Fanfics Brasil - Capitulo 4 No Ritmo do Amor (AyD)

Fanfic: No Ritmo do Amor (AyD) | Tema: Portinon, (AyD)


Capítulo: Capitulo 4

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Anahi...


Tranquei a porta do meu apartamento… No banheiro eu já abria a pia, molhava o rosto e esfregava a esponja para tirar toda aquela maquiagem pesada… Soltei os cabelos e olhei minha imagem refletida no espelho…
- Pronto! Anahi de novo – Disse para as paredes azulejadas ouvirem, eram sempre as minhas testemunhas: as paredes… Fechei a torneira… Abri a porta do Box e liguei o chuveiro… Entrei… Deixei a água escorrer pela minha pele como se fosse possível livrar-me das marcas de mais uma noite… Mais um show… Mais um cliente… Fechei os olhos e tentei firmar o meu pensamento longe dali… Quem sabe pensar um pouco na infância que eu tive na casa da minha tia? Não! Isso me lembrava os motivos que fui parar lá: a morte dos meus pais… E também… Não era bom lembrar-me da minha infância, se não, teria que me lembrar também das constantes seções de tortura que o marido da minha tia me expunha… Perdi as contas de quantas vezes tive que deitar-me com aquele imbecil enquanto minha tia trabalhava… Abri os olhos… Ergui a face e deixei a água cair pelo meu rosto… Doía lembrar disso, no entanto, era algo que eu lembrava-me todo o dia quando acordava pela manhã… Sem contar os pesadelos que assombravam as minhas noites… Uma criança não esquece jamais um maltrato sofrido… Parece que foi ontem que tudo aconteceu… Eu só tinha treze anos… O marido dela me ameaçava, dizia que mataria a mim, e ao meu cachorro de estimação se eu abrisse a boca, e falasse para a minha tia ou para qualquer outra pessoa o que ele fazia comigo. Hoje não é tão grave o fato do meu cachorro ser ameaçado, mas, na época, era o meu único amigo, e eu também tinha medo de morrer… Hoje, o medo de morrer também não se faz muito presente nesse momento pra mim… Quando completei quinze anos, não agüentei mais aquela situação e resolvi pôr fim a minha angústia. Contei tudo para minha tia… Ela me ouviu boquiaberta…
Depois, me deu uma surra daquelas, disse-me que eu era diabólica por inventar uma estória tão absurda, fui xingada de vadia, mentirosa… Vagabunda… E por fim, fui expulsa de casa e do seio da única referência que eu tinha de família naquele momento. Sai de casa com a roupa do corpo, e nem meu cachorro eles deixaram me acompanhar… Dormi duas noites na rua… Senti frio, fome… E conheci o Fabien, meu patrão! Ele me comprou com um pedaço de pão dormido com manteiga, um copo de suco de groselha, e a promessa de que eu teria um colchão e um lençol para dormir… Fui para sua casa em Piedade, no subúrbio do Rio. Na primeira noite, ele apenas pediu que eu o chupasse, assim estaria garantindo o colchão e o lençol para passar a noite… O fiz com nó na garganta… Depois que ele gozou, corri para o banheiro e vomitei por quase uma hora. Nesta noite ganhei de presente uma camisola vermelha, acompanhada de uma calcinha da mesma cor, que deixava-me com a impressão de estar nua. No dia seguinte, Fabien chegou da rua animado, trouxe perfume, xampus, condicionadores… Produtos de primeira linha, investimento como dizia… Fabien disse que era presente, mas, que eu teria que fazer por merecê-los. Indiretamente ele me fez perceber que caso eu não merecesse aqueles “presentes”, eu também não mereceria permanecer instalada na sua casa… Então… Eu vesti a camisola vermelha e deixei-o tirá-la, e também deixei que ele apertasse e chupasse os meus seios… Fabien perguntou-me se eu era virgem, lembrei-me da minha mãe dizendo que mentir era feio, portanto, contei a ele todo o ocorrido com meu tio, e sabendo disso, o canalha se apossou do meu corpo como o marido da minha tia costumava fazer, se eu fosse virgem, teria mais valor, como eu não era, não faria diferença se aproveitar de mim. Pronto! Voltei para a prisão novamente, porém, haviam recompensas…
Odeio groselha… E não gosto de dizer a verdade para estranhos…. 
Uma semana se passou e Fabien continuava com o “ritual”, trazia comida, roupas, sapatos… Em troca eu lhe dava… Prazer… Depois? Não! Eu não vomitava mais, acho que a gente se acostuma com certas coisas… Eu corria para o banheiro e chorava… Deixava a água do chuveiro e o sabonete barato levarem embora as marcas daquele ato… Um mês depois de ir morar na casa de Fabien, eu já estava num motel de quinta em Copacabana… Lá tinha uma cama barulhenta, lençóis cheirando a naftalina, baratas circulando livremente pelos corredores… Meu primeiro cliente, um homem de cinqüenta anos cheirando a alfazema e babando pelo meu corpo como um porco selvagem.. A Recompensa? Vinte por cento do total do programa, os outros oitenta por cento eram de Fabien… 
Comecei a ter aulas de dança, pois com dois meses na “fraternidade”, havia conquistado um cliente fiel e indispensável, era um Português dono de uma confeitaria em Laranjeiras, bom… Ele exigia sempre uma performance minha ao tirar a roupa… Um ano depois o Português fiel aos meus serviços faleceu em um acidente de carro, no entanto, deixou-me uma herança: eu me tornara a stripper mais assediada das boates cariocas. Antes disso tudo ocorrer eu havia descoberto que Fabien estava me roubando na porcentagem dos programas, as outras meninas ganhavam 40%, mais comida e hospedagem. Fiquei longe do meu patrão por quase três meses, no entanto, percebemos que precisávamos um do outro. Só ganhávamos dinheiro quando trabalhávamos juntos…
Diferente das outras meninas, eu me interessava por livros, comprava apostilas de concursos públicos… Estudava… Não prestei nenhum concurso, mas, aprendi bastante. Meu vocabulário era invejável. Fiz também curso de Inglês e Espanhol para melhorar a comunicação com os gringos que lotam o Rio de Janeiro, e nunca dispensam uma boa transa…
Aos vinte anos, eu já era a melhor stripper, a melhor acompanhante de executivos, e a mais solitária das criaturas… Mas, nunca perdi a pose… Fechei o chuveiro, apanhei o roupão branco que estava pendurado… Mais uma olhada no espelho… Hoje, aos vinte nove anos, sou a melhor stripper, a melhor acompanhante de executivo, e a mais solitária das criaturas…
- Que progresso, hein Anahi ? – Pensei… Balancei a cabeça negativamente enquanto espalhava pelo meu corpo uma cara loção hidratante… o cheiro era tão bom… Nesse instante de alívio, como num flash passou pela minha cabeça a imagem da menina da praia – Que petulância dela me abordar dentro da boate! – Respirei fundo… Fechei a embalagem do hidratante – Quem aquela fedelha pensa que é? Será que ela acha que eu faço programas com mulheres? Já fiz alguns, já participei de “swings”, e até mesmo transei com esposas de maridos “voyers”, mas, não faço com freqüência esse tipo de programa, e sempre cobro mais caro pra fazer com outra mulher… Antes de concluir aqueles pensamentos eu já estava de volta ao quarto penteando os meus cabelos, e já havia vestido uma camisola branca de seda… Deitei-me na cama… Eram cinco e quarenta e oito da manhã… Fechei os olhos…. Novamente a imagem daquela menina veio na minha cabeça, fiquei por alguns instantes tentando lembrar o nome dela… 
- Dulce! – Disse em voz alta, ouvi o som alto da minha voz se projetar pelo quarto solitário, no entanto, decorado com moveis caros e confortáveis – Dulce Maria! – Repeti, agora em pensamento… Adormeci um pouco depois…



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Autor(a): dmportinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • tryciarg89 Postado em 23/04/2023 - 11:24:19

    Oiii continua por favor

  • angelr Postado em 08/02/2016 - 02:13:51

    Moça pq vc nao continuou socorro

  • SavinonPortilla Postado em 20/07/2015 - 00:59:24

    Continuaaa! Posta Mais! Vai Logo Mulher

  • Cmilla Postado em 04/06/2015 - 15:13:16

    ;-;

  • Cmilla Postado em 04/06/2015 - 14:26:30

    Continuaaaa pfv!!!!

  • pekenna Postado em 14/05/2015 - 22:45:20

    posta mais!!!

  • portinonnessa14 Postado em 13/04/2015 - 05:44:46

    Oi posta mais por favor

  • pekenna Postado em 11/04/2015 - 22:13:14

    kd vc???postaa

  • angelr Postado em 02/04/2015 - 01:29:56

    Posta mais que ta boa demais nao some nao

  • pekenna Postado em 31/03/2015 - 01:18:43

    Posta ++++


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