Fanfic: Separadas pelo casamento | Tema: Portiñon

Rolei meus olhos por todo o quarto ao cegar no pé da cama e guardei meu celular franzindo as sobrancelhas. Onde Dulce estava? Olhei para o closet e também não tinha sinal nenhum. Quando senti suas mãos tocarem minha cintura, quase pulei de susto ouvindo sua gargalhada rouca.

- Oi. - Ela disse.

- Oi. - Disse sorrindo involuntariamente. - Isso é jeito de me receber? - Me virei para encará-la e sorri novamente. Ela tinha acabado de sair do banho, o roupão estava mal enrolado e a tira nem estava amarrada, deixando parecer que abriria a qualquer momento. Vê-la daquele jeito me deixava excitada, sua pele recém molhada emanava um calor incomum e eu quis cortar nossa distância e me jogar em seus braços.

- Com quem estava falando no telefone? - Dulce me perguntou cruzando os braços.

- Ninguém de importante. - Respondi dando de ombros, sabia que ela não ia gostar da verdade.

Dulce arqueou uma das sobrancelhas, é óbvio que ela não tinha acreditado e provavelmente já até sabia que era Poncho. Ela descruzou os braços, levando a fita do roupão junto com ela, fazendo com que o tecido caísse no chão e ela ficasse completamente nua. Ela não parecia nem um pouco incomodada em aparecer despida para mim. Perdi o fôlego por alguns segundos, mas logo me recompus. Mulheres não costumavam me excitar, mas ela... Jesus! Seus olhos castanhos intensos queimavam os meus. De súbito ela se aproximou e me puxou pela cintura, deixando seu corpo cair sobre o meu na cama.

Seus lábios se juntaram aos meus e sua língua adentrou minha boca numa voracidade incomum. Dulce começou a acariciar as laterais do meu corpo deixando suas mãos escorregarem por minhas curvas, até chegarem no meu quadril. Ela apertou e acariciou minhas coxas, abrindo minhas pernas e encaixando sua coxa no meio delas, deixando seu sexo em minha coxa e o meu na coxa dela. Passei os lábios pelo seu pescoço e apertei sua bunda, colando mais nossos corpos.

- Ah Anahi... - Ela sussurrou. - O que eu faço com você hein? - Acabei rindo e chupei seu pescoço de leve. - Eu adoraria te fazer todinha minha agora, mas eu planejei uma coisa diferente pra hoje.

- Eu gosto da ideia de ser  sua todinha. - Sussurrei subindo e descendo minhas mãos por suas costas, sentindo-a arrepiar.

- Meu Deus, você não sabe o quanto eu também gosto dessa ideia. - Ela chupou meu pescoço e eu soltei um gemido involuntário. - Você me deixar assim tão rápido. - Dulce sussurrou por entre os beijos, enquanto ia descendo os lábios por toda aquela região. Soltei outro gemido!

Saber que eu a deixava excitada, era algo que me entorpecia de uma maneira absurda. Aquela mulher gostosa, rica e famosa me desejava e me queria de todas as formas. Aquilo era maravilhoso e surreal, nunca imaginaria algo daquele tipo nem nos meus maiores e melhores sonhos. 

- Você é tão gostosa. - Dulce sussurrou enquanto descia os lábios pela minha clavícula. Eu apertava seu corpo contra o meu com força.

- Você é uma deusa do sexo. - Sussurrei e nós duas rimos.

Dulce se sentou na cama e me puxou junto com ela, ela se sentou no meu colo envolvendo minha cintura com as pernas. Afundei o meu rosto em seu pescoço e apertei-a mais contra mim, querendo de alguma forma senti-la. 

- Acho que vou sentir falta disso quando eu me casar. - Subitamente eu a encarei com as sobrancelhas arqueadas e neguei com a cabeça. 

Não, não, não e não. Aquilo era exatamente o tipo de coisa que ela não deveria me dizer num acordo com aquele, ela deveria dizer coisas do tipo: " Que pena que tudo isso vai acabar quando eu me casar, mas eu vou fazer com a minha mulher do mesmo jeito que faço com você. " Ou algo assim. O que Dulce disse soou como se ela preferisse continuar o acordo comigo do que casar com Maite.

- Não vai mesmo. Você vai pegar tanto a sua mulher que nem vai lembrar que eu existo. - Disse e Dulce sorriu fraco negando com a cabeça. Ela segurou meu rosto e selou nossos lábios de maneira longa e delicada. Senti um espasmo percorrer toda a minha coluna. Dulce soltou meu rosto e me encarou profundamente.

- Eu nunca vou me esquecer de você. - Ela disse e eu desviei o olhar. 

Aquela era outra frase que que ela não deveria me dizer, ela não podia me dizer uma coisa daquela.  Sem sentimentos, sem pressão, sem expectativas. 

- Eu não sou inesquecível Dulce. - Disse dando de ombros. - Mas enfim, você me disse que tinha planos pra hoje e quais são? - Ela riu e abraçou meu corpo.

- A gente vai sair hoje.

- Nada de demonstração de afeto em público, lembra?

- Não é demonstração de afeto Anahi. É apenas passar um dia ao ar livre. É pedir demais que passe um dia comigo? - Acabei rindo do seu tom manhoso e e envolvi seu pescoço com meus braços.

- Não, não é pedir muito, mas depende de pra onde vamos.

- É surpresa. - Ela sorriu como uma garotinha de cinco anos.

- Me conta, vai. Para com isso. 

- Não! É surpresa.

- Nem se eu te torturar? - Perguntei beijando seu pescoço.

- Não vou contar. - Ela disse com a voz bem falhada. Beijar seu pescoço era um dos seus pontos fracos e eu sabia muito bem, ela ficava toda arrepiada quando eu fazia isso.

- Hum, chata. - Murmurei contra sua pele, beijando e dando leves mordidas em seu pescoço.