Fanfic: Mudança de Habitos

10-Decisões.

Eu estava feliz,segundo o médico,eu vou pra casa hoje.Cinco dias,nesse hospital,não aguento mais.Antes eu estava feliz em poder ficar aqui,e fugir de falar com o Ruan e com o Leandro,mas depois que os dois disseram que não iriam me pressionar e que um quarto de hospital não era o melhor lugar pra discutir relacionamentos,eu não via a hora de ir embora de uma vez.Afinal,estava sendo otimo.Meu quarto tinha uns seis vasos de flor,quatro balões

com frases do tipo:Melhoras!,fora a atenção e o carinho que eu estava recebendo das minhas familias e amigos.Até a Samantha,Roberta e a Baby vieram me visitar.Disseram,que a escola inteira estava ansiosa pela minha volta.Aós saber disso decidi não avisar quando eu voltaria pra escola,por que apesar de sair do hospital eu ainda estava com o braço direito engessado.Agora estou aqui esperando meus pais que viriam me buscar hoje,pra passar o dia comigoeu acho.Talvez eles estivessem com remorso,por me mandarem pra cá.

-TocToc-meu pai falou quando chegou na porta.

-Oi,pai.

-Como está,minha filha mais velha preferida.

-Estou otima.-minha mãe entrou no quarto com a minha irmã Alice,ela estava segurando um vaso de flores,quando me viu correu e falou

-Pra você Quel!

-Ah obrigada!Deixa eu te dar um beijo.-eu beijei seu rostinho,e depois dei um beijo na minha mãe também.

-Então vamos pro carro?

-Onde vamos comer?Não aguento mais comida de hospital.

-No Outback.-minha mãe respodeu sem pensar,mas outback,esse restaurante só tem em São Paulo.

-Vocês?-eu não consegui terminar a frase

-Nós vamos te levar pra casa.

-Não!Eu não posso voltar ainda,minha vida vai ser um inferno!Pai só faz uma semana.-eu apelei,meus olhos cheios de lagrimas eu não podia ir embora,ainda não.Ele suspirou.

-Tudo bem,vamos almoçar,e conversar sobre isso.

-Esta,bem.Posso sugerir algum lugar?

-Não,você sabe que eu não posso comer qualquer coisa.-

-Tem razão.-meu pai não pode comer qualquer coisa,porque ele é operado do estomago,eu tinha me esquecido.

-Então vamos,estamos todos com fome.-minha mãe,disse apressando a gente,impressionante.Como ela ainda não deixou o curriculo aqui,ela adora trabalhar em hospitais.

Nós almoçamos em um restaurante no Shopping Tamboré,é umas duas cidades depois do Colinas,mas é um shopping muito show.Depois que eu peguei comida pra mim(eu peguei por ultimo porque eu como rapido)eu achei que devia iniciar o assunto,mas antes fiz uma lista dos argumentos mentalmente,eu não posso ir embora dos Colinas porque:

1-minha vida em São Paulo vai ser um inferno

2-não posso mudar agora só faz uma semana que eu cheguei

3-aqui não é ruim

4-eu preciso amadurecer em muitos aspectos(essa parte é mentira)

5-deixaria suspeitas

6-minha vida em São paulo seria um inferno9achei bom enfatizar bem isso)

7-seria uma desfeita para a minha nova familia.

Bom agora posso começar o assunto.

-Vai dar tempo de fazermos alguma coisa juntos antes de vocês irem.

-Filha,não precisa ficar no Colinas.Você tinha tantos projetos em São Paulo.

-Eu sei pai,mas eu tive que mudar os planos.

-E quais são seus novos planos?

-Manter o disfarce até a poeira abaixar em São Paulo.

-E você não vai fazer nenhum curso,ou quem sabe trabalhar pra ter experiencia em alguma coisa?

-Não tive tempo de pensar nisso ainda.

-Pois deveria.Não é porque os planos mudaram,que você vai ficar parada no tempo.

-Tudo bem,tem razão,mas eu só fiquei uma semana,eu ainda estava conhecendo a cidade,as pessoas,pra depois ver oque eu iria fazer por aqui.

-Eu sei,mas eu estou te alertando minha filha pra depois você não dizer que ninguem te avisou.

-Tudo bem-pausei rapidamente-Então eu fico aqui ainda,certo?

-Sim,mas por favor sem ficar se machucando toda hora.

-Pode deixar.

-Vamos embora,eu tenho que fazer muitas coisas ainda hoje.-disse a minha mãe enquanto limpava a boca da minha irmã.

-Tudo bem,vamos levar a Raq..Sarah pra casa dela.-meu pai não se acustumou tanto ao meu novo nome,eu penso que seria mais facil se eu tivesse um apelido,aí não faria diferença.Me levantei da cadeira lentamente,por causa do braço imobilizado,e uma dorzinha que devia ser na costela quebrada que eu não contei pra ninguem que estava sentindo,porque estava cansada de remedios e gente cuidando de mim o tempo todo.Caminhei até o carro seguindo os meus pais,entrei no lado do passageiro porque era mais facil pra eu entrar e sair.Pegamos a estrada,mas que estrada chata de todos os lados só tinha arvores,ou gramado,nem aqueles out-doors enormes com propagandas incompriensiveis não tinha,era tudo sem graça,descobri o porque,era porque nós já estavamos no Colinas.È estranho como eu me sinto totalmente dependente dessa cidadezinha quente e sem graça,como se algo meu estivesse aqui,algo que me conecta com esse lugar.

-Você está se dando bem com o Leandro?-meu pai perguntou me tirando dos meus devaneios

-Quando foi que eu me dei mal com ele?A gente discorda as vezes,mas nada demais.

-Ah,interessante.-fiquei sem entender o comentario,mas não dei tanta importancia-E você já fez amigos?

-È todo mundo é bem legal.Conheci umas garotas no primeiro dia,tem a galera do Jean e os amigos do Leandro.

-Quem seria a galera do Jean?-minha mãe perguntou curiosa

-Bom ele diz ser muito popular,mas a galera dele só tem uma pessoa,o Fabio um nerdizinho que só fala de videogame.

-Nossa,que podre!-meu pai disse e começou a rir,minha mãe já estava rindo antes de eu terminar de contar.

-Mas por que você não entra no msn,ou manda e-mails?-minha mãe que tinha aprendido a usar o msn recentemente,me intimidou com a sua perguntamas eu já tinha resposta pra isso

-È que,o computador fica no quarto do Leandro,e eu não gosto de ficar entrando lá toda hora,e não conheci nenhuma lan-house aqui ainda.

-Entendi,seu pai não pode fazer alguma coisa?-uau ela intimou o meu pai a fazer algo a respeito.

-No momento eu estou sem dinheiro,mas se você tivesse um notbook,seria o ideal.

-È seria o ideal,pra me encontrarem aqui.Por inquanto eu fico incomunicavel mesmo,e depois eu vejo oque eu faço.-respondi encerrando o assunto,não gosto de gastar dinheiro,a unica vez que eu fiz um gasto excessivamente alto,foi em um capricho sobre fazer a minha festa de quinze anos,porque eu não teria outra chance de fazer essa festa eu tinha que fazer.

-Mas você esta precisando de alguma coisa,filha?O papai não tem dinheiro,mas a gente dá um jeito.

-Não pai,fica tranquilo.-eu assegurei.

-Então,esta bem.-chegamos na casa,e eu desci as escadinhas sem ser convidada com sempre,tive a sensação de deja vú mas eu sabia que aquilo já tinha acontecido,meus pais me trazendo pra cá e coisa e tal,só que da outra vez meu braço não estava imobilizado.Quando eu ia pegar na maçaneta alguem abriu a porta,era o Leandro,eu tinha certeza disso,nem olhei só entrei e sentei na sala,esperando meus pais descerem.

-Já pensou no meu caso?-fiquei sem entender oque ele disse,mas me lembrei da nossa conversa no quarto do hospital,a proposta deles "amigos",acho que não tem problema.

-Você não lembra não é?-ele se adiantou.

-Claro que lembro,só estou fazendo um suspense.

-Ah,claro.Claro.-eu olhei pra ele fixamente,então estendi meu braço bom,e dei um sorriso.

-Parceiros.-eu anunciei.

-Parceiros?Isso é mais que amigos.

-Concerteza,quer dizer que eu conto,e preciso de você,e você conta comigo tambem.

-Ok,mas sem ciumes certo?

-É sem ciumes.-concordei,porque eu refleti bastante e esse era o motivo das nossas brigas,o ciumes possessivo e protetor dele.Bom mas agorame sinto até mais leve,duas decisões já foram tomadas,eu fico no Colinas,e volto a ser pareira do Leandro.Meus pais entraram na sala com as minhas coisas, o Leandro se ofereceu de imediato pra colocar tudo no quarto,meu pai aceitou,e também nem era tanta coisa, só os cinco ursinhos,tres vasos de flor,quatro balões,e quinze livros que eu precisei nos quinze dias,porque eu leio rapido,e não gosto de televisão.Só se forem filmes,o ginastica olimpica,o corrida de formula 1,porque fora isso na tv só tem,más noticias,e fantasia.Minha vida já parece um drama,não preciso de novelas,ou seriados pra saber como é um drama,ou um romance,ou qualquer outra coisa.Prefiro imaginar as cenas sozinha,enquanto eu leio.Minha mente vagueava,enquanto as coisas ao meu redor aconteciam,era tudo tão lento,os meus pais sorrindo e conversando animadamente com o Seu José e a minha nova mãe,o Leandro e o Jean,sentados do meu lado,discutindo sobre qualquer coisa insignificante,minha irmã mexendo em tudo que via.Eu estava completamente alheia até que percebi um nome,nome que chamou a minha atenção na conversa deles.

-Aquele garoto,como é o nome Ruan?-meu pai perguntou.

-É,é esse o nome dele.-o Leandro respondeu com um audivel desagrado.

-Mas que menino bonzinho,nossa ele se sentia culpado ainda pelo acidente com as bicicletas.

-Mas não foi culpa dele.-defendi imediatamente,antes mesmo de pensar nas palavras.

-Eu sei,não disse que foi.Só estou impressionado,ele não saiu do hospital enquanto não teve certeza que você estaria bem.

-Ele é muito bom mesmo,mas teve uma história sofrida,-observou Leandro aguçando a curiosidade dos outros mas eu não queria,que ele contasse a historia.A historia não era dele,nem de algum amigo,rapidamente tive uma idéia pra desviar o assunto.

-Nossa já esta escurecendo,parece que vai chover.Que horas são?-eu disse olhanddo pra janela.

-São,quase sete.-respondeu minha nova mãe.

-Nossa,é melhor a gente ir embora.Eu não gosto de pegar estrada a noite,ainda mais com chuva.-meu pai respondeu,enquanto se levantava.

-È vamos embora.Alice dê um bejo na sua irmã,pra nós irmos.-minha mãe ordenou e ela obedeceu de imediato,minha mãe também me deu abraço,e pediu rapidamente pro Leandro me lembrar de mandar e-mails,eu pai me deu um abraço beijou a minha testa,e me deu cinquenta reais,pra eu ter comigo como ele disse.Eu nem tinha gastado os outros cem,da mesada,porque eu fiquei no hospital,e quando saí,não deixaram eu pagar nada.

Depois de me despedir,e ficar oque eu considerei tempo suficiente numa area sociavel da casa,fui pro meu quarto.Quando abri a porta vi que estava intacto exceto pelos ursinhos extras em cima da cama,e uns livros a mais que meu pai tinha comprado,que eu iria ver depois,eu estava precisando decidir as coisas.Quer dizer uma coisa só,mas é uma coisa muito importante,um namoro?È uma coisa muito séria,eu sei que todas as garotas da minha idade teriam dito sim na mesma hora por que não se encontra todo dia,um garoto bonito,inteligente,com um bom carater, e apesar de eu não achar isso importante,de certa forma rico,que ainda por cima quer namorar sério,é sem duvida não se encontra isso todos os dias,mas bem não é porque todas as garotas morreriam por uma proposta dessas,que eu iria aceitar de cara,certo?Eu estou certa?Ai meu Deus eu preciso telefonar,agora é urgente.