Fanfics Brasil - Certas coisas precisam ser refeitas II Separadas pelo casamento

Fanfic: Separadas pelo casamento | Tema: Portiñon


Capítulo: Certas coisas precisam ser refeitas II

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Quando me dei conta dos meus próprios pensamentos, guardei meu celular na bolsa e saí de casa. Eu precisava sair pra rua, ver gente estranha, comer porcarias e andar muito. Eu só podia estar louca. Eu não gostava de Dulce, não a amava. Mas eu realmente tinha carinho por ela e queria que ela voltasse pra minha vida.


 


Andei pelas mais variadas ruas de Nova York, comprei coisas úteis para decorar a minha casa, comi dois lanches num fast food e ainda passei na Starbucks para tomar um café. Fiz tudo o que era acostumada a fazer quando era solteira, livre, desimpedida e com o coração partido. Não que eu não fosse mais aquela garota, eu só estava acoada por conta das coisas estranhas que a senhorita Saviñon despertava em mim.


 


Andei mesmo depois de escurecer e até o vento frio começar a congelar minhas bochechas. Andei até estar frio demais para se andar na rua sem casaco. Andei até estar tão longe de casa que não tinha a mínima disposição pra voltar, acabei pegando um táxi.Eu estava morta de cansada e tudo o que eu queria depois de ver mais de um milhão de rostos diferentes era deitar na minha cama quentinha com o meu pijama velho.


 


Tomei um banho assim que cheguei em casa e coloquei um moletom surrado da minha época de ensino médio. Chequei meu celular, mas não tinha nada de novo na minha caixa postal ou nas mensagens. Joguei-o na bolsa e arrumei minha cama de forma a fazer parecer um verdadeiro ninho, aconchegando-me de uma forma sem igual. Tudo bem, se Dulce não queria saber de mim, eu também não queria saber dela, quando ela me ligasse iria ignorar, assim como ela fez comigo hoje.


 


Eu não precisava dela. Na verdade, quem precisava dela? Isso mesmo, ninguém.


 


Eu já havia me deitado e achado uma posição extremamente confortável naquele amontoado de cobertores quando ouvi a minha campainha tocar. O sorriso que estava no meu rosto sumiu e eu soltei um grito de raiva. Com certeza era o velho babão do meu síndico, avisando sobre alguma reunião de moradores. Meu síndico adorava bater na porta da minha casa lá pelas um ou duas horas da manhã pra avisar das reuniões.


 


Eu bufei e levantei da cama, pisando forte do meu quarto até a sala. Abri a porta com a carranca mais pesada que consegui fazer e tive a coragem de gritar pelo pulmões:


 


- Isso não é hora de me chamar pra reunião de condomínio.


 


Mas não era o meu síndico que estava do lado de fora.


 


- Oi. - Dulce disse, completamente envergonhada.


 


Eu abri a porta e me senti um bichinho de goiaba. Dulce parecia ter acabado de sair de um comercial da Colcci e eu estava com os cabelos molhados e com um moletom velho, se bobear até rasgado. Eu tinha gritado com ela outra vez e dessa vez a culpa nem era dela.


 


- O que você veio fazer aqui? - Perguntei ríspida, com as sobrancelhas arqueadas sem desfazer a carranca.


 


- Posso entrar? - Ela perguntou, desviando da minha pergunta.


 


- Não. - Foi só então que eu percebi que ela segurava uma tulipa vermelha nas mãos e nada mais que isso. - Essa sua florzinha vai murchar se você não a colocar na água Dulce. - Apontei para tulipa.


 


- É pra você Anahi. - Ela me entregou a flor.


 


- Voltou pra Nova York pra me dar uma flor? - Perguntei segurando delicadamente a tulipa.


 


- Não, eu voltei pra Nova York pra... Anahi, posso por favor entrar no seu apartamento? - Dulce pediu num tom educado porém bufou.


 


Eu a encarei com as sobrancelhas arqueadas mas dei um passo para o lado, deixando-a passar. Fechei a porta e a encarei, cruzando os braços com cuidado pra não maltratar a delicada tulipa que eu segurava. A flor não tinha nada a ver com aquilo.


 


- Pronto, te deixei entrar. Agora me diga o que veio fazer aqui. - Deixei a rispidez dominar meu tom novamente.


 


- Eu voltei por sua causa, não é óbvio?


 


Não consegui responder porque suas palavras me pegaram com a guarda baixa. Engoli seco e descruzei os braços, meus olhos se arregalando levemente na medida em que ela se aproximava de mim. Se a intenção dela era me confundir e me deixar puta, estava conseguindo.


 


- Eu também fui embora por tua causa. - Dulce acrescentou.


 


- Os tablóides disseram que foi por compromissos inadiáveis.


 


- E você ainda acredita nos tablóides?


 


- Eles não mentiram sobre a gente. - Sussurrei.


 


Dulce chegou tão perto de mim que os nossos narizes quase se roçavam. Mina respiração ficou ofegante e eu ouvi a dela falhar. Por que tinha que ser sempre assim? Por que a gente não podia brigar de verdade e parar de se falar pra sempre? Por que a gente tinha que voltar uma pra outra?


 


- Vá embora, antes que faça mais uma besteira. - Murmurei.


 


- Anahí eu já fiz inúmeras besteiras todas elas contigo. E eu quero fazer muitas e muitas outras. Eu quero continuar do seu lado ou em cima de você, pode escolher. - Ela passou o braço pela minha cintura e me puxou pra mais perto.


 


- Dulce, larga de ser idiota. - Tentei empurrá-la pra trás.


 


- Eu não consigo Anahi. Eu sempre vou ser uma idiota, mas me deixa ser uma idiota feliz. A gente tem pouco tempo sobrando, não me faz passar esse tempo desejando estar contigo quando podemos estar realmente juntas.


 


- Então promete pra mim. - Pedi.


 


- O que?


 


- Que haja o que houver, você não vai se apegar e vai continuar amando sua noiva, não importa o que aconteça.


 


- Eu prometo. - Ela assentiu.


 


Soltei um longo suspiro e passei os braços pelo seu pescoço, encostando nossos lábios. Dulce tombou pra trás e nós recuamos vários passos até que ela recuperasse o equilíbrio rindo entre o beijo. Ela me impulsionou para cima e eu envolvi sua cintura com as pernas apertando-a forte. Eu havia sentido tanta falta daquele corpo que agora estava ali comigo, tudo parecia fazer sentido.


 


Nós caminhamos as cegas para o meu quarto rindo entre os beijos. Dulce me deitou na cama e começou a tirar a roupa e eu coloquei gentilmente a tulipa vermelha no criado mudo ao lado da cama. Dulce parou, de calcinha e sutiã e ficou me encarando, com aqueles olhos brilhando.


 


- O que foi? - Perguntei.


 


Dulce tirou meu moletom e puxou minha calça até que eu ficasse só de calcinha.


 


- Nós temos um acordo a ser refeito senhorita Portilla. - Ela disse, tirando o resto da roupa que ainda lhe sobrava e deitando sobre mim.



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Autor(a): portinonj

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • BYPORTINON Postado em 28/07/2018 - 22:53:37

    saudades dessa fanfic :(((

  • les2015 Postado em 04/10/2015 - 16:47:44

    cade???????????????????????

  • angelr Postado em 05/08/2015 - 23:05:54

    Essa web é maaravilhosa voltaaaaa

  • angelr Postado em 05/08/2015 - 23:05:14

    Cadeeeee vc??????? voltaaaa

  • PorSiempre Postado em 09/06/2015 - 19:29:49

    Então quer dizer que nao vai mais postar a web? é isso mesmo produção? Eu só acho que se voce nao voltar a postar é bom nos dar uma ótima justificativa. kkkk Postaaa maiiiiis por favor vaii :D

  • fabicubells Postado em 04/06/2015 - 03:32:37

    poxa cade os posts?

  • anadulcetes2 Postado em 09/05/2015 - 22:46:58

    Pq sumistes continuaa

  • angelr Postado em 05/05/2015 - 00:10:35

    Cade vc??????

  • pekenna Postado em 27/04/2015 - 22:18:37

    Kd vc??? Volta a postar!!!! Please

  • belvondy Postado em 16/04/2015 - 20:55:16

    Posta mais.......


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