Fanfics Brasil - ≈ღ≈A Outra Face de Dulce≈ღ≈[Terminada]

Fanfic: ≈ღ≈A Outra Face de Dulce≈ღ≈[Terminada]


Capítulo: 7? Capítulo

19 visualizações Denunciar


Capítulo VII



Você ainda não me disse aonde Alma foi. Christopher ajeitou os lençóis e puxou Dulce ao seu encontro antes de responder.


— Você não perguntou.


— Eu perguntei, sim.


— Nesse caso, eu deveria estar distraído com outra coisa. Sinto muito.


— Tudo que você disse foi que estávamos sozinhos. Uma risadinha ecoou pelo quarto.


— Se as paredes do hall tivessem ouvidos... Dulce o beliscou de leve. Ele deu um pequeno grito e os dois se puseram a rir.


— Para você aprender a não zombar de mim.


— Minha tia foi chamada para fazer companhia a alguém. Ela só voltará para casa amanhã. — Christopher abriu os braços. — Isso significa que teremos a casa inteira apenas para nós nesta noite.


— Embora estejamos restritos aos limites desta cama — Dulce sugeriu em deliberado tom de provocação.


— Essa é a idéia — ele concordou, com uma falsa seriedade. Dulce segurou as mãos dele em seu pescoço.


— Eu nunca pensei que acabaria ficando deste jeito com você.


— Em contrapartida, eu só pensava nisso — Christopher confessou. — Apenas não poderia supor que houvesse um corpo tão lindo sob suas roupas. Um de meus melhores talentos é conseguir despir uma mulher com os olhos. Estava quase enlouquecendo de frustração por nunca ter tido a chance de tentar com você. — Ele a tocou nos braços, no colo, nas pernas. — Fiquei francamente surpreso.


Dulce o acariciou nas faces, na testa, nas pálpebras. A barba estava começando a crescer. Ao beijá-lo no queixo, ela sentiu a aspereza contra sua pele.


A chuva continuou a cair no decorrer da noite, fazendo palco aos repetidos atos de amor. Com toda a probabilidade, nenhum outro homem e nenhuma outra mulher haviam sido mais compatíveis no sexo. Ao menor toque, Christopher fazia Dulce vibrar com uma excitação da qual nunca se julgara capaz de sentir e retribuir. A inibição foi sendo esquecida. Antes que a noite chegasse ao fim, Dulce já havia conseguido comandar a situação, colocando-se por cima dele, sentindo seu batimento cardíaco sob a palma da mão, explorando cada milímetro do corpo masculino até ouvi-lo gemer de desejo.


Houve apenas um momento em que eles não chegaram a um entendimento. Foi no instante que Christopher tentou acender o abajur sobre a mesinha de cabeceira.


— Não! — Dulce protestou, escondendo-se sob o lençol. Christopher pestanejou, surpreso.


— Mas eu quero olhar para você! Quero nos ver juntos!


— Não faça isso. Por favor. Se você quer que eu continue a seu lado, não acenda a luz!


Ele suspirou, sem entender. Até aquele instante, Dulce estava se deixando amar sem reservas. Ela havia participado dos jogos do sexo de maneira a não apenas receber, mas também proporcionar prazer a ele.


— Não consigo entendê-la. Você é linda. Posso adivinhá-lo, embora você ainda não tenha permitido que eu veja seu corpo.


— Prefiro deixar a luz apagada. Não me pressione. Eu lhe peço. Dulce sabia que seus cabelos estavam despenteados da maneira como os fotógrafos gostavam de exibi-los. Os óculos continuavam guardados na bolsa, no andar de baixo.


Aquela noite estava sendo a mais especial de sua vida. Christopher a queria independentemente de sua aparência. Faria tudo que estivesse ao seu alcance para não arruinar a magia que os envolvera. E Christopher respeitou sua vontade, embora interpretasse o motivo de maneira completamente equivocada.


— Não pensei que você fosse tão tímida.


Christopher ficaria surpreso se soubesse como funcionavam os bastidores de um desfile de moda. A timidez não combinava com a profissão de modelo. Enquanto as roupas eram apresentadas ao público nas passarelas, por trás das cortinas, as modelos se trocavam na frente umas das outras, e de todos os fotógrafos, cabeleireiros, maquiadores e assistentes. Ela já havia sido despida por outras mãos que não as dela. Por muitas mãos, na realidade. Mãos frias e impessoais. Ninguém jamais a tocara com carinho como Christopher fizera.


— Isso o incomoda?


— Não. Mas é surpreendente pelo fato de você já ter sido casada.


— Sim, eu já fui casada — Dulce admitiu com ar distante. — Mas era jovem e imatura. Sinto-me como se fosse agora outra pessoa.


Mike e ela namoraram poucos meses antes de se casarem. Ele, como a maioria dos homens, ficara fascinado pela beleza de Dulce. Pensaram que se amavam. A realidade os fez ver que o que sentiram um pelo outro foi apenas ilusão.


Na época, Blanca já estava planejando a mudança para Nova York. Ela não queria esperar que a filha terminasse a faculdade para tentar a carreira de modelo. Dulce resistiu às pressões. Gostara da idéia de ganhar dinheiro para exibir roupas bonitas, mas não concordava em sacrificar Mike pelo mundo da moda.


A proposta de um casamento rápido partiu da própria Dulce, em um esforço desesperado para conciliar as exigências de sua mãe com o amor. Blanca foi esperta. Em vez de proibir a união, ela a permitiu. Fez da vida dos dois um inferno. Mike se cansou de suas intromissões e pediu o divórcio após seis meses de difícil convivência.


— Ele era bom e gentil para mim. Poderíamos ter sido felizes se minha mãe não tivesse se intrometido entre nós.


— Você nunca havia mencionado sua família.


— Eu só tenho minha mãe. Não nos entendemos. Nunca nos entendemos.


— Você é próxima de alguém, Candy? — Christopher perguntou, sentindo-a solitária como nunca.


A conversa estava se tomando pessoal demais. Dulce não queria mais falar de si própria. Sorriu, e tocou-o no queixo com as pontas dos dedos.


— Neste momento, estou próxima de você.


Enquanto Dulce tirava um cochilo, Christopher se levantou e preparou ovos com torradas e uma jarra de café. Se o barulho que fizera não a acordara, os aromas surtiriam esse efeito.


— Que tal? — Ele piscou junto à porta.


— Como adivinhou que eu estava faminta? — Dulce se sentou e espreguiçou enquanto Christopher atravessava o quarto e depositava a bandeja na mesinha-de-cabeceira.


— Posso acender a luz agora? — Ele entregou a ela uma de suas camisas e esperou que se vestisse.


— Só um instante. — Dulce abriu a bolsa e pegou os óculos escuros. — Agora pode.


— Você precisa realmente colocar os óculos para tomar café?


— Não quer que eu derrame tudo em sua cama, quer?


Eles comeram quase sem falar. Terminada a refeição, Dulce voltou a se recostar nos travesseiros.


— Você faz idéia de como eu me senti quando você desapareceu, sem deixar endereço?


— Sinto por não ter me despedido de você. Não havia tempo.


— A razão foi apenas essa? — Christopher franziu o rosto.


— Que outra razão poderia haver?


— O clima estava ficando quente no viveiro de plantas. E eu não estou falando em termos meteorológicos — Christopher murmurou, insinuante. — Se Alma não a tivesse chamado ao telefone, acho que teríamos feito amor sem pensar nas conseqüências. — Ele fez uma pausa. Ao prosseguir, seu tom foi sério. — Foi o medo que a fez fugir? Medo de uma situação que não sabe como enfrentar?


— Não sei. Talvez.


— Ou foi medo de mim?


— De você?


— Fazia muito tempo que você não tinha um homem, Srta. Saviñon — Christopher declarou, entre o humor e a arrogância masculina. — Estava precisando de alguém para satisfazer seus desejos mais íntimos e secretos.


Dulce foi tão rápida ao se levantar da cama que Christopher não teve tempo de reagir até que ela desaparecesse pela porta e estivesse no meio do hall.


— O que houve? Aonde você vai?


Ao se virar para responder, Dulce poderia tê-lo fuzilado com os olhos.


— Não preciso de ninguém, Sr. Uckermann. Principalmente de um homem que sinta pena de mim.


— Pena? De que você está falando, Candy?


— Tente descobrir! — Ela entrou no próprio quarto e bateu a porta com um estrondo. Trancou-a para se certificar de que ele não poderia segui-la. A idéia de que Christopher lhe tivesse feito amor por caridade era insuportável. Principalmente depois de tudo pelo que passara naquele dia.


— Candy! -Christopher golpeou a porta. — Abra!


— Vá embora!


— Preciso falar com você.


— Eu disse para você ir embora!


— Se você não abrir essa porta, eu a derrubo — ele avisou.


— Suas ameaças não me intimidam.


Antes elas tivessem surtido efeito. Com o golpe seguinte, Christopher rachou a porta de madeira e estourou o trinco. Dulce cruzou os braços no peito como se esse gesto pudesse protegê-la. Não adiantou. Christopher avançou pelo quarto, segurou-a pelos ombros e sacudiu-a.


— Você é a mulher mais teimosa que eu já conheci. Pena? Como alguém não consegue diferenciar pena de amor?


Dulce se desarmou diante da explicação. Seus braços caíram ao longo do corpo e seus olhos pousaram incrédulos, nos dele.


— Amor? Christopher suspirou.


— Por incrível que pareça, eu estou sendo sincero. Amo você. E sabe o que mais? Essa idéia me assusta. Você me seduziu como nenhuma outra mulher. Com você, eu não sei se estou indo ou voltando. Nunca me senti assim antes. É terrível. Não tenho mais controle sobre minhas emoções.


Para provar o que dizia, Christopher a surpreendeu com um longo beijo. Sem lhe dar chance de se afastar ou de falar, ele a foi empurrando em direção ao sofá. Abriu a própria camisa que a cobria de modo a poder beijá-la também nos seios. Com o mesmo ímpeto que a submetera a sua paixão, ele se despiu.


A relação foi breve e instantânea. Mas a recuperação foi longa e persistente.


Dulce fechou os olhos e deixou que a água morna deslizasse por seus cabelos, por todo o seu corpo. Ensaboou sua pele com movimentos leves. Jamais se concentrara antes para um banho. Mas agora era diferente. Sensações inéditas haviam sido experimentadas. Ela queria saber como Christopher se sentira ao tocá-la. Tentou evocar cada palavra que ele sussurrara em seu ouvido.


Depois de fazerem amor com uma urgência que ela nunca conhecera antes, eles haviam dormido de cansaço um nos braços do outro. Christopher ficara desapontado ao acordarem e Dulce pedir que ele voltasse para o quarto dele.


— Por quê? — ele resistira. — Gosto daqui. E daqui e daqui. — Pousou os lábios nos dela ao dizer isso e colocou as mãos sobre seus seios.


Dulce o empurrou, incapaz de permanecer séria.


— Alma pode chegar a qualquer momento.


— Qual o problema? Não sou mais criança.


— Certamente que não — Dulce concordou com malícia, provocando em Christopher uma reação de protesto.


— Esse não é um bom caminho para me convencer a sair daqui, meu bem. Ou você mudou de idéia? — Christopher se inclinou para beijá-la.


Dulce não apressou o beijo, mas se afastou assim que ele terminou.


— Eu não mudei de idéia. — Ela se levantou.


— O que você acha de um banho rápido? — Christopher propôs, insinuante.


— O que você acha de um banho bem demorado? — ela retrucou com um sorriso.


— Está falando sério? — O rosto dele se iluminou.


— Cada um em seu banheiro.


— Ah, que proposta sem graça! E se fôssemos correr? Assim poderíamos ficar mais algum tempo juntos antes do banho. — Ele diminuiu o tom de voz. — De repente, você muda de idéia até lá... Dulce tomou a sorrir.


— Vá sem mim. Não me sobraram energias. Essa afirmação o deleitou.


— Eu me sinto tão bem que poderia escalar o monte Everest neste momento.


Agora, embora tivesse acabado de sair do banho, Dulce precisou se abanar. Um calor intenso a invadiu pela lembrança de cada gesto, de cada palavra, de cada beijo, Porque, ela admitia, estava completamente apaixonada por Christopher Uckermann.


Diante de seu reflexo no espelho, Dulce procurou evidências do sentimento que transbordava de seu peito. Os olhos exóticos que ela lutara todo aquele tempo para esconder a fitavam transparentes de emoção. O que Christopher pensaria se ela o deixasse vê-los? Concordaria que eram tão misteriosos como os outros proclamavam? Ele lhe diria que os achava lindos?


Dulce abriu o gabinete da pia e apanhou um lápis preto. Girou-o entre os dedos da mesma maneira que faria alguém que vencera o vício do fumo com um cigarro proibido. Deveria realçar seus olhos amendoados antes de exibi-los? Deveria aplicar um pouco de cor nas maçãs de seu rosto? Um toque de brilho nos lábios?


Não trouxera nenhuma roupa branca de seus armários de Nova York. Em contraste com sua pele morena, o branco a tomava ainda mais atraente. Tantos vestidos, tantas blusas e tantas calças compridas. Mas tudo que ela possuía de bonito e de sofisticado estava longe dali. Também as jóias e as bijuterias.


Por um minuto. Dulce desejou se apresentar absolutamente maravilhosa.


O que Christopher pensaria quando a visse?


— Você não pode estar gostando de mim de verdade — Dulce murmurou depois de se amarem.


— Eu te amo.


— Sei que você vive cercado de mulheres bonitas. Não sou seu tipo.


— Talvez seja por essa razão que eu te amo tanto. Já tive muitas mulheres bonitas, mas elas eram fúteis em comparação. Você tem a essência. Alma. Adoro seu corpo e o que ele me faz sentir. Mas eu me apaixonei pelo que você é por dentro.


Dulce devolveu o lápis ao estojo de maquiagem e fechou o gabinete. Cobriu o rosto com as mãos e suspirou. A vaidade a instigava a se mostrar a ele como era. Mas em vez de admiração, ela não poderia ser uma causa de desapontamento quando se revelasse o tipo de mulher que Christopher desprezava?


Não queria se enganar com ilusões. Sabia que o relacionamento deles não teria futuro. Não haveria um final feliz. Em breve Christopher estaria recuperado e voltaria para suas atividades normais. Ela o perderia para sempre. Não lhe restaria mais nada. Apenas lembranças. Por isso, aproveitaria cada oportunidade que se apresentasse para ficarem juntos, para se alimentar do amor que ele dizia lhe dedicar, para lhe entregar seu próprio amor.


Jamais soubera realmente o que era o amor. A única pessoa que se importara com ela fora Morey, mas nem mesmo ele a conhecera, porque não fora capaz de lhe demonstrar confiança.


Christopher a queria. Christopher a amava. Ela aceitaria o que ele tinha a lhe oferecer e depois partiria sem remorsos. Continuaria a viver sob a personalidade de Candy Saviñon porque era essa a mulher que ele aprendera a valorizar.


Dulce estava terminando de vestir uma calça jeans e um camisão azul quando ele bateu à porta.


— Só um instante! — ela pediu embora já estivesse se encaminhando para a porta. — Então, você não vai consertar a fechadura antes que Alma possa ver o estrago?


— Você não vai me dar um beijo?


— Você não vai tomar uma ducha?


— Meus lábios não estão suados.


Dulce se levantou nas pontas dos pés e beijou-o rapidamente. Christopher fingiu ofensa.


— Acho melhor eu tomar um banho ou não vou ganhar mais nada.


Como não se contagiar com o bom humor e o charme irresistível? Ela sorriu e beliscou-o de leve.


— Está com fome?


— O que se pode comer às nove da manhã depois de um farto desjejum às quatro?


— Misto quente?


— Boa idéia.


— Os sanduíches estarão prontos quando você descer. Dez minutos depois, Christopher se apresentou à porta da cozinha.


— Estou terminando de fazer uma salada de frutas e... Dulce não pôde terminar a frase. Christopher a enlaçou por trás e afundou o rosto em seus cabelos para beijá-la no pescoço.


— Adoro seu perfume. Adoro seu gosto. Adoro você. — Ele a fez virar e se apoderou de sua boca.


— Seu sanduíche está esfriando.


— E eu estou esquentando — ele murmurou, rouco. Dulce pigarreou e empurrou-o.


— Você é incorrigível. Agora, sente-se e coma.


— Você está ficando tão mandona quanto tia Alma.


— Apenas não quero que sejamos pegos em flagrante, caso ela chegue sem percebermos.


A pequena refeição se estendeu por um longo tempo e por longos silêncios em que eles se perdiam em apaixonada contemplação. Christopher tomou a pedir que ela tirasse os óculos, mas Dulce continuou alegando a mesma desculpa para conservá-los.


— Eu não conseguiria ver você — murmurou com inocência e o distraiu espalhando beijos por suas faces e queixo até chegar aos lábios.


— Olá! Alguém em casa? — Alma chamou do hall de entrada. Dulce se afastou e pestanejou, assustada. Christopher sorriu com displicência.


— Estamos aqui, tia Alma.


— Oh, que amor! A Srta. Saviñon lhe preparou o café da manhã! Dulce se levantou e puxou uma cadeira para sua senhoria.


— Acabei de fazê-lo. Sente-se e coma algo conosco. Aquela pessoa que você foi visitar está melhor?


— Muito melhor. Estava precisando de companhia mais do que qualquer outra coisa. E você? Como foi de viagem? Quando voltou?


O relato se restringiu ao essencial com Dulce omitindo os detalhes.


— Peço que me desculpe pela pressa com que parti sem dar nenhuma explicação.


— Foi compreensível diante das circunstâncias — Alma respondeu com um toque carinhoso. — Christopher lhe contou que mandou arrumar seu carro enquanto esteve fora?


— Não — ele próprio respondeu. — Eu não me lembrei de contar, apesar de termos estado juntos em várias ocasiões.


Dulce dirigiu a ele um olhar de advertência que poderia ter sido dispensado. Alma não pareceu notar o duplo sentido da frase.


— Está um pouco abatida, Alma — Dulce observou. — Gostaria de se deitar? Se quiser, eu lhe preparo uma bandeja e a levo em seu quarto.


— Obrigada, querida. Acho que vou aceitar sua gentileza. Estou realmente cansada. Fiquei acordada até tarde em longas confabulações.


Christopher ajudou a tia a se levantar e garantiu que nem ele nem Dulce precisariam de nada. Disse que ela deveria tirar o resto do dia para descansar e que não deveria se preocupar em preparar o jantar porque ele as levaria a um restaurante.


— Ele não é adorável? — Alma se dirigiu a Dulce, embora olhasse para o sobrinho.


— Sim, ele é — Dulce concordou com um sorriso.


— Você foi sincera? — Christopher quis saber, um minuto depois, quando ficaram novamente a sós.


— Sobre o quê?


— Sobre eu ser adorável? — Dulce estava lavando a louça e Christopher se ofereceu para enxugá-la. De repente, largou o pano de prato na pia e abraçou-a por trás. — Por que esconde seus seios sob roupas largas? Eles são lindos. Você não tem nenhuma blusa que os realce?


— Não — Dulce mentiu e fez um movimento pouco convincente para se soltar. — Gosto de me sentir à vontade. Isso faz alguma diferença para você?


Ela o sentiu concordar com um gesto de cabeça.


— Eu adoraria poder olhar sempre para eles. Dessa vez, o protesto foi mais firme.


— Solte-me, Christopher. Alma pode nos surpreender.


— Ela está dormindo. — Ele a fez girar em seus braços. — O que acha de voltarmos para o viveiro de plantas?


Dulce engoliu em seco.


— Para o viveiro?


— Sim. Estou ansioso para sentir mais de seu corpo contra o meu.


— Você é incorrigível — Dulce declarou, ofegante.


— Sanduíches quentes causam esse efeito sobre mim — ele contou. — Principalmente quando são preparados por uma garota linda e incrível como você. — Christopher abraçou-a pela cintura e beijou-a. O beijo suave de início começou a aprofundar. As línguas se tocaram e a exploração se estendeu para as mãos.


— Quero ter você agora — ele disse, rouco de excitação. — Vamos para o viveiro ou para o quarto?


— Não podemos fazer isso.


— Por que não?                             


— É dia.


— Qual o problema?


— Tenho um trabalho a fazer. Quatro, na verdade. Recebi quatro novos pedidos.


Um suspiro de resignação escapou do peito dele.


— Está bem. Eu a deixarei em paz com seu trabalho se me deixar ficar com você em seu quarto. Prometo não atrapalhar sua concentração. Ficarei lendo.


Dulce o encarou com ceticismo, certa de que ele estava usando de um subterfúgio para levá-la para a cama.


— Está bem — concordou, por fim. — Mas fique certo de que eu lhe cobrarei a promessa.


Subiram em seguida e se esforçaram para se ater ao combinado. No meio da tarde, porém, a necessidade de se amarem os venceu.


Foi maravilhoso, como das vezes anteriores, mas Christopher se sentiu ainda mais desapontado pela insistência de Dulce em fecharem as cortinas. Ele ansiava por ver o corpo dela banhado pelo dourado do sol. Sentia que a amava. Ela preenchia um vazio em seu interior que antes não sabia existir. E agora que a encontrara, ele faria tudo o que estivesse ao seu alcance para continuarem juntos.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): dullinylarebeldevondy

Este autor(a) escreve mais 22 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Capítulo VIII Ela está chegando. — Dulce ouviu Christopher dizer assim que entrou pela porta da frente. — Candy? — Sim, sou eu. Ele foi ao encontro dela no hall e puxou-a pela mão. — Estou com alguém que quero que você conheça. — Quem? — Deve se lembrar de eu ter mencionado Poncho Tandy um d ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 209



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:26

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:26

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:24

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:24

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:24

    Amei!! *---*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais