Fanfics Brasil - Subindo alguns andares II Separadas pelo casamento

Fanfic: Separadas pelo casamento | Tema: Portiñon


Capítulo: Subindo alguns andares II

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Cheguei lá faltando dois minutos pras duas da manhã e eu tive que implorar pro guarda me deixar entrar. Um daqueles brutamontes segurança de Dulce liberou a minha passagem e as portas se fecharam atrás de mim. Subi 102 andares até o observatório. Quando o elevador abriu mais alguns seguranças me olharam feio. Dei de ombros e torci o nariz caminhando para fora do elevador. Dulce estava observando a cidade num lugar a esquerda e eu me aproximei dela.

 

- Boa noite! - Disse anunciando minha chegada.

 

- E aí Anahi. - Ela tinha uma garrafa de cerveja na mão.

 

- Você sabia que beber faz mal pra saúde?

 

- E o que não faz mal pra saúde hoje em dia?

 

- Exato! - Sorri.

 

Dulce me puxou pelo braço e me fez observar a vista com ela. Era realmente algo muito bonito de se ver. Nova York toda acesa, a cidade que nunca dorme. 

 

- Não quero mais me casar no Brasil. - Ela disse com desdém e eu arregalei os olhos.

 

- Por que não? - Perguntei meio perplexa mas por dentro eu estava dando pulinhos de alegria. Agora tudo ia ficar mais fácil. Dulce me encarou e deu de ombros.

 

- Sei lá, eu só sei que eu quero me casar aqui em Nova York, nessa cidade maravilhosa. 

 

- Tenho que conversa com Maite primeiro Dulce. É ela quem decide tudo.

 

 Eu ia ter que convencer Maite a fazer o casamento em Nova York. Ia ser anos luz mais fácil, já que seria muito mais provável arrumar um boa floricultura, um bom buffet e uma boa casa de festas aqui na cidade mesmo. Só estava esperando que a ideia de Dulce não fosse coisa do momento ou de bêbado. De qualquer forma ela parecia sóbria o suficiente para tomar decisões.

 

- Blá blá blá, é Maite quem decide tudo. - Ela disse imitando o tom da minha voz e revirando os olhos. - Mas eu quero casar em Nova York. - Assenti dando um risinho.

 

- Tá bom então. vamos mandar fazer os convites já que você se decidiu. - Dulce me olhou de olhos arregalados, batendo na testa como se tivesse esquecido algo.

 

- A lista de convidados!

 

- Maite já me mandou.

 

- Eu estou falando da minha lista de convidados. Maite te mandou a dela. - Ela disse com naturalidade e o meu queixo caiu.

 

Duzentos convidados só da parte de Maite?  O que ela tem na cabeça? Isso é muita gente para um casamento que vai acontecer em menos de três meses.

 

- Você por acaso tem noção de quanto um buffet cobra por pessoa?

 

- Não faço a minima ideia mas você deve saber, já que é o seu departamento. - Ela disse e eu fechei a cara.

 

- Você vai pagar de cem a quinhentos dólares por pessoa Dulce. Você está ciente disso? - Disse e ela revirou os olhos pra mim.

 

- Dinheiro não é o problema!

 

- Não é questão de dinheiro. - Menti. - Casamentos pequenos são muito mais chiques. - E dão menos trabalho pra mim. Ela revirou os olhos pra mim novamente e eu coloquei as mãos na cintura para encará-la.

 

- Não posso fazer nada se conhecemos muita gente. - Ela deu de ombros.

 

- Você pode mandar a Maite diminuir a lista  dela.

 

- Por que você não manda?

 

- Ela é sua noiva!

 

- Mas é sua patroa. - Ela disse com uma certa autoridade mas depois de alguns segundos cerrou os olhos rapidamente e negou com a cabeça. - Pensando bem é melhor eu falar com ela, não ia ser legal se ela te demitisse.

 

- Realmente não seria nada legal.

 

Ela se afastou de mim e voltou a observar a cidade. Eu não entendia por que ela estava na cidade a tantos dias. Agora eu iria  obrigá-la a me ajudar. Eu ia ter que ser babá dela mesmo, não ia fazer mal nenhum ela me ajudar.

 

- Você já quis voar? - Ela perguntou do nada e eu a encarei com as sobrancelhas unidas. Ah tá, quem nunca quis voar?

 

- Já. - Respondi dando de ombros.

 

- Vivo me perguntando como seria...

 

- Sufocante e agonizante no começo, porque quanto mais você sobe menor a pressão e menos você consegue respirar. Sem contar que teria de lidar com tráfego aéreo e todas essas nuvens enormes. No geral, deve ser horrível. - Respondi tentando ser o mais racional possível.

 

- Com poucas frases você destruiu todo o meu sonho de infância.

 

- O mundo não é real para crianças. - Ela assentiu com um olhar chateado e eu acabei dando um sorriso fraco e discreto.

 

Por mais que organizar o casamento de Dulce fosse o verdadeiro inferno ela não era uma pessoa ruim. Podia ser imatura e insegura as vezes, mas no final das conta não era uma pessoa ruim.

 

- Mesmo sendo fria, racional e sarcástica eu gosto do jeito que você pensa. - Ela disse e eu acabei rindo. Senti como se ela tivesse tocado num ponto sensível do meu comportamento.

 

- Isso foi um elogio? Porque eu sinto como se tivesse levado um tapa na cara. - Brinquei.

 

- Foi uma observação. - Ela disse sorrindo. - De qualquer forma você sabe que é verdade.

 

- Claro até porque você me conhece melhor do que eu mesma. - Respondi sarcástica.

 

- Conheço o suficiente.

 

- Na verdade, não.

 

Dulce se virou pra mim, eu me sentia pequena, frágil e transparente sob seus misteriosos e intensos olhos castanhos. Ela conseguiu novamente me deixar desconfortável, já que o assunto era eu. Será que ela não sabe se controlar?

 

 

- Eu gostaria de conhecer! 

 

- Por que? 

 

- Por que não? 

 

- Está bem afiadinha hoje senhorita Saviñon.

 

- Você também senhorita Portilla. - Ela se aproximou e eu tirei a garrafa de cerveja de sua mão, colocando-a no chão.

 

- Que tal voltarmos para o hotel? - Sugeri e ela abriu um sorriso assentido.

 

- Claro.

 

Puxei-a delicadamente pelo braço e caminhamos até o elevador. Dulce não sabia ser casual ou conveniente. O motorista dela nos levou até o hotel em que ela estava  hospedada. 

 

Abri a porta da única suíte no andar e dei cara com um apartamento enorme. A vista ali era espetacular. 

 

- Tô cansada. - Ela reclamou indo em direção ao quarto.

 

- Vai deitar Dulce. Já está bem tarde. - Aconselhei.

 

Ela chegou no quarto e se jogou na enorme cama. Ela parecia bem sonolenta mas não dormiu de imediato. Apenas ficou me encarando com os olhos semicerrados.

 

- Lembra quando você disse que ia ser minha babá? - Ela perguntou.

 

- Lembro.

 

- Estou começando a achar que era realmente verdade. - Dei risada e tirei suas sandálias de corda.  - Eu acho que você deveria ir embora. - Ela murmurou enquanto eu puxava o edredom para cobrí-la.

 

- Também acho.

 

- Então por que ainda está aqui?

 

- Porque sou sua babá. - Ela riu e puxou o edredom mais um pouco, me olhando com os olhos cansados.

 

Olhando aqueles olhos marcantes  e sonolentos, pela primeira vez eu pude ver aquela menininha que sempre quis voar. Ela estava ali, perdida em seus olhos. Eu me peguei pensando se ela realmente era feliz. Ela tinha a vida perfeita, a noiva perfeita, ia ter o casamento perfeito e podia ficar numa suíte presidencial no Four Seasons por quanto tempo quisesse. Mas será que ela era realmente feliz?

 

- Você parece pensativa. - Ela disse.

 

- E estou.

 

- No que está pensando?

 

- Em você.

 

- Em mim? Por que? - Ela sorriu.

 

- Estou me perguntando se você é feliz.

 

Dulce perdeu aquele sorriso meigo e me encarou um tanto quanto séria. A Dulce madura e centrada havia voltado. Suspirei. Ela não precisava ser daquele jeito comigo, tipo, eu ia organizar o casamento dela, poderíamos ser amigas se ela quisesse. Tudo bem que eu sou um fracasso em manter amizades, mas podíamos tentar.

 

- Eu sou muito feliz - Ela respondeu soando sarcástica e triste. Mas eu dei de ombros, não era da minha conta.

 

- Vai ser ainda mais feliz quando se casar. - Eu disse ela soltou uma risada mais sarcástica ainda, mas acabou balançando a cabeça assentindo e me dando um sorriso.

 

- Boa noite Anahi.

 

Sai de sei quarto apagando a luz e fechando a porta com o cartão na parte de dentro.  Mais seguranças vigiavam o corredor e eu fiz meu caminho até o elevador. 

 

Desci os cinquenta andares e quando saí do hotel ergui a cabeça e olhei para o andar dela com um aperto leve no coração. 

 

- Boa noite Dulce. - Sussurrei.

 

____________________________________________________________________________________

 

 

Amores. s2`

 

 

 PorSiempre: Bê eu também eu quero uma babá! kkkkk. :(


 


leticiaaviz: kkk, quem é o doido de não querer?? rs. 


 


juhdul7: Ah obrigada. *-*! 


 


laryssales: Que bom Flor. :)


 


flavianaperroni: Postado linda! :)



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Autor(a): portinonj

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- Olha só, eu não faço a mínima ideia então você faz o favor de ligar pra ela e definir isso logo porque eu preciso ver floricultura, igreja, convite, lista de presente, casa de festa e mais um monte de coisas. - Esfreguei as têmporas e bufei mordendo a tampa da caneta. - Vocês já sabem onde vão passar a lu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • BYPORTINON Postado em 28/07/2018 - 22:53:37

    saudades dessa fanfic :(((

  • les2015 Postado em 04/10/2015 - 16:47:44

    cade???????????????????????

  • angelr Postado em 05/08/2015 - 23:05:54

    Essa web é maaravilhosa voltaaaaa

  • angelr Postado em 05/08/2015 - 23:05:14

    Cadeeeee vc??????? voltaaaa

  • PorSiempre Postado em 09/06/2015 - 19:29:49

    Então quer dizer que nao vai mais postar a web? é isso mesmo produção? Eu só acho que se voce nao voltar a postar é bom nos dar uma ótima justificativa. kkkk Postaaa maiiiiis por favor vaii :D

  • fabicubells Postado em 04/06/2015 - 03:32:37

    poxa cade os posts?

  • anadulcetes2 Postado em 09/05/2015 - 22:46:58

    Pq sumistes continuaa

  • angelr Postado em 05/05/2015 - 00:10:35

    Cade vc??????

  • pekenna Postado em 27/04/2015 - 22:18:37

    Kd vc??? Volta a postar!!!! Please

  • belvondy Postado em 16/04/2015 - 20:55:16

    Posta mais.......


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