Fanfic: Criando o Própio Futuro

Ela balançou a cabeça em positiva. Estava decepcionada, surpresa e até mesmo com medo do que poderia ouvir Gustavo dizer. Depois de alguns minutos sem resposta, ela deduziu que ele queria vê-la longe, ao menos por enquanto. Quando ela começou a se levantar, Gustavo voltou a si e puxou-a por sua jaqueta, que ela vestia. Com isso ela desequilibrou e caiu nos braços dele.

-... Você... – Foi tudo que ela conseguiu dizer.

-Eu estou preocupado... Claro, mas não conseguiria ficar longe de você. Falo sério que, apesar de nos conhecermos a pouco tempo, eu preciso de você.

            Ela o abraçou fortemente, então eles ouviram um barulho do outro lado do quintal, um barulho de carro.

-O Tom chegou.

            Ela se sobressaltou, então ele ficou de pé e a ajudou a levantar. Ambos recolheram suas roupas e entraram na casa pela porta do fundo. Sem fazer barulho algum, eles subiram para o quarto de Gustavo. No quarto, eles riram, se beijaram e se amaram louca e apaixonadamente.

            De manhã Kate acordou atordoada, e imaginou tudo como um sonho... Até que Gustavo a apertou mais contra seu peito. Ela o olhou e viu que ele fazia isso inconsciente, pois ainda dormia. Ela afastou a mão dele cuidadosamente para não acordá-lo, saiu da cama e vestiu sua roupa da noite anterior, foi para seu quarto e tomou um banho para trocar-se e ir tomar café.

            Gustavo acordou e não viu Kate, levantou rapidamente e entendeu que ela teria que se trocar. Tomou um banho, vestiu roupas limpas e desceu para tomar café da manhã, que era o que seu estomago lhe implorava.

            Ao entrar na cozinha, viu seu amigo de infância Tom, sentado em uma cadeira ao lado de Kate. Ele prestou mais atenção e percebeu um sorriso insinuador no rosto de Tom, indicado á Kate. Ela parecia estar tentando ignorar o flerte de Tom com um sorriso inocente e um balançar de cabeça. Gustavo não gostou daquilo, não sabia o porquê, apenas não gostou. Ele se aproximou mais.

-Tom... Velho amigo! –Gustavo se anunciou estridente.

-Ora, ora... Meu amigo dorminhoco!

            Eles se abraçaram. Gustavo se aproximou de Kate, e com a mão em sua cintura lhe deu um beijo tanto carinhoso quanto possessivo. Tom tossiu surpreso. Pelo canto do olho Gustavo viu Kate disfarçar para não romper em risada, diante da reação de Tom. Então Gustavo a encarou mais diretamente, pensando no quanto ela estava linda com o cabelo molhado, e em conseqüência mais escuro, com uma “baby look” que marcava bem suas curvas, um shorts jeans claro e algumas pulseiras no braço. Tudo nela era sexy, provocante... Simplesmente perfeito.

            Ao ver Gustavo encarando-a, Kate lhe deu um sorriso, e então corou, o que o fez rir.

-Ontem à noite... Quando eu estava chegando, ouvi um barulho no quintal... Vou ter que pedirem para dedetizarem novamente. –Tom comentou, apenas para puxar assunto.

            Ao ouvir isso Kate ficou paralisada, encarando o prato com mamão. Gustavo não se conteve e começou a rir, mas para não levantar suspeitas, tentou disfarçar a risada com uma tosse.

-É mesmo?!... Aqui tem muitos problemas com esse tipo de praga? –Gustavo perguntou, divertindo-se com o nervosismo de Kate.

-Há algum tempo que mandei dedetizar, daí por diante não precisei mais.

-Então aguarde um pouco, podem ter sido apenas gatos. Vi uma gatinha ontem à noite.

-Viu? No quintal?

-Sim...

-Com licença... –Kate disse ao sair da mesa. Gustavo engoliu em seco e, pedindo licença, foi atrás dela.

            Kate saiu no quintal, e ao por a mão no portão, para abri-lo, sentiu Gustavo segurando sua mão.