Fanfics Brasil - 9 Laços de Sangue 2

Fanfic: Laços de Sangue 2 | Tema: Primeiro Amor


Capítulo: 9

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2019


O funeral acabou e eu não me quero cruzar com falsas pessoas que fingem que se importam e que estão triste por isso pedi ao Boris que me levasse diretamente para casa.


- Eu fico contigo até alguém chegar pelo menos.


- Obrigada, e não vou negar porque preciso mesmo.


Estou deitada e sinto-me tão bem com ele abraçado e deitado comigo, sinto-me segura e consigo parar de chorar por algum tempo.


- Só podem estar a gozar com a minha cara!


-Zabel não se passa nada.


- Mãe, menos, hoje não.


- A tua avó ainda não tem horas debaixo de terra e tu já estás metida com o teu primo.


- Mãe!


- Isabel, só estava a confortá-la.


- Eu sei muito bem como tu a queres confortar, desde que tem 17 anos. Vai embora sai daqui.


- Cid! Espera por mim.


- Mãe vou embora e quando estiveres melhor e precisares da tua filha, porque estes amanha já não vão estar aqui para ti. Aí ligas-me e pedes-me desculpa e eu venho.


O Boris trouxe-me a casa, não falamos sobre a minha mãe, nem falamos sobre nada, ele foi embora e eu fiquei mais uma vez.


2022


Estou na Zara com a Benedita e a Elisa e não em consigo decidir sobre o vestido que hei-de levar ao casamento do Boris com a noiva cujo o nome desconheco. Tenho várias hipóteses, posso usar um preto e mostrar que estou de luto e contra aquele matrimónio mas isso podia ser entendido como elegante e ninguém iria perceber a minha mensagem, também posso levar um vestido branco e tirar o protagonismo à noiva, e com sorte o Boris até se podia enganar e casava comigo em vez dela, ou sejamos um pouco mais realistas e convenhamos uma cor neutra sem duplo sentido. Tenho uma dezena de vestidos coloridos na cabine por experimentar, a Elisa adorou a minha ideia do branco e do preto mas a Benedita é mais séria não nos deixa cometer esses erros.


Estou em frente ao espelho e sinceramente acho que este vestido convem para a ocasião. Tapa-me ligeiramente as nádegas, pouparam no tecido na parte das mamas, mas tendo em conta que não sou muio favorecida nessa zona nem se nota.


- Este fica bem!


- Isso ou podes ir só de lingerie. - Disse a Elisa apontando para o meu rabo praticamente de fora.


- Troca Joana.


- Oui madame.


E este, até podia ser com este ele não corria o risco de ficar com duvidas, vê-se apenas a minha cabeça e as mãos.


- Se vou para um convento este é o ideal.


Estamos às gargalhas, os vestidos estão a monte, não nos conseguimos decidir.


- Acho que o que dificulta é a falta de vontade.


-Tens a certeza que queres ir Joana?


- Acho que se quero esquecer tenho de ir.


- É este!


A expressão nos seus rostos deixam claro que também pensam que é este, vestido comprido em tons de dourado opaco e dourado brilhante com um efeite em corda dourada, perfeito e ficava bem era o importante.


O vestido com cabelo apanhado num toco, brincos colados ao lóbulo de diamantes e um anel, a minha pochete de metal e os meus sapatos dourados de finas fivelas e salto suficientemente alto para não deixar o vestido arrastar no chão.


- Estou pronta! Vamos?


- Tu és maluca por ir.


- Bem irmã estás a tentar impedir algum casamento assim vestida.


- Não irmão, para isso vinha de branco. Se bem que pensei nisso.


Estamos a rir e a expressão incrédula da minha cunhada acaba com a nossa diversão.


- Vamos embora que não aguento este dia e ainda agora começou.


- Oh Marisa, deixa lá.


Estamos do lado da igreja e sinto uns olhares estranhos sobre mim. A Marisa está a falar com a mãe do Boris e pela forma como me olham devem estar tão confiantes com este casamento como eu. Ela vem na minha direção e começo a ficar nervosa.


- Não vais fazer pois não Joana?


- Não Sylvie, ele escolheu casar com ela não posso decidir por ele.


- Estás linda. E conhecendo o meu filho este dia vai ficar interessante quando te vir.


- Ele sabe que eu venho, foi de proposito a Lisboa para garantir isso.


- Quando foi isso?


- Há duas semanas mais ou menos.


- Só podes tar a gozar.


Não sei o que falei que não devia ter falado mas ela saiu daqui feito um furacão, mais uma vez falei de mais. Bem pelo menos há rapazes giros para eu me distrair na festa.


Sentei-me no fundo da igreja não queria estar muito perto, disse que ia sim mas não que conseguia assitir. E a cerimónia começa, entra a filha dela com as alianças.


- Que cliché!


Todos se viram para trás a olhar para mim e o Boris que eu esperava que não me visse graças à minha grande boca reparou onde eu estava e para além da Marisa e do meu irmão ele também se estava a rir, enquanto os outros parecia que me queriam arrancar os olhos, levantei as mãos em sinal de desculpa e fiquei calada o resto da cerimónia, ou quase o resto.


Porra mas ela entrou e para além do vestido ser lindissimo ela também era, embora parecesse que mes estava a ver ao espelho, tinha o cabelo exatamente da mesma cor que o meu, os olhos, o tom de pele mas ela estava vestida de noiva e eu de dourado, no fundo da igreja. O padre começa a falar e eu começo a sentir o meu peito pesado e fechado, preciso sair daqui e desapertar este vestido, preciso de ar e precisamente quando me preparo para abrir a porta ouço uma voz feminina a gritar o que não estava nos planos certamente.


- Estás a gozar Joana?


A minha cunhada não consegue ficar calada, interrompeu o casamento, deixou os convidados me odiarem mais um bocado para não me deixar sair, eu virei-me vermelha, não me lembro de sentir tanta vergonha desde os meus vinte dois anos quando estava a jantar na casa do Boris e o Lucas decide dizer que eu estava com vergonha.


Eu fixo o meu olhar sobre ela em modo de dúvida e estupfacção.


- Vais mesmo embora? Vieste de Portugal e vais embora sem dizer nada?



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Autor(a): rainhadossonhos

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O meu corpo congelou neste momento neste sitio, a cerimonia parou e deparo-me com os olhos de toda a gente postos em mim, olho para o Boris e lá estava ele com o seu rosto vermelho, ansioso, rosto de quem está à espera de salvação e acabou de ser salvo pelo gongo. - Desculpem a minha cunhada bebeu um bocado não está muito bem ...


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