Fanfic: Criando o Própio Futuro

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-Você faz com que eu deixe de ser
eu mesmo.

-Então como é Você de verdade?
–Kate perguntou ainda ofegante.

-Nunca corro riscos, sou totalmente
controlado e... Tímido.

-Tímido? Então eu realmente te
mudo.

            Eles
passaram o restante da viagem tentando retirar informações, da vida pessoal, um
do outro, sem sucesso. Na última parada desceu Kate, Gustavo, June e Marco, que
por sinal havia ignorado as várias tentativas de uma conversa de Gustavo, o
que, apesar de irritada com a situação, divertiu muito Kate e June. Eles
pegaram um taxi, Gustavo indicou o endereço para o motorista, e então foram
calados em uma situação um tanto constrangedora.

            Marco
encarava Gustavo, tentando analisá-lo, June tentava distrair Marco, Kate
tentava deixar Gustavo mais à-vontade na presença dos amigos e Gustavo estava
constrangido e se sentindo um intruso. Após alguns minutos chegaram á casa do
tal amigo de Gustavo.

            Gustavo
saiu do carro primeiro, deu a volta no mesmo e abriu a porta para Kate e
conseqüentemente para June, ofereceu o braço para Kate, que o aceitou sem
demonstrar a surpresa pelo cavalheirismo. Eles pararam à frente de uma bela
casa, pintada em um amarelo mostarda, e com portões de madeira. Gustavo tocou a
campainha duas vezes e esperou. Logo uma senhora de aparência delicada e
angelical veio atender a porta, e sem muitas palavras reconheceu Gustavo, o que
fez com que lágrimas escorressem por seus olhos.

-Ora Dona Eva, não chore... Achei
que ficaria feliz em me ver. –Gustavo brincou, enquanto soltava o braço de Kate
para abraçar a senhora.

-Meu filho, eu não estou chorando
por tristeza... É por felicidade mesmo. –Ela dizia enquanto dava beijos no
rosto de Gustavo, que a abraçou mais uma vez antes de falar.

-Avisei ao Tom sobre minha vinda.

-Ele me disse... Só não falou sobre
a data.

-E nem poderia... Ele mesmo não
sabia... Ah, aliás... Nem apresentei meus amigos: Esse é meu amigão Marco, – Gustavo
disse, apenas para provocar, e Kate riu discretamente. Marco sorriu falsamente.
– Essa é a namorada dele: June, e essa é a Kate. –Ao mencionar Kate, ele a
pegou pela mão livre, e puxou-a para perto de si, delicadamente.

            Todos
entraram na casa, conversara um pouco e ao cair da tarde foram apresentados aos
quartos de hóspedes que ocupariam. Quando todos haviam ido descansar, Gustavo
saiu para a varanda da casa e sentado em um banco de jardim observou o céu da
noite, e o balançar da grama conforme a brisa lhe tocava. Imerso em seus
pensamentos não sentiu quando Kate lhe tocou o ombro, e apenas depois de ela
lhe chamar três vezes ele “despertou”.

-Tudo bem?

-Ah, desculpe... Estava com a mente
em outro mundo. –Ele brincou.

            Ela
sentou ao lado dele.

-Uma moeda pelos seus pensamentos.

-Péssima oferta. –Ele fingiu
desdenhar, enquanto sorria.

            Ela
sorriu, e voltou a dizer:

-Um beijo por seus pensamentos.

-Ah... Agora você entendeu o que
quero. –Eles riram.

-E então... Não quer falar?

Continua...