Fanfic: Laços de Sangue | Tema: Primeiro Amor
- Que foi tonta? Parece que viste um fantasma! Achas que aquilo mudou alguma coisa. Je t’aime. – Ainda sem ter consciência do que acabou de dizer, riu-se pra mim e entrelaçou os seus dedos nos meus.
- Logo à noite vou estar na casa do Gabriel! – Espantada foi a única coisa que consegui dizer, fechei a porta de casa e ele foi embora, fiquei sem saber o que pensar e como reagir. Acabei de jantar e apressei-me para sair de casa e saltar o muro para o salão do Gabriel.
Durante a nossa diversão e cântico, não parava de pensar nas palavras de Bóris ao dizer que me amava, a minha única vontade era de estar com ele, foi então que nessa noite dei uma escapadela até a sua casa pelo jardim da avó do Gabriel que ficava do lado da minha, quando lá cheguei enviei-lhe uma mensagem a dizer que estava à espera do lado de fora, ele veio abrir a porta em silêncio para não acordar a avó que dormia no andar de cima.
-Estás tola? Como é que vieste para aqui? A Joaninha está-me a surpreender.
-Depois de dizeres o que disseste tinha de estar contigo, sem ter de olhar por cima do ombro e ter cuidado com os meus movimentos e palavras.
-Anda e fala baixo para não acordarmos a minha avó!
Parei no meio da sala de estar diante dele, aproximou-se de mim e abraçou-me ao som da música que tocava na televisão, abracei-o, beijei-o e dançávamos quando ouvimos a tia da minha mãe a descer as escadas. Em pânico diz-me para ficar deitada no sofá sem fazer um único movimento. Abre a porta da sala e deixa-se postado entre as armações e a tábua de madeira.
-Que foi avó? Não consegues dormir?
-Ouvi um barulho e vim ver o que era.
Sem sequer respirar o meu coração acelerava com medo que ela me descobrisse, espreitou e com certeza pensou que ele estava com uma mulher não viu foi que era com a filha da sobrinha.
-Foi a televisão, já vou baixar o volume. Vai dormir que estás cheia de sono. – Responde Bóris enquanto se apressa para fechar a porta.
-Esta foi por pouco! – Rindo-se e correndo para junto de mim.
-Fogo que medo! Nunca fiz nada assim! E se ela me vi…-os meus lábios foram silenciados por um beijo apaixonado e orgulhoso por estar a correr riscos para estar com ele.
Acendeu umas velas e tudo ficou perfeito. Levantei-me e com ele deitado no sofá comecei a tirar a minha t-shirt cor-de-rosa com lantejoulas na gola, e fiquei só com o meu soutien amarelo quadriculado trinta e quatro B. Ele engolia em seco e eu tremia de medo, puxou-me para junto dele e então deitados naquele sofá começamos a beijar-nos e a tirar o resto da roupa que já era pouca. Os nossos corpos tocavam-se finalmente e o meu coração faíscava de felicidade.
-Je t’aime aussi!- Amarra-me pelo cachaço e começa a beijar-me e então deitada por cima dele começo a entregar-me até que as histórias que costumava ouvir de ser doloroso começam a retardar-me.
Sorrindo diz-me:
-E essa coragem? É fácil falar! Je t’aime! Não te preocupes.
Nesse momento senti o amor dele por mim, apercebi-me de que o amava também, então sem medo e sem receio acabei por me entregar e percebo que as historias eram de facto verdadeiras, era doloroso, mas tinha de ser um momento especial com alguém especial, e foi melhor do que tudo que eu tinha imaginado, e a parte dolorosa deixou de o ser assim que percebi que estava com a pessoa certa. A luz das velas apagou-se, a música acabou e a minha vergonha começou a aparecer, enroscados no sofá que era pequeno para uma única pessoa. Sentia-me realizada e transbordava felicidade.
Mas o momento tinha de ter um fim, eu ainda tinha de chegar a casa do Gabriel sem ser notada na rua ou a saltar o muro. Bóris acompanhou-me até à porta e comigo do lado de fora, ainda mais desnivelados pelo degrau que nos separava, sou beijada como nunca havia sido antes, com o seu braço robusto que me puxava pela cintura. Os nossos dedos entrelaçados não se queriam separar enquanto o meu corpo se afastava do dele, mas acabaram por ceder e o caminho até casa foi apressado.
Com um sorriso estampado no rosto não conseguia ouvir a preocupação e stress do Gabriel que me repreendia por ter demorado tanto tempo, que me relembrava que podia ter sido descoberta, só queria cantar até o sol nascer e a minha felicidade transbordava pelo salão e contagiava os que me rodeavam. E como tudo que é bom tem um fim desta vez não havia de ser diferente, na manhã seguinte levei com uma bomba de que não me tinha dado conta na noite anterior, não usamos proteção.
Comecei a ficar preocupada e a sofrer por ansiedade, enviei mensagem ao Bóris a explicar a minha preocupação e ele pensava que eu estava protegida pela pilula, mas não estava, nunca me preocupei com isso porque nunca tinha encontrado ninguém que me amasse o suficiente para que tivesse relações sexuais.
Fui ao centro de saúde com a minha amiga Rute que se informou por mim, era uma cidade demasiado pequena para que soubessem que era eu que estava em sarilhos. Quando estávamos na sala de espera a desesperar Bóris surpreende-me mais uma vez aparecendo, o abraço que estava a precisar, com apenas dezassete anos exagerei nas preocupações. Ele não me deixou sozinha numa altura daquelas.
Autor(a): rainhadossonhos
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