Fanfics Brasil - ≈ღ≈A Outra Face de Dulce≈ღ≈[Terminada]

Fanfic: ≈ღ≈A Outra Face de Dulce≈ღ≈[Terminada]


Capítulo: 9? Capítulo

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Capítulo X



Ela estava deslumbrante. O vestido que escolheu fora desenhado especialmente para um comercial de perfume. Era todo branco. Maravilhoso. Ao verificar as caixas que sua mãe lhe remetera, ela o separara de imediato por ele ser um de seus favoritos. Precisara alargá-lo um pouco por causa de seu ganho de peso, mas o tecido ainda se amoldava com perfeição a cada curva de seu copo. O decote era pronunciado, preso por uma fivela de strass em apenas um dos ombros. Como acessório, ela colocou brincos de pingente, também feitos de strass.


Os cabelos foram cuidadosamente lavados e modelados em cachos. Depois de secos, escovou-os para baixo. Ao jogá-los para trás, eles caíram com sensualidade sobre os ombros e sobre as costas, emoldurando os contornos do rosto. Embora as unhas continuassem curtas, pintou-as com um esmalte coral perolado da mesma tonalidade que o batom. A pele bronzeada recebeu um tratamento cosmético que lhe conferiu uma textura suave e luminosa. Os cosméticos foram aplicados com parcimônia. Dulce queria um resultado natural embora de efeito para realçar seus traços exóticos.


A limusine parou na calçada, bem na frente da mansão River Oaks, onde a festa seria realizada. O motorista desceu e deu a volta para lhe abrir a porta. Ao que ela agradeceu.


Era verão e a noite prometia ser quente. Uma brisa balsâmica soprou em seu rosto, trazendo o perfume das gardênias e magnólias em floração. Um arrepio intenso lhe percorreu o corpo. De tensão. Ela sabia que não era pelo frescor do vento em sua pele que estremecera.


Representantes da mídia eram mantidos afastados por uma corda. Passou por eles de ombros eretos e cabeça erguida. Os flashes das câmeras pipocaram.


— Depressa! — Dulce ouviu uma voz de mulher. — Bata algumas fotos antes que ela entre na casa.


— Quem é ela? — perguntou um homem.


— A modelo Dulce — a mulher respondeu em tom de reprovação. — Você nunca lê nada além de revistas e jornais de esporte?


— Ah, eu acabo de lembrar — ele disse. — Eu a vi posando em traje de banho para a Sports Illustrated. Ela é uma modelo famosa.


— Uma top model — a mulher enfatizou.


— O que será que está fazendo aqui?


— Ainda não sei, mas pretendo descobrir. Ela não é vista em público há meses. Segundo os rumores, isolou-se para tratamento em uma clínica de estética por ter engordado.


— Eu adoraria se todas as mulheres tivessem essas mesmas medidas.


Dulce já havia ouvido o suficiente para saber que sua presença ao evento logo seria de conhecimento geral. O que viria a seguir estava fora de seu alcance. A engrenagem já estava em funcionamento. Não se importava com o que fossem pensar ou dizer a seu respeito. Apenas uma opinião lhe interessava.


Deus, qual seria a reação de Christopher quando a reconhecesse ou alguém lhe contasse quem ela realmente era?


Dulce galgou os degraus da imponente mansão em estilo colonial. A entrada, recepcionando os convidados estava um casal de meia-idade, distinto e sorridente. Eram os sócios-presidentes do time de Christopher, o Houston Mustangs. Poncho Herrera conversava com eles e emudeceu, como se um raio o atingisse e paralisasse sua fala e seus movimentos. Em uma atitude caracteristicamente masculina, examinou-a da cabeça aos pés.


— Olá, Poncho — Dulce cumprimentou-o, sem conseguir se fazer ouvir sobre o burburinho das vozes e dos altos acordes da música que vinha de dentro dos salões.


Os olhos dele se forçaram a fixar os dela. A resposta a seu cumprimento soou abafada.


— Olá.


Poncho fez espaço para que Dulce se reunisse ao pequeno grupo. Tanto o homem quanto a mulher a encaravam com curiosidade, obviamente no aguardo de uma apresentação.


— Sr. e Sra. Harrison, esta é a Srta...


Dulce sorriu. Poncho não a havia reconhecido. Para lhe poupar um maior constrangimento, ela estendeu a mão e disse seu nome verdadeiro.


O dono do time reagiu como a maioria dos homens que a viam pela primeira vez. Parecia estupefato. A Sra. Harrison lhe sorriu, amável.


— É uma honra recebê-la em nossa casa, Dulce. Seu vestido é magnífico!


— Obrigada.


— Poncho, por que você não serve algo para Dulce beber? — ela sugeriu.


— Sim, sim, é claro. O que você gostaria...? — Ele fez um sinal em direção ao bar, querendo dizer que talvez fosse mais prático se Dulce o acompanhasse. Não a segurou pelo cotovelo como seria de esperar de um cavalheiro. Permaneceu a seu lado, esperando que ela decidisse o que fazer.


Dulce agradeceu a festa e se afastou de modo a permitir que os anfitriões dedicassem sua atenção aos outros convidados. Poncho continuava encarando-a e tentando entender como aquela mulher estonteante poderia estar a seu lado e se comportando como se o conhecesse. Ele certamente se lembraria dela, se a tivesse encontrado antes. A única justificativa para seu esquecimento seria um episódio de alcoolismo. Mas ele nunca bebia mais do que uma cerveja ou duas e um ou dois copos de vinho.


— Você disse que se chama Dulce.


— Sim, mas fui apresentada a você como Candy. Em Galveston. Algumas semanas atrás. Você sabe se Christopher já chegou? Eu ainda não o vi por aqui.


Poncho interrompeu abruptamente o passo. Seu queixo virtualmente caiu. A perplexidade tomou a emudecê-lo. De repente, ele se pôs a rir e a balançar a cabeça.


— Eu nunca adivinharia! Aquele malandro conseguiu me enganar. Que peça ele me pregou! Você e ele. Porque você estava mancomunada com Christopher, não estava? Céus, eu não a teria reconhecido nem sequer em um milhão de anos.


— Não foi uma brincadeira. Eu... — Dulce interrompeu o que estava dizendo ao avistar Christopher no meio da multidão. Entre os colegas do time, provavelmente. Embora Christopher fosse mais baixo do que os outros, para ela, ele continuava sendo o homem mais atraente da festa.


Seus cabelos estavam penteados com gel e enrolavam ao tocarem as orelhas e o colarinho. Sua pele morena contrastava com o branco imaculado da camisa e das calças. O blazer azul-marinho lhe caía com perfeição. Os olhos espelhavam seu sorriso e falseavam de excitação e expectativa cada vez que se voltavam para a porta de entrada.


Dulce sentia o amor transbordar em seu peito. Queria poder continuar olhando para ele sem ser notada. Queria adiar o inevitável. Mas como se uma força poderosa os atraísse, ele a viu naquele momento.


Christopher, como o amigo, pareceu ficar atordoado ao deparar com a deusa de branco. Seus cabelos pareciam fios de cobre e sua pele era lisa e suave como pêssego. Era tão linda que não parecia ser real.


Uma pontada de culpa o fez afastar os olhos da belíssima figura para que se voltassem mais uma vez para a porta de entrada. Por que Candy não chegava? Teria mudado de idéia?


Por ação reflexa, ou talvez pelo magnetismo da desconhecida, Christopher se sentiu compelido a observá-la novamente. Ela continuava olhando para ele. Por educação, ou por instinto, ele inclinou a cabeça em saudação. Ela sorriu. Ele sentiu o coração bater mais rápido ao reconhecer aquele sorriso.


Dulce constatou o exato instante da descoberta. A nitidez foi como tinta derramada em papel branco. A incredulidade estampou-se no rosto dele. Um amplo sorriso mudou o semblante em poucos segundos. Christopher começou a andar na direção dela. A impressão que dava era que só estavam eles dois naquela imensa sala. Que os outros haviam deixado de existir. Ela correspondeu ao sorriso. Alívio e alegria se mesclaram. Até que as feições de seu amado adquiriram o aspecto que ela tanto temera.


O sorriso desapareceu abruptamente. Os olhos cálidos de ternura se tomaram frios como aço. A postura tomou-se rígida. De repente, ele se virou e começou a se afastar. Os outros convidados, sem noção do drama que estava se desenrolando ao redor, bebiam e conversavam.


— O que houve com ele? — Poncho franziu o rosto à atitude do amigo. Ao ver Dulce tentar segui-lo, apressou o passo.


— Mais tarde nós lhe explicaremos. Poncho hesitou.


— Você quer que eu a acompanhe?


— Não é necessário, mas obrigada mesmo assim. Preciso falar com ele a sós.


Bastou aquela breve distração para perdê-lo de vista. Embora Christopher fosse alto, seus colegas o eram ainda mais de modo que se tomou difícil localizá-lo. No meio do salão, os atletas pareciam troncos de árvores de uma floresta impenetrável. Por uma fração de segundo, ela vislumbrou uma porta-balcão ser aberta, Christopher estava saindo para o jardim. Talvez agora tivesse condições de alcançá-lo.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:26

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:26

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

    Amei!! *---*

  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

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  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

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  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

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  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:25

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  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:24

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  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:24

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  • anevondy Postado em 03/08/2012 - 21:04:24

    Amei!! *---*


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