.
— Não, não estamos esperando ninguém — disse Dulce. — Provavelmente alguém tocou nossa campainha por engano.
A campainha soou novamente. Dulce olhou para o relógio e estranhou.
— E muito tarde para alguma visita.
A menos que fosse Derrick. Ele se mudara há duas semanas, mas Dulce lhe dissera que aparecesse a qualquer hora para dizer olá.
Doçura e Chapinha a seguiram pelo corredor e observaram enquanto ela acionava o botão que abria a porta da entrada.
Seria bom rever Derrick, ela pensou, pegando Doçura no colo. Ele conhecera alguém por quem se apaixonara perdidamente e com quem estava morando agora.
Chapinha latiu, ficou sentado nas patinhas de trás e passou as patinhas da frente na saia de Dulce. Ela sorriu, colocou a gata no chão e pegou o cãozinho no colo.
Agora sua família consistia naqueles dois animais. Seu trabalho voluntário a mantinha ocupada durante boa parte da semana e, na semana anterior, o Sr. Abraham, que era seu atual tutor, permitira que ela alugasse uma loja com espaço suficiente para trabalhar com suas jóias nos fundos e expô-las na parte da frente.
A campainha da porta soou. Dulce sorriu, pôs Chapinha no chão e abriu a porta.
— Que bom que você veio, Derrick. Dê-me um grande abraço e... — Ela levou a mão à garganta. — Chris?
Autor(a): dullinylarebeldevondy
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— Olá, Dulce. Ela o fitou e sentiu o coração dar um pulo em seu peito. Ele estava exatamente como se lembrava dele: grande, musculoso e magnificamente viril. — Posso entrar? Seu primeiro instinto foi fechar a porta, mas os bichinhos pareciam tão empolgados em vê-lo... — Sim — ela disse educadamente, deixando-o pas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1120
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:12
amei!!!
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:11
amei!!!
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:10
amei!!!
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:09
amei!!!
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:07
amei!!!
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:05
amei!!!
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:04
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:03
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:02
amei!!!
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natyvondy Postado em 05/11/2009 - 01:22:01
amei!!!