Fanfic: Separadas pelo casamento | Tema: Portiñon

- Eu estava morrendo de saudades de você. - Dulce disse com os lábios nos meus enquanto entrávamos no meu apartamento.

- Morrendo de saudades de mim? - Eu a afastei ligeiramente.

Dulce envolvia meu corpo e me prendia pela cintura. Estávamos coladas uma na outra, mas eu afastei meus lábios dos seus e uni minhas sobrancelhas quando ela disse que estava morrendo de saudades de mim. Aquela era exatamente o tipo de coisa que ela não deveria dizer num acordo como aquele.

- Mas a gente se viu há três dias atrás. - Acrescentei e ela pareceu pensar um pouco, sem me soltar um minuto sequer.

- Nos vimos? - Perguntou meio confusa.

- Nos vimos. - Disse assentindo devagar como se falasse com uma criança teimosa. - No dia da floricultura, quando a sua noiva quase pegou a gente, quando você fugiu pela escada  de incêndio. Você me deu uma tulipa vermelha, lembra? 

- Ah tá. - Ela riu - Eu lembro sim, mas achei que tivesse passado mais tempo, pareceu mais tempo pra mim. - Acabei rindo e negando com a cabeça, deixando com que seus lábios sugassem os meus com voracidade. Acabei tentando não pensar naquilo.

Caminhamos as cegas até o sofá, sem separar nossos lábios. Dulce me beijava com voracidade, como se aquilo fosse mais importante do que qualquer coisa. Ela apertava o corpo contra o meu e acabamos dando risada quando ela caiu sentada no sofá e eu fiquei em seu colo de frente pra ela, envolvendo sua cintura com as minhas pernas. Ela abraçava meu corpo contra o dela na medida que nos desfazíamos de nossas roupas e eu perdi  a conta de quantas vezes sorrimos durante todos aqueles beijos. Seu corpo sobre o meu, suas carícias despreocupadas, seus beijos, suas mordidas, ela parecia querer todas as partes do meu corpo e se demorava em cada uma delas. Ela me beijava com tanta ternura. Eu acariciava todo seu corpo, correspondia todos os seus carinhos, aos poucos toda a sala estava envolta naquele ar excitado, sem pudor. Dulce me fez dela de todas as formas que conseguiu e quantas vezes quis, me fez chegar no ápice, gemer seu nome. Ela me tocava de modo insano e eu parecia ter sede pelo seu corpo. A beijava, a tocava, apertava e acariciava tudo o que queria, a fiz minha de modo especial. 

Até nossos corpos ficarem suados e exaustos e eu me deixar cair deitada naquele sofá com as pernas sob seu colo.

- Isso foi incrível. - Eu disse olhando pro teto do meu apartamento e pude escutar a risada baixa de Dulce.

- Isso foi mais que incrível. - Ela disse num ar de riso e soltou um suspiro completamente relaxado, sendo imitada por mim logo em seguida. Soltei um grunhido de satisfação quando senti suas mãos nos meus pés, inciando uma espécie de massagem.

- Massagem nos pés depois de um sexo como esse? Eu ganhei na loteria? - Disse rindo e Dulce riu negando com a cabeça.

- Digamos que é uma espécie de bônus por você ser tão gostosa. 

- Nossa muito obrigada senhorita Dulce Maria Saviñon. - Disse me deleitando com cada sílaba do seu nome.

- Eu que agradeço senhorita Portilla.

Ela continuou a massagem nos meus pés. Dulce era maravilhosa com as mãos. Ela sabia exatamente onde apertar e onde precisava apalpar com mais leveza, seus dedos massageavam levemente minha pele. Ela era muito boa.

- Então, como é que está indo o meu casamento? - Ela perguntou com uma naturalidade absurda. Nem parece que tinha acabado de ficar mais de uma hora transando comigo no sofá.

- Anda muito bem, tudo já está nos conformes e a maioria das coisas reservadas e escolhidas, posso até dizer que estamos adiantadas. - Respondi com um falso sorriso.

Eu não gostava de falar sobre o casamento com ela, não em horas como essas. É meio estranho, tipo, a gente acabou de transar e foi o melhor sexo que eu já tive na vida, então Dulce começa a falar do casamento. Casamento esse que eu estou organizando.